MINHA PROPOSTA DE ESCALONAR "UM" OBJETIVO
GERAL E "DOIS" ESPECÍFICOS EM PESQUISA FENOMENOLÓGICA EM EDUCAÇÃO E
EM PSICOLOGIA..
Hiran PINEL - Vitória, ES.; UFES/
PPGE, 02/09/2020
OBSERVAÇÃO: texto didático, tratando-se de uma das inúmeras orientações a
distancia, atendendo aos pedidos dos meus orientandos/ orientandas, em
"tempos sombrios" (também) devido à Covid-19 no Brasil e no mundo.
Escalonar um objetivo geral e dois
específicos - eis nossa proposta resistencial. O mais famoso nessa área é um
condutivista/ comportamentalista e cognitivista chamado Benjamin Bloom. Isso,
de não ser fenomenologista, não impede que reconheçamos que Bloom nos deu
pistas da vitalidade e potência de se escalonar um (ou mais) objetivo na
pesquisa fenomenológica, por mais que reconheçamos, que esse (objetivo) deveria
aparecer ao final da pesquisa, e não antes, que acaba corrompendo a noção que
temos da epoché ou do envolvimento existencial. É demandado, pela academia, de
modo tradicional, que o projeto de pesquisa traga, pelo menos um objetivo geral
(o que dá norte aos estudos) e dois ou mais objetivos específicos, que
cumprindo-os responda ao (objetivo) geral.
Um dos modos de subverter isso, já
que somos obrigados a escolar objetivos, e recorrermos a verbos típicos da
Psicologia Fenomenológica, Psicologia Existencial e ou Psicologia
Humanista-Existencial.
Compreendem?
Por isso proponho que um bom
"objetivo geral" pode ser: COMPREENDER O "QUE É" E
"COMO É" SER... Compreender é um verbo geral, afinal, o que é
compreender?Já estudamos o quão é vital o verbo compreender para nós, sendo um
termo trabalhado por psicólogos e pedagogos/ educadores como Frankl, Rollo May,
Carl Rogers, Rubem Alves, Paulo Freire, Janusz Korczak, Perls, Erthal,
Forghieri, Jorge Ponciano Ribeiro, Petrelli etc., por exemplo. Com+preender =
com o outro; preender, preensão, captar, como um pescador: capturar...
Compreender é "fazer" empatia, empatizar.
Os objetivos específicos são os
caminhos que você produzirá, criará e ou inventará para, ao fazê-los, alcançar
o objetivo geral, ou seja, o potente é o objetivo geral, os específicos são
caminhos para você, ao ir fazendo e vivendo processualmente, respondê-lo (ao
geral ou final). Eis dois objetivos específicos bem "cara" da
Psicologia e ou Educação Fenomenológico-Existencial:
1) DESCREVER O "QUE É" E
"COMO É" SER...;
2) ANALISAR EXISTENCIALMENTE O "QUE
É" E "COMO É" SER...
Não preciso repetir, mas vou fazê-lo: a Psicologia Clínica Fenomenológica está interessada, com densa/ tensa/ intensa compreensão (e curiosidade) no ser humano:
[1]
O
"que é" ser?
O "que é" se liga ao seu
nascimento, a sua ontologia: O que é o ser humano? Seu anunciar, seu nascer,
seu vir ao mundo. Jogado ao mundo, o que é isso? O que é ser responsável pelas
escolhas? O "QUE É"?
[2]
"Como
é" ser?
"Como é" ser - estamos
curiosos sobre a dinâmica desse modo, desse como ser. Uma dialética, parece-me,
dialética de ser. O que é ser jogado no mundo? E como ele vive isso?