domingo, 31 de março de 2024

PROFESSORA DONA HELENA ANTIPOFF: UMA "HUMANISTA ENCARNADA"

Hiran PINEL

UFES/ PPGE

Vitória, ES.

Brasil.

Pinel (1998), em um trabalho acadêmico* para o seu doutorado no Instituto de Psicologia da USP, (pró)curou "descrever compreensivamente" a professora dona Helena Antipoff (1982-1974).

(...) Para alcançar esse objetivo, recorreu ao Teste MM (Minhas Mãos), o livro e manual - já aplicados e analisados por ele em Pedagogia Hospitalar e em outros espaços. Pinel fundamentou-se nesse texto de um exame psicológico projetivo/ de personalidade, e alguns dados biográficos da sua época, assim como diversos trechos de estudos científicos e ou comentários da autora. (...)

Com esses estudos, o autor chegou considerar Antipoff como uma psicóloga, pedagoga, professora e educadora ''humanista'', pelo valor fornecido ao racional - ao foco no cognitivo, e destaque ao "conceito temporal" de inteligência.

Humanista, mas ao mesmo tempo "encarnada", isso pelo empenho persistente e perseverante que ela colocava em seus trabalhos de ação social e educacional, psicológico. Esse esforço de efetivar concretamente suas ideias levou-a, de modo ético, a (pró)curar apoio das autoridades da sua época. O importante era alcançar a meta de cuidar de mais e mais discentes rurais e das cidades, e nessa técnica (e arte) de Cuidar, eram incluídas os estudantes com deficiência, não-deficientes, com altas habilidades - dentre outros.

A sua proposta efetivada alcançou comentários positivos em todo o Brasil, afinal, sempre sérios. (...) tal "rigor-afetivo" de dona Helena se (des)velava-se justo pelo motivo dela estar sempre sintonizada para e com a ciência psicológica e pedagógica da época.

Concretude não lhe faltou, devido a esse fato sentido, ela pode ter uma Representação Existencial, RS (Pinel) de ser sincera no que "aprontava" e entregava no seu existir no tempo e lugar, sempre fundamentada na ciência psicopedagógica. (...) de bons resultados com as crianças daquele espaço, em áureas vivências. (...) Uma mulher estimuladora de uma sociedade que precisava da ciência (...) ela foi citada e cientificamente estimulada por Jean-Piaget, falava em Alfred Binet etc. (...) atuou como ser-no-mundo que é, deixando suas "marcas", até hoje indeléveis, na apreciação de alguns pesquisadores, e nas próprias crianças e jovens - famílias professores. (...)

Especialmente pelo TMM, nos atentamos para a "potência afetiva" do seu discurso científico  (ou comuns), com uma (pré)ocupação aberta ao mundo das crianças e adolescentes. Todo esse movimento sentido (e de sentido) ocorria em um sociedade sempre mantenedora da ordem, que para ela não poderia agir totalmente contra a corrente, ao contrário, até porque nada realizaria, a não ser "discursos" (textos, falas). Preocupava-se com a formação inicial e continuada das docentes (na Fazenda do Rosário, por exemplo) e de psicólogos (na UFMG). (...) Essa (pró)ocupação com uma humanidade, que carece de cuidado (Sorge), pode ser facilmente percebida como um "fenômeno valorativo tocante".

Nos seus momentos mais reflexivos, é onde podemos verificar delicados, pois sóbrios sentimentos, emoções, desejos – “projetos de ser'' o que ela imaginou (e sonhou) para "si mesma" como ser-no-mundo. (...) no Teste Minhas Mãos (TMM) (...)

[há] o fenômeno de uma dona Helena "HUMANISTA ENCARNADA", onde a potente energia (co)movedora dos afetos (que chamo "carne") dela a impulsiona selecionar opções que são postas à sua frente subjetiva e concreta, tomar decisão de escolher a melhor ao seu "pensar-sentir-agir", e, afinal, também se responsabilizar por seu interesse psicossocial e social de um processo ensino-aprendizagem escolar e não-escolar (cognição; racionalidade; inteligência) de qualidade

(...) todas suas escolhas aconteceram nos seus anos vividos no Brasil, já que tudo começou na Rússia, inclusive, ela esteve lá nos momentos mais belicosos da nação, movimentos da classe operária, revolução, Lênin etc., por exemplo (...)

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NOTA 1: Não publicado.

NOTA 2: E citando, referenciar, só isso. Respeito ético para e com os cientistas das ciências humanas e sociais. Mesmo esse blog sendo um rascunho e esboços, ainda assim são criações, invenções, produções.

sábado, 16 de março de 2024

Biografia

PHILIPPE PINEL, PAI DA PSIQUATRIA, UM DOS PRECURSORES DA PEDAGOGIA HOSPITALAR

Hiran Pinel, autor.
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A Academia Nacional de Medicina (ANM) produz uma pequena biografia de Philippe Pinel (1745-1826), considerado o fundador de uma Psiquiatria científica, e que aqui-agora provamos ser também um Pai da Pedagogia Hospitalar e da Classe Hospitalar - ou um dos precursores. Incluímos no texto um doutor Pinel formando um recurso humano para o auxiliar naquela hercúlea tarefa médica, de enfermagem, pedagógica em saúde, pedagógica hospitalar e classe hospitalar. Pinel como um homem do seu tempo, e espaço até hoje a nos provocar curiosidade.
O texto começa destacando a "forte inclinação para a vida religiosa, aos 22 anos resolveu estudar medicina e entrou para a faculdade de Medicina de Montpellier. Localizada no sul da França, esta instituição era considerada um importante centro de debates e aprendizado na área médica, pois foi uma das primeiras universidades de Medicina da Europa, fundada em 1220. Pinel formou-se em 1773 aos 29 anos e logo depois tornou-se doutor pela Escola de Medicina de Toulouse. Por ser residente em Paris, frequentava os círculos de escritores, literatos, cientistas, ou seja, de personagens imbuídos pela filosofia iluminista." (ANM)
'Em 1793, o Governo Revolucionário o nomeou médico chefe do Hospital de Bicêtre, localizado nas proximidades de Paris. Diante das precárias condições em que os alienados se encontravam, Pinel solicitou autorização à Assembleia Nacional para retirar as correntes dos pacientes, tratamento usual para os doentes mentais. Tal gesto e sua teoria foram contestados por muitos autores, mas bastante referido como mérito do médico francês: "libertando a loucura dos grilhões". (ANM)
Phillipe Pinel foi o principal percussor do processo de mudança que possibilitou o surgimento do alienismo na sociedade moderna. Ele integrou a corrente que constituiu o saber psiquiátrico por meio da observação e análise sistemática dos fenômenos perceptíveis da doença." (ANM)
"De acordo com vários especialistas, Pinel observou a influência da hereditariedade na evolução do distúrbio mental da mesma forma que apontou as causas morais como as mais prováveis para a alienação. Por todo o século XIX outros alienistas deram continuidade a tais conceitos a partir das observações feitas por Pinel. Apesar da ênfase dada à questão da hereditariedade ter variado, na segunda metade do século XIX passou a ser apontada como um fator-chave no desenvolvimento das perturbações mentais." (ANM)
"Pinel considerava a alienação mental como qualquer outra doença orgânica, por concebê-la como um distúrbio das funções intelectuais (funções superiores do sistema nervoso) sem a constatação de inflamação ou lesão estrutural." (ANM)
"Para explicar a loucura, o alienista identificou três causas, tais como: as causas físicas que se ligavam às fisiológicas; as causas ligadas à hereditariedade e as causas morais (paixões intensas, excessos de todos os tipos, irregularidades dos costumes e hábitos da vida)." (ANM)
"Pinel defendia a cura da loucura por meio do chamado "TRATAMENTO MORAL" ¹, que consistia em uma ampla PEDAGOGIA normalizadora com horários e rotina rigidamente estabelecidos, medicamentos receitados somente pelo médico e atividades de trabalho e lazer." (ANM)
"Nesse sentido, podemos aventar a ideia, de que Pinel construía assim, o que hoje denominamos de PEDAGOGIA HOSPITALAR, no caso, não-escolar, focando na alegria contida em trabalhar e desfrutar do prazer da vida pela via do lazer. Assim, a instituição hospitalar lhes oferecia coisas e proposta, envolvendo-os em atividades pedagógicas ligada à Psicologia Educacional, que pode ser traduzidas pelo planejamento, execução e avaliação de propostas lúdicas, recreativas, expressões corporais pelas sensações e percepções etc." [HIRAN PINEL]
Em 1795, Pinel foi para o hospital de Salpetrière, onde ficou por 31 anos. Ao morrer de pneumonia em 1826, Pinel deixou como discípulos Jean-Etienne Dominique Esquirol" (ANM) (1772-1840) e um dos fundadores da Educação Especial Jean Itard (1774-1838)" [HIRAN PINEL].
"No sentido filosófico (teórico) Pinel foi marcado pelo "sensualismo". Ele trabalhava com uma abordagem descritiva da ciência. O método dele tinha pontos com a história natural, pois, nele pai da Psiquiatria, o ato de conhecer nasce da observação empírica dos fenômenos. Assim é da "experiência" (sensual) que origina o conhecimento da "pessoa humana"." [HIRAN PINEL]
"Então Pinel, inspirado em Condillac produziu e criou seu método de pesquisa que consistia em "observar e descrever". Esse seu procedimento é mais forte na sua obra "Tratado médico-filosófico sobre a alienação mental ou a mania", que é o primeiro livro do mundo que disciplina a classificação das alienações mentais. Esse ponto de vista de perceber o mundo, Pinel busca referências, sendo assim discípulo, em Hipocrates (460 a.C.-377 a.C.) e especialmente do filósofo francês Étienne Bonnot de Condillac (1714- 1780) e outros, marcado pelo "sensualismo". [HIRAN PINEL]
"A Epistemologia Sensualista nos indica alguém (cientista; profissional de ajuda numa Pedagogia da saúde mental) que foca nas sensações e nas percepções humanas, estas que são a forma simples e básica, que a desvela o verdadeiro "processo vivido da cognição" (pensamentos, reflexões, resolução de problemas, raciocínios, psicomotricidade etc.), sendo essa, a "cognição na sua essência". [HIRAN PINEL]
"Esse modo de ser cientista, na época, já estava presente na Filosofia grega como no estoicismo e no epicurismo. Vamos tocar em Epicuro de Samos, nome grego que significa "aliado, camarada", nasceu em Samos, no ano de 341 a.C., falecendo em Atenas entre 271 ou 270 a.C. [HIRAN PINEL]
"Podemos considera o grande fundador da "clínica", ao nosso perceber, no "aqui-agora" do ano de 2014, é o encontro humano livre e aberto na moderação dos desejos de Epicuro. Um clínico que demanda estar pressente no interesse refinado do pesquisador (e do profissional da saúde), que pelo esforço da empatia, que nunca é plena, relativa que é, para e com aquela pessoa que sofre, promove cuidados, mudanças sentidas. Epicuro e o outro que pacientava, eles mesmos, clamam por cuidados, de modo explícito ou implícito, focando nas sensações e percepções corporais e afetivas [HIRAN PINEL]

"Esse (co)movimento de "sensacional sensação" pode vir a facilitar o "desvelamento da cognição", aquele acontece na sabedoria com o outro, no mundo. Uma sabedoria na quietude das emoções e na saúde, que ela mesma contém a amizade. O irmão-camarada [e uma espécie de um "onde" (lugar-tempo) reside o "ser' no seu mais alto prazer de ser-no-mundo". [HIRAN PINEL].

"Prosseguindo, o sensualismo produziu impacto nos sensualistas britânicos, penetrou o ser dos associacionistas (também britânicos), e adentrou aos positivistas no século XIX. Era preciso um sintoniza de si-corpo para a alma e a mente se tocarem, ainda que isso não se explicitasse, pelo mecanismo de uma lógica determinista, que aqui ousamos contrapor contra a nossa vontade, mas ao nosso desejo" [HIRAN PINEL].

"Pinel, um médico do seu tempo-e-espaço, não foi arrogante, por certo, mas persistente e perseverante. Vendo um ex-paciente que andava pelo hospital da época, ficou encantado com os modos como aquele moço simples conversava sem medo com todos os doentes, inclusive os amarrados para serem contidos. Convidou-o a ajudá-lo, por uma quantia que o Estado dispôs a agradar Pinel. A perspicácia de Pinel e a sua sensibilidade com o outro que poderia ser desprezado, levou a esse ex-paciente, de nome Jean Baptiste Pussin  (1746-1811), a "atuar" (clinicar, como um leigo, não menos interessado e cuidadoso) colaborando com o nascimento de sua Psiquiatria. Pinel pediu colaboração da esposa do rapazote, Madame Pussin. O nome desse rapaz, entrou nos anais da Psiquiatria e da Saúde Mental pelo próprio doutor. Philippe chegou a descrever a ação de Baptiste em um dos seus livros, e o fez com atenção e consideração" (HIRAN PINEL)

"Pinel produziu um texto escrito que deixou um enorme legado à ciência da Saúde Mental, a de que um ex-paciente pode ajudar a cuidar dos doentes. Jean passou a cuidar daqueles que um "foi si"; afinal, ele atuou em um espaço onde um dia ele se localizava como paciente. Hoje, como um profissional, podemos descobrir que nascia o que se denomina hoje dele de Pussin ser o pai da Enfermagem da Psiquiatria (ou da Saúde Mental) e de um dos que fizeram nascer o esboço do que é hoje denominado de Pedagogia Hospitalar, ainda que atuasse sob orientação e ou supervisão de Pinel, vamos pelo menos dizer, que contemporaneamente, ele seria o co-autor dessa Pedagogia" (HIRAN PINEL)

"(...) Nesse sentido, podemos imaginar a escola presente no hospital como uma ferramenta de oposição à loucura produzida por aquele sociedade e cultura da sua época. Uma vez, doutor Pinel pediu a esse homem chamado Pussin, para ensinar a escrever e calcular, e outros conhecimentos, a um grupo de crianças internadas naquele hospital, e ele o fez com a atenção de um professor. Ora, isso mais aproxima Pinel como criador de uma Pedagogia Hospitalar, agora na área da escolaridade e da escolarização, do que contemporaneamente, reafirmamos, se anuncia como Classe Hospitalar." (HIRAN PINEL)

"Pussin, sob orientação do doutor Pinel, conversava com os pacientes, fazia cumprir as normas pedagógicas de auto-cuidados higiênicos físicos de impacto na área mental e emocional, dava aulas para as crianças, produzia brinquedos, brincava, inventava vários modos de recreação. obviamente dentro daquele complexo contexto iluminista. Dá para imaginar Pinel orientando Pussin, e esse último reinventando possibilidade de cumprir as sugestões "pinelianas", e mesmo, posso fantasiar ele as subvertendo, pois um ex-paciente é sempre inventivo e conhece, e Pussin percebia com quem lidava, uma espécie de "si mesmo, e ao mesmo tempo, diferente de si" (HIRAN PINEL).
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¹ Tratamento aplicado a todos os indivíduos que não se enquadravam nos padrões sociais de comportamentos. O tratamento moral era praticado pelos alienistas e incluía o afastamento dos doentes do contato com todas as influências da vida social nas instituições psiquiátricas, aqueles considerados loucos eram submetidos as normas e disciplinas rigorosas.


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REFERÊNCIAS:

ACADEMIA Nacional de Medicina. Philippe Pinel. SITE: http://www.ccms.saude.gov.br/hospicio/text/bio-pinel.ph

PINEL, Hiran. que ampliou o texto, e para isso, por questões de autoria, insere seu nome entre colchetes.

PINEL, Philippe. Tratado sobre a insanidade. Livro de 1801; em 1809 a segunda ediçáo quando descreve Pussin colaborando em retirar as correntes que atracavam os loucos ou doentes mentais da época.

PINEL, Hiran. Philippe Pinel (1745-1826), o grande Fundador da Pedagogia Hospitalar (classe hospitalar e o lúdico na saúde) em todo mundo, e Jean Baptiste Pussin  (1746-1811) como co-autor desse fenômeno. Vitória, ES: IP/ USP, 1999. Trabalho acadêmico.

PINEL, Hiran. Philippe Pinel: aprendendo com o outro; quinta-feira, 8 de junho de 2017; hiranpinel.blogspot site: http://hiranpinel.blogspot.com/2017/06/800x600-normal-0-21-false-false-false.html

The man behind Philippe Pinel: Jean-Baptiste Pussin (1746–1811); Published online by Cambridge University Press:  02 January 2018; Jean-Pierre Schuster, Nicolas Hoertel and Frédéric Limosin https://www.cambridge.org/core/journals/the-british-journal-of-psychiatry/article/man-behind-philippe-pinel-jeanbaptiste-pussin-17461811/814A05CAB575424F146D00339C265998

PINEL, Hiran. Biografia. PHILIPPE PINEL, PAI DA PSIQUATRIA, PAI DA PEDAGOGIA HOSPITALAR. Site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/8784281912031268894/7521328543254344448 Acesso: 25 junho 2024

Information: The British Journal of Psychiatry Volume 198 Issue 3 , March 2011 , pp. 241 DOI: https://doi.org/10.1192/bjp.198.3.241a[Opens in a new window] Copyright Copyright © Royal College of Psychiatrists, 2011

Jean-Baptiste Pussin. In: Michel Caire, « Pussin, avant Pinel » L'Information Psychiatrique, 69, 6,1993, 529-538 - http://psychiatrie.histoire.free.fr/pers/pussin.htm Acesso: 24 julho 2024

quarta-feira, 13 de março de 2024

A ATRIZ EMMA STONE EM "POBRES CRIATURAS" (2023): TANTO SEXO, TANTO MAR?

Sei lá... Tem tantas variáveis quando fala uma atriz ou um ator, seja Vera Fischer, Marylin Monroe, Justin Timberlake ou o melancólico Singto Prachaya, seja Emma Stone. Emma, por causa de "Pobres Criaturas" (2023, de Yorgos Lanthimos) fez muitas cenas de um "mar" de sexo, e ela estaria preocupada quando os seus fãs que ficam grudados apenas nas cenas de sexo - e não nos resto do filme todo, um mar de outras cenas igualmente excitantes (Çey... kkk)... Bem, como interpretar essa possível auto-análise da estrela. Fiquei pensando... Como canta (e poetiza) Chico Buarque, na voz de Milton Nascimento, parecendo que "eles" (Chico e Milton) falam pra Emma Stone que ganhou seu segundo Oscar com o filme: "Olha, será que [Emma] é uma estrela? Será que [ela] é mentira? Será que é comédia? Será que é divina a vida da atriz? E se um dia ela despencar do céu? [cair e ser esquecida] E se os pagantes exigirem bis? [os fãs bacanas, mas e os tóxicos?] E se o arcanjo passar o chapéu? [grana] E se eu pudesse entrar na sua vida? [Stone, ela mesma é um sonho que sonha]" (Chico) Se a gente pudesse entrar na verdade (ou marketing) de Emma? Nunca poderemos entrar nela, e como profissional, ela não permitiria. A atriz sabe que interpretar é sua tarefa, e sua arte é de nos iludir. Ela precisa cuidar de si, para não cair no sei próprio jogo... E ela, só será ela mesma, quando ficar num chique apartamento esnobe (solitário) de um hotel, mas corre risco de câmeras escondidas nos espelhos. Ou somente será si mesma em seu quarto de casa, isso se ela mesma não mandou instalar câmeras! (kkk) Nunca se sabe o poder de uma atriz! (kkk) É uma deusa essa Emma, está linda no filme, dois olhos imensos de vontade de ser livre, mas não é na realidade. No filme, ela é talentosa, tanto que imaginamos que o sexo, "foi sexo mesmo" (de verdade), e não mera e excelente interpretação, que ao mesmo tempo, pode ser verdade e pode ser mentira, ou as duas coisas, mas sempre uma ilusão. Ou seja, mesmo sexo,  como produtora do filme, Stone poderia, na nossa fantasia, convidar "um amante", quem sabe, para fazer a cena e ser mesmo sexo-interpretativo. Esse ator poderia ser sua oculta paixão do ambiente artístico, uma espaço que é (co)movido pelo desejo e luxúria, imaginam os fãs, não é? Sei lá! Acho que Chico não falou só de Marieta Severo, afinal, ele nunca entrou na vida de Marieta atriz, talvez, TALVEZ, conseguiu viajar, e assim mesmo, um pouquinho só, na mulher comum Marieta. Qual a verdade mesma? Fica o filme, a arte, o seu ofício. Eu amei o filme, como adorei, até mais, "La La Land" (2016, direção de Damien Chazelle).... Achei-a, que em "Pobres Criaturas", ela fez um papel direcionado ao Oscar, como  fez Leonardo diCaprio em "O Regresso" (2016, de Alejandro González Iñárritu), cheio de mar e ilusão, e o merecido e concreto prêmio ao final, de pois de alguma indicações (kkk), afinal Hollywod ama isso do ator, sua luta e empenho apaixonado. Mas, voltemos às vacas magras e Stone. Emma, segundo alguns fãs, teria exagerado no sexo, e com práticas reais (kkk). Uai, gente, sexo e talento não é pra qualquer "estrelinha", e Stone ela é Atriz com inicial maiúscula, além de Grande Estrela. Entretanto, acima de tudo, ela uma atriz que simplesmente é uma trabalhadora que sabe fazer sua tarefa, e que ao final do trabalho pega ônibus, e se tiver dinheiro, um Uber pode lhe cair bem (Çey kkk) e "vai pra sua casa descansar, pro outro dia recomeçar" (rimei kkk). Stone, como boa profissional das artes, só representa pra "gente mesma" transcender nossa vidinha cotidiana repetitiva, banal, kkkk fazendo-nos iludidos, pelo menos durante o filme, pois viver a realidade é vital. Emma Stone pode ficar satisfeita no seu labor e nos ganhos econômicos advindos dele, parcos dinheiros (kkk... Çey) Viva Emma! Viva nós que viajamos e deliramos em Stone, e que nos alimentamos daí para enfrentarmos uma realidade, um  real que sempre fica entre o concreto e nossos projeto de ser (na vida de sonhos) - [Hiran Pinel, autor; Vitória, ES; Brasil; em 13 março de 2024.]

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