VERSINHOS E ESCUTA
Eu fiz uns
versinhos pra você - sobre amor tranquilo, favorável... Quer escutar? São
versos curtos, nesses tempos sombrios, tão longos. Mas ao mesmo tempo, não são
doces assim, isso me mataria - sou diabético. Queria que você escutasse e me
dissesse algo assim, ... não sei o que dizer. Sabe, se eu escrevi sobre amor, é
porque eu estou amando. Como é você que eu amo, eu senti isso logo agorinha, e
fui escrevendo como Chico Xavier, quase num impulso. Você já deve ter escutado
tantos versos declamados, mesmo em tempos atuais ensurdecedores. (...) Como
disse, as palavras desse texto poético descrevem e narram dois sujeitos do
amor, a timidez de um e a angústia de ser do outro ser, das noites mal
dormidas, do velho carro dilacerado, das brigas e ciúmes, do sexo desajeitado e
prazeroso, das lágrimas que não conseguia conter de mim, da sopa donde a mosca
caía, das idas àquela clínica, da serra, da floresta, dos castelos, do pequeno
ser, do nobre em vista. Da mira de um prédio de qualquer praia, das pequenas
viagens nos cantos da cidade, e longos passeios no nosso país - tantas
tessituras. Trata-se de um poema de versos alegres, mas tristes de saudade, e
impregnados de esperança, bem ao estilo Paulo Freire. (...).
Hiran Pinel, autor...
COTAS PARA OS POMERANOS EM VESTIBULARES, CONCURSOS PÚBLICOS
Acabei esses texto poético, ainda que não sejam para ele, aluno brilhante da Pedagogia de Domingos Martins, ES, recordei do poeta pomerano Celso KALK - sua origem lhe indica o é, e pelo ser mesmo dele como ser-no-mundo: "é pomerano". Morreu, pelo que me recordo em 2004 - sofreu acidente com sua moto. Nesse ano que faleceu, eu escrevi, emocionado, um texto analisando um poema seu, chamado "ser jovem pomerano" (acho), e publiquei no Jornal A Tribuna daqui do ES., onde expressei todo meu afeto a um aluno, repito, brilhante, amigo, sincero, autêntico.
Ele, um dia, me levou de moto em algum lugar que ele queria levar-me para conhecer. Ele me disse que o sonho dele era estar fazendo Pedagogia ou outra licenciatura na Universidade Federal do Espírito Santo, UFES. Como se diz, uma linha leva a outra.
Celso era professor e lecionava em pomerano. Tinha uma pasta (tipo portfólio) com muitos materiais dele, que me deu para estudar - eram originais e com dados sobre a Pomerânia sonhada, que existiu e "deveria voltar", disse-me. Materiais inéditos, com poesia, e ele tentava recordar de novas palavras diante de um dicionário que havia lançado ou lançaria um escritor capixaba.
No álbum haviam retratos, desenhos... Ela descrevia narrativamente uma "experiência vivida".
Quando se "fala" de cotas, acho justo abarcar mais gente brasileira, como os "pomeranos", onde Celso, por exemplo, estaria na universidade pública dizendo a que veio enquanto intelectual que era.
NOTA: sobre a pasta que me deu, não a encontrei dia desses, mas tornarei a procurar. Tínhamos muitos papos, íamos no consultório conversar como professor e aluno.
Hiran Pinel, autor.
REFERÊNCIA DO MEU TEXTO PUBLICADO:
PINEL, Hiran. 'SER POMERANO NA POÉTICA DE CELSO KALCK'. "A TRIBUNA", Jornal Popular, VITÓRIA ES, página: 18 - 18, data: 05 maio 2004. Disponível a informação: https://hiranpinel.blogspot.com/2009/10/ - Tenho cópia do artigo no jornal copiado pela outra aluna e orientanda maravilhosa, pois grande pesquisadora, Marciane Cosmo.
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