Phu,
um garoto com seus 15 anos de idade. Ele está deitado numa cama de beliche. Ao
seu lado está Thee, da mesma idade e sexo, trata-se de um amigo recente, que
toca flauta junto ao sax dele, na banda do colégio. A ambos tiraram seus shorts
azuis curtos,
e ficaram com suas ceroulas. Trata-se da cesta de seu colégio tailandês - uma
prática por lá, isso mesmo, “após o almoço, descanso”. Thee está dormindo, e
então coloca impulsivamente a sua perna sobre o corpo de Phu. Cuidadosamente
Phu a retira de cima de si, desejando não ser importunado, pareceu incomodado,
pelo menos é isso que me pareceu à primeira vista. A generosa câmera (e
iluminação sombria) se afasta daquela cena íntima como que se sentisse
constrangida/ envergonhada, mas ao mesmo tempo, de modo audacioso e escópica,
faz um sensível retorno ao corpo de Phu. Lentamente compreendemos um corpo
adolescente, dos pés até a cabeça, passando por seu coração - e uma música
pontual, indicando uma reflexão juvenil. Á medida que a câmera aproxima do seu
rosto, vemos seus olhos se abrirem. Então o que enxergamos pelos olhos dele?
Vemos nossos olhos abrindo em autodescoberta: Quem eu sou? Como serei? O que a
vida me reserva? O amor me acompanhará nisso tudo? Os olhos de Phu também
parecem muito tristes, preocupados, talvez. O que será mais que o personagem
pensa e sente? Eu não sei, mas para mim, ao estar descobrindo o amor, ele se
faz duas questões existenciais, junto a Thee (que é um outro), nesse mundo:
[1]. Qual o sentido que você inventa para a sua vida? [2]. Será capaz - de um
dia - preencher seu vazio, com amor? Na agitação da sua juventude, percebe-se a
angústia natural do viver e o de responder à vida com algum sentido.
Interessante esse garoto de nome Phu, como uma vidente popular, eu prevejo o
amor dele por Thee ser um dos dispositivos de sua provável libertação.





***[Hormones
วัยว้าวุ่น, the series" - TV Tailândia; com os atores March Chutavuth
Pattarakampol como Phu, e Tou Sedthawut Anusit,como Thee]