terça-feira, 25 de agosto de 2015

Acho que a psicobiografia é um método de pesquisa - que pode estar ligada à psicologia fenomenológico-existencial ou não - objetivando a aplicação de uma teoria, geralmente psicossocial, em cima de uma vida (ou parte dela), uma biografia, uma autobiografia, uma pequena história de uma longa história. Pode ser sujeitos da pesquisa (ou colaboradoras) motivos de psicobiografias. Envolve as pessoas famosas ou não. A Psicobiografia tem uma regra: é preciso estudar uma vida que merece ser assim investigada, que traga uma "luz" (compreensão) sobre os "modos de ser sendo junto ao outro no mundo" (H Pinel). Essa teoria, a da psicologia fenomenológica existencial, utilizada na análise que eu produzo, de modo geral, é trabalhada justamente para que se amplie o entendimento ou compreensão acerca do outro como "ser-no-mundo" - seus comportamentos, sua personalidade, suas subjetividades, sua subjetivação, sua consciência, seu inconsciente etc. Isso é relevante para o humano, logo para a sociedade. 

[Hiran Pinel]

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Cloninger (1999) estudou vidas íntimas na sociedade, e aplica algumas teorias da personalidade no entendimento delas. Assim: 1) ela usa a [teoria] Psicanálise de S. Freud na compreensão das biografias de G. O'Keeffe e A Hitler; 2) a abordagem de C. G. Jung na compreensão da biografia de S. MacLaine e M. L. King Jr/ 3) a teoria de Adler na vida de D. Trump e T. Turner; 4) E. Erikson em M. Gandhi e E. Roosevelt; 5) K. Horney em M. Monroe e M. Tyson; 6) G. Allport em J. Fahvell e B. Sills; 7) R. B. Cattell em A. Einstein e F. Nightingale; 8) B. F. Skinner em P. Hearst e B. Franklin; 9) J. Dollard & N. Miller em J. Harris e J. Morrinson; 10) G. Kelly em R. Nixon e C. Burnett; 11) C. R. Rogers em D. Suzuki e M. Angelou; 12) A. Maslow na compreensão psicobiográfica das vidas de M. Davis e M. C. Dog.

Referência:
CLONINGER, Susan C. Teorias da Personalidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.