Ao discorrer sobre a amizade íntima com o humanista
e poeta Étienne de La Boétie (1530-1563), o escritor Michel Eyquem de Montaigne
(1533-1592) assim escreveu 'in' Ensaios:
“Na amizade a que me refiro, as almas entrosam-se e
se confundem numa única alma, tão unidas uma à outra que não se distinguem, não
se lhes percebendo sequer a linha de demarcação. Se insistirem para que eu diga
por que o amava, sinto que não o saberia expressar senão respondendo: porque
era ele, porque era eu. ”