quarta-feira, 9 de maio de 2018

Post em cima da imagem de uma cena de "Sotus S The Series"... É uma brincadeira e uma homenagem aos meus ídolos Singto e Krist...

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COMO ELABORAR UMA QUESTÃO E OBJETIVO DE PESQUISA FENOMENOLÓGICA?

Hiran Pinel 
Autor desse ensaio inconcluso, sempre aberto a mais discussões.

Uma questão ou interrogação ou pergunta de pesquisa TEM que gerar, a partir dela (pergunta), um objetivo igual – não falo de semelhante, falo de IGUAL nos termos, nos tempos dos verbos, substantivos, adjetivos etc.

Tem outros modos de levantar uma questão fenomenológica, mas uma boa pergunta/ questão fenomenológica, como já vimos inclusive o motivo, pode começar por:

O QUE É & COMO É... As Psicologias Fenomenológicas (há algumas: de Victor Frankl, de Rollo May, de Medard Boss, de Ludwig Binswanger, Monique Augras, Yolanda Cintrão Forghieri etc.) estão “atentas ao QUE e ao COMO da realidade do sujeito, dado que a consciência não operava no vazio, sendo necessariamente intencional” (RIBEIRO, 2013; p. 83; negritados e sublinhado nossos).

Exemplo: O QUE É & COMO É FELICIDADE PARA ESTUDANTES COM CÂNCER INTERNADOS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DA GRANDE VITÓRIA, INSERIDOS QUE ESTÃO EM PROGRAMAS DO TIPO CLASSE HOSPITALAR E PEDAGOGIA HOSPITALAR?

O meu objetivo TEM que acompanhar a interrogação – TEM - estou afirmando, nesse caso. Um bom objetivo fenomenológico pode ser quase sempre: DESCREVER COMPREENSIVAMENTE... Já analisamos o motivo disso, descrever e compreender (com+preender = empatia).

Veja como fica o objetivo:

DESCREVER COMPREENSIVAMENTE O QUE É E COMO É FELICIDADE PARA ESTUDANTES COM CÂNCER INTERNADOS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DA GRANDE VITÓRIA, INSERIDOS QUE ESTÃO EM PROGRAMAS DO TIPO CLASSE HOSPITALAR E PEDAGOGIA HOSPITALAR.

Há outros modos de escrever uma “interrogação e objetivo de pesquisa” em investigação fenomenológica? Sim, mas recorde uma interrogação TEM que guiar um objetivo. Não mude termo algum... TEM... 

E recorde que o interesse da psicologia fenomenológica com a qual trabalhamos (investigamos) é pela experiência do outro, do vivido desse outro – seus sentimentos, emoções, desejos, pensamentos, raciocínios, sua atenção e memória intencionais ou não, expressão corporal etc. 

Nosso foco então é na SUBJETIVIDADE, lugar-tempo das experiências do sujeito como ser-no-mundo ou ser no mundo. 

E mais: a subjetividade é composta pelas vidas AFETIVA e COGNITIVA. 

A vida afetiva pode ser mostrada como uma “energia” que move a cognição em todos seus sentidos, aspectos e significado. 

A vida afetiva é composta pelos sentimentos, emoções, desejos – fortes, fracos, mediados, híbridos, densos, tensos, intensos. 

A vida cognitiva (movida pelo afeto – algo que afeta o outro e sua mente/ corpo/ alma etc.) pode ser composta pelos pensamentos, raciocínios, expressão corporal (psicofisiologia/ psicomotricidade; corpo/ organismo e uso de remédios, doenças, prazeres, cansaço etc.), como o sujeito soluciona um problema escolar (matemática, conflitos na escola) e problemas de vida em geral... 

Só que no vivido, o afeto e cognição são indissociados, por isso, costumo falar em “cognição de carne” (“carne” como símbolo de algo que é viva, tem sangue; a emoção, os sentimentos, os gestos, o corpo etc.). 

Há educadores que dividem a cognição em [1] cognição propriamente dita (pensamentos, raciocínios etc.) e em [2] psicomotricidade (lateralidade, esquema/ conceito e autoimagem corporal, capacidade de relaxamento, noção de tempo e espaço, paratonia, sincinesia, hiperatividade, hipertonia/ hipotonia, capacidade do uso do corpo na Educação Física, leitura/ escrita/ desenho/ aritmética etc.).

REFERÊNCIA
RIBEIRO, Jorge Ponciano. Psicoterapia; teorias e técnica psicoterápicas. 2ª ed. Revista, ampliada. São Paulo: Summus, 2013.