- MÉTODO
FENOMENOLÓGICO
A fenomenologia utiliza um método de análise
chamado "redução fenomenológica" que compõe o “método
fenomenológico de pesquisa”, e que para os pedagogos e psicólogos, é também
de o método fenomenológico de pesquisa também de intervenção, pois é um
tipo de “prática educacional existencial”, que consiste em voltar-se
para a “experiência pura”, “sem pré-conceitos”, mas atitudes nunca totais,
relativas que são.
O existencialismo, por sua vez, não possui um
método único, mas se caracteriza por uma abordagem mais intuitiva e
existencial, MAS sim uma ATITUDE, e na maioria das vezes, recorre ao método
fenomenológico básico, ainda que cada teórico tem seu modo de entender e ou
compreender a fenomenologia de Husserl – tende predominar a epoché
relativa e ir às coisas mesmas.
Por exemplo: há pesquisadores que quando
recorrem ao método fenomenológico, por discordarem de que a redução
fenomenológica possa ser total, e tem opinião de que toda ela (redução;
epoché; suspensão; colocar entre parênteses) é relativa, essa neutralidade
não existe de fato,
Esses que defendem que toda epoché é relativa,
algun deles, preferem dizer que pratica o “método fenomenológico-existencial”
de pesquisa, tem a epoché e o ir as coisas mesmas do método
fenomenológico, e tem a relativização da epoché que é o existencialismo.
Epoché = redução fenomenológica /suspensão/ poché/
colocar entre parênteses. Para nós a epoché é sempre relativa.
Por qual motivo a epoché é sempre relativa? Dentre
outros motivos, não podemos ser puros, pois estamos sempre encharcados com os
dois pés enfiados na lama da realidade; somos marcados pela cultura, sociedade
e história etc.
Outro grupo de fenomenologistas descrevem ou escrevem
que recorrem só ao método fenomenológico, e deixa evidenciado que a
redução ou o colocar entre parênteses é sempre relativa, impossível ser total.
Assim, no Grufei, falamos que trabalhamos com o método
fenomenológico recorrendo aos seguintes dados: [1] a epoché que nunca é
total, pois relativa que é; [2] ir as coisas mesmas – duas típicas atitudes de
todo método fenomenológico no mundo todo, e tem sido essa intenção; deixar o
método com algumas singularidades ou originalidades. [3] fazer descrição
detalhada do fenômeno do estudo; [3] produzir analítica existencial do que foi
descrito; [4] detectar a essência, aquilo que não fica variando, essa é uma
ideia; no Grufei falamos em “essência existencializada” (PINEL) recorrendo a [5]
um marco teórico que metaforicamente pode iluminar (ou clarear) o ser; [6] nosso
objetivo pode ser toda a possibilidade no uso de verbos e discursividade, DESDE
que se descreva o ‘que é’ e o ‘como é’ ser... [7] O termo compreender nos
recorda que devemos ser empático na coleta de dados, e no Grufei dizemos
também que [8] toda empatia é relativa.
Aprovamos [9] os métodos fenomenológicos de cada
pensador, todos eles, que pelas nossas pesquisas têm aquelas duas condutas
comuns, que são a epoché relativa e ir as coisas mesmas.
Mas, há [10] radicalizações do método
fenomenológico criados por grandes nomes existencialistas como Simone de
Beauvoir, que recorre também a explicação (algo do positivismo) e á história.
Como Simone estudou a mulher, ela demandou fazer uma história das mulheres
dentro da história.
A maior valorização entre os fenomenologistas é que
[11] compreender é “com+preender”; coleto dados com o outro, afinal o pesquisador
(e a “pessoa humana”) é ser-com.
Para o Grufei, [12] todo ser humano é
ser-no-mundo ou ser no mundo, logo devemos inserir a experiência da pessoa na
sua cultura, sociedade e história (economia, política, saúde da nação e a
pública, educação pública, preconceitos/ estigmas/ discriminação de um país, fascismo,
nazismo, democracia, justiça/ injustiça, ídolos das artes, dos esportes etc.).
Nosso [13] foco é no singular, mas esse singular é plural, ele está indissociado do universal. O singular contém, "nele mesmo", o universal. Recordando que o ser é "ser-no-mundo", seus "modos de ser" se dá nesse mesmo mundo.
[14] O pesquisador dessa esfera estuda uma vida
ou um grupo ou uma instituição ou um objeto, pois todo ele [objeto; coisa], todo
ele, está ligado ao humano, então é o humano que falará, e o cientista
descreverá. O objetivo de pesquisa
responderá sobre esse ser-aí (pessoa).
Repetindo: pode inclusive traçar objetivo com outro verbo, mas a essência é
descrever o “que é” e o “como é” ser... Se pretende estudar objetos ou coisas
ou... poderia ser: o que é e como é capoeira; ... internet; o que é e como é
uma formação profissional; ... telenovelas que abordam ou abordaram sujeitos da
educação especial inclusiva etc.