No filme “Ilha
do Medo” (de Scorsese) e "Clube
da Luta" (de Fincher), os personagens protagonistas se sentem tão
culpados, mas tanto, que inventam para si uma outra realidade (esconde-se do
real). O personagem esconde de si mesmo o dito real concreto, se é que apenas
isso seja real. O sujeito faz isso nesse mundo-esconderijo. Ele esconde de si algo
que lhe causa muita dor, muita. Inventa uma fantasia – ele delira o real,
criando um outro real, uma alucinação, mas que para os espectadores (dos filmes)
lhes parece real - e é real para o sujeito do mecanismo de defesa exagerado, e quem dirá que não? É bom recordar que o fenômeno não se
passa ou acontece na consciência.