segunda-feira, 7 de outubro de 2024

 

  • MÉTODO FENOMENOLÓGICO
HIRAN PINEL, autor.

A fenomenologia utiliza um método de análise chamado "redução fenomenológica" que compõe o “método fenomenológico de pesquisa”, e que para os pedagogos e psicólogos, é também de o método fenomenológico de pesquisa também de intervenção, pois é um tipo de “prática educacional existencial”, que consiste em voltar-se para a “experiência pura”, “sem pré-conceitos”, mas atitudes nunca totais, relativas que são.

O existencialismo, por sua vez, não possui um método único, mas se caracteriza por uma abordagem mais intuitiva e existencial, MAS sim uma ATITUDE, e na maioria das vezes, recorre ao método fenomenológico básico, ainda que cada teórico tem seu modo de entender e ou compreender a fenomenologia de Husserl – tende predominar a epoché relativa e ir às coisas mesmas.

Por exemplo: há pesquisadores que quando recorrem ao método fenomenológico, por discordarem de que a redução fenomenológica possa ser total, e tem opinião de que toda ela (redução; epoché; suspensão; colocar entre parênteses) é relativa, essa neutralidade não existe de fato,

Esses que defendem que toda epoché é relativa, algun deles, preferem dizer que pratica o “método fenomenológico-existencial” de pesquisa, tem a epoché e o ir as coisas mesmas do método fenomenológico, e tem a relativização da epoché que é o existencialismo.

Epoché = redução fenomenológica /suspensão/ poché/ colocar entre parênteses. Para nós a epoché é sempre relativa.

Por qual motivo a epoché é sempre relativa? Dentre outros motivos, não podemos ser puros, pois estamos sempre encharcados com os dois pés enfiados na lama da realidade; somos marcados pela cultura, sociedade e história etc.

Outro grupo de fenomenologistas descrevem ou escrevem que recorrem só ao método fenomenológico, e deixa evidenciado que a redução ou o colocar entre parênteses é sempre relativa, impossível ser total.

Assim, no Grufei, falamos que trabalhamos com o método fenomenológico recorrendo aos seguintes dados: [1] a epoché que nunca é total, pois relativa que é; [2] ir as coisas mesmas – duas típicas atitudes de todo método fenomenológico no mundo todo, e tem sido essa intenção; deixar o método com algumas singularidades ou originalidades. [3] fazer descrição detalhada do fenômeno do estudo; [3] produzir analítica existencial do que foi descrito; [4] detectar a essência, aquilo que não fica variando, essa é uma ideia; no Grufei falamos em “essência existencializada” (PINEL) recorrendo a [5] um marco teórico que metaforicamente pode iluminar (ou clarear) o ser; [6] nosso objetivo pode ser toda a possibilidade no uso de verbos e discursividade, DESDE que se descreva o ‘que é’ e o ‘como é’ ser... [7] O termo compreender nos recorda que devemos ser empático na coleta de dados, e no Grufei dizemos também que [8] toda empatia é relativa.

Aprovamos [9] os métodos fenomenológicos de cada pensador, todos eles, que pelas nossas pesquisas têm aquelas duas condutas comuns, que são a epoché relativa e ir as coisas mesmas.

Mas, há [10] radicalizações do método fenomenológico criados por grandes nomes existencialistas como Simone de Beauvoir, que recorre também a explicação (algo do positivismo) e á história. Como Simone estudou a mulher, ela demandou fazer uma história das mulheres dentro da história.

A maior valorização entre os fenomenologistas é que [11] compreender é “com+preender”; coleto dados com o outro, afinal o pesquisador (e a “pessoa humana”) é ser-com.

Para o Grufei, [12] todo ser humano é ser-no-mundo ou ser no mundo, logo devemos inserir a experiência da pessoa na sua cultura, sociedade e história (economia, política, saúde da nação e a pública, educação pública, preconceitos/ estigmas/ discriminação de um país, fascismo, nazismo, democracia, justiça/ injustiça, ídolos das artes, dos esportes etc.).

Nosso [13] foco é no singular, mas esse singular é plural, ele está indissociado do universal. O singular contém, "nele mesmo", o universal. Recordando que o ser é "ser-no-mundo", seus "modos de ser" se dá nesse mesmo mundo.

[14] O pesquisador dessa esfera estuda uma vida ou um grupo ou uma instituição ou um objeto, pois todo ele [objeto; coisa], todo ele, está ligado ao humano, então é o humano que falará, e o cientista descreverá.  O objetivo de pesquisa responderá sobre esse ser-aí (pessoa).

Repetindo: pode inclusive traçar objetivo com outro verbo, mas a essência é descrever o “que é” e o “como é” ser... Se pretende estudar objetos ou coisas ou... poderia ser: o que é e como é capoeira; ... internet; o que é e como é uma formação profissional; ... telenovelas que abordam ou abordaram sujeitos da educação especial inclusiva etc.