segunda-feira, 25 de março de 2019

TRIO CONDECORADO COM O "PRÊMIO CAROLINA BORI", 2018, EM EDUCAÇÃO ESPECIAL: Hedlamar Fernandes, Hiran Pinel (autor também e orientador) & Rodrigo Bravin...

TÍTULO DO TRABALHO PREMIADO: "O hospital como espaço de ludicidade: um estudo fenomenológico- existencial sobre o mundo das possibilidades".

EVENTO: VIII Congresso Brasileiro de Educação Especial (VIII CBEE) / XI Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação (XI ENPEE).

terça-feira, 19 de março de 2019

O "casal imaginário" se separou: Singto e Krist. Enquanto Singto tá em outra série de muito sucesso, Krist continua trabalhando sua música Sky, que é linda... Só que Krist já está sendo provocado pelas lindas mulheres - ele dará conta delas? De si, eu sei que nem tanto, pois ninguém dá. Dizem, que depois desse contato íntimo com o sexo oposto, ele teria se perguntado: - Afinal, o que deseja uma mulher? Óbvio, graduado como é, culto, ele estaria copiando Jacques Lacan (kkk). É um deuso em busca de algo ou alguém - provavelmente de Singto, a parceria inesquecível... kkk Somos fãs Alice, por "isso" só sei fazer "isso": orar mantras budistas! (kkk).

Hiran Pinel, autor.
Vera Fischer, ontem no teatro. Olhem para o corpo dela, sinta-o. É um corpo em que a vida se move nele, respira nele, adentra-o. A vida traceja cartografias afetivas e amorosas e se identifica cartógrafo fenomenológico-existencial - sentido da vida. Por isso a vida procura Vera, e insiste instalar-se nesse corpo tenso, denso e intenso de uma gata...

Hiran Pinel, autor.
Vitória, ES.
17 de março de 2019.

domingo, 17 de março de 2019

PSICOFARMACOLOGIA FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL: TENTANDO UMA DEFINIÇÃO E SUGERINDO UMA QUESTÃO DE PESQUISA

Hiran Pinel, autor.

A "psicofarmacologia fenomenológico-existencial", preocupa-se em estudar e pesquisar a "experiência vivida" do outro (estudantes, viciado em alguma substância, por ex.) que experiencia "ingerir drogas lícitas" (ou ilícitas), e que consegue descrever (ou deixa se descrever) a sua vivência, facilitando ao pesquisador, a produção uma "descrição compreensiva" sob o ponto de vista desse outro ser que é "ser no mundo" do uso de drogas em geral, remédios prescritos por médicos ou não, ou auto-prescritos etc.

Uma questão de pesquisa na nossa área seria, por exemplo:

O que é e como é ser usuário de ritalina, sendo diagnosticado com síndrome de Down, e que toma tal medicação em épocas de avaliação escolar visando sucesso acadêmico?

***
em citando tal texto, direto ou indiretamente, favor referendar cumprindo a lei contra o plágio e obedecendo normas como as da ABNT, APA etc.

domingo, 10 de março de 2019

"MINHA HISTÓRIA É MUITO SIMPLES: MEU CORAÇÃO PAROU DE BATER E EU MORRI"

Frase do começo da série intitulada "Ele está vindo pra mim" (2019) ou "He's Coming To Me". Eis o título original do thai: "Eles estão celebrando o Festival Qingming ao lado do meu túmulo". O maravilhoso e perfeito e "deusificado" ator Singto Prachaya é Me... e tem ainda o ator Ohm como Than...

Belíssima entrada da série - do primeiro episódio. Tudo música, pequenas falas, e de repetente, a linda voz do ator Singto Prachaya, trazendo na pele o personagem Met, diz: "minha história é muito simples: meu coração parou de bater e eu morri" ... Perfeito no contexto de toda a série - achando aqui. Há cenas de cinema; diálogos provocantes, essa frase no começo é tudo, pois desvela o final... Singto está perfeito (perfeccionista que é quase obsessivo-compulsivo), além de estrela, um grande ator, um "deuso" terrestre, um "divo", ídolo, mito, ícone... Uma série sobre um morto, e que agora é um fantasma, isso em um país predominantemente budista, logo com as espiritualidades devidas, como a crença na reencarnação, por ex. O fantasma fica esperando reencarnar em outro corpo. Bem, vamos prosseguir com a história. Um dia, um menino chamado Than (ator Ohm) fica preocupado em ver o túmulo sujo e sem ninguém para visitar. O menino começa vir todo o ano, e bem alegre, ao contrário de um brasileiro vivendo o melodramático "Dia dos Mortos", aqui muito vivido com lágrimas e medo de entrar nas perdas, mas lá é comemorado de outros modos, com festas, comidas, roupas e objeto queimados (para que o fantasma os absorva) e, claro, choros e medos! O menino Than comparece para limpar a tumba tão fofinha, vem visitar e conversar com o fantasma Met. Só que "dali" (do espaço espiritual, pra nós, o cemitério), Met é o único que tem um humano que o vê. Bem, mas como se chama esse dia na Tailândia? Esse dia que Than vem visitar Met, é também conhecido como o dia do "Festival de Qingming", algo da cultura chinesa na Tailândia, dedicado para as nossas lembranças dos nossos falecidos queridos. A Tailândia tem muitos chineses devido às guerras, as revoluções, a imigração etc. Tailândia é um pais bastante desenvolvido na região e com políticas diferenciadas do seu entorno, e é receptivo aos estrangeiros, percebidos como construtores da nação, desde que não se oponham ao regime político, isso é evidente para quaisquer países (kkk)... Então, essa é a história cheia de amizade, atenção, caridade, cuidado, carinho, afagos, afetos, conhecimentos, passando as mãos nos cabelos, esfregando os corpos (de um vivo e um fantasma kkk)... Fala da impossibilidade do toque entre esses dois, afinal um é real (Than) e ou outro só espiritual, uma névoa (Met)... Eu acho que o fantasma, ao final, obterá a "reencarnação sonhada" e virá em um corpo humano igual ao dele, e a amizade se tornará concreta, pois é muita empatia entre os personagens.... Se fosse falar de um "fenômeno existencial [de investigação]" nisso que eu escrevi de ensaio, algo que, por ora, percebo, eu diria: trata-se do diálogo entre a Morte e a Vida, representadas respectivamente pelos personagens Met (ator Singto) e Than (ator Ohm)...
O amor move essas "séries yaoí" tailandesas e ou (Japão, Coreia do Sul, China etc.), assim com as séries em geral, as telenovelas, o cinema, a fotografia, a dança, a pintura, as canções de amor rasgado etc., e sabe o por quê? Porque esse tipo de amor não existe na realidade, no concreto. Esse amor só há na fantasia, e é esse que introjetamos da sociedade e cultura - e passamos a achar que o real é  o que foi criado no imaginário, inventado pela ideologia dominante ou não. Por isso não suportamos o amor real, ele "é-isso-aí", cheio de altos e baixos - catingas, arrotos, peidos, beijos, carinhos, sexo desvairado kkk nada é totalmente fofinho como está descrito nas artes que objetivam idealizador, romantizar exageradamente, alienar. Mas, por ora, e dentro dessa realidade, precisamos dessa idealização, justamente para confrontar o concreto e suas possibilidades. Está vendo como é complexo e híbrido diferenciar real do irreal, o concreto do imaginado, verdade da mentira etc... (kkk)
 
Hiran Pinel, autor.

sábado, 9 de março de 2019

ARTHIT: - Espere, volte!


KONGPOB: - Sim.


ARTHIT: - Nada! Agradeço pelo apoio!


KONGPOB: - Eu só queria ajudar, não se preocupe.


Mas Arthit não fez a pergunta que ele desejava, a que gritava do seu mais profundo ser, a interrogação que estava tatuada no seu peito:


- VOCÊ PENSA EM MIM?


Ele não a fez, com medo de escutar a resposta de Kongpob. A angústia de ser acentuaria demais em seu corpo, mente e alma de um jovem Arthit que vive também um "ritual de passagem" (sotus), uma travessia para ser adulto.


Se Kong (ator Singto Prachaya) lhe respondesse que sim, Arthit (ator Krist Perawat) ficaria perturbado e não saberia o que devolver ou como agir, e isso lhe metia medo, mas ao mesmo tempo poderia sentir-se em estado de frustração por não cuidar adequadamente de si mesmo diante do óbvio: o amor está penetrando os dois. 

Mas se Kong lhe dissesse que "não" pensa nele, Arthit tinha ensaiado ali mesmo, uma resposta cinematográfica, toda na ponta da língua: "Então, não se comporta mais assim comigo, não cuide de mim". 

Como na canção cantada por Roberto Carlos: "Me deixe aqui no chão", algo da esfera do melodrama, bem típico de Arthit.

* * *

[autor: Hiran Pinel; "fãnzão" de "Sotus", "Sotus S" e "Our Sky" 5o episódio]
[é a 3a vez que publico esse texto... em citando, por favor, citar a fonte]

"NÃO TOQUE EM MIM" [1]
APRECIAÇÕES CLÍNICAS SOBRE A AFEFOBIA...
 
Hiran Pinel
 
A AFEFOBIA ​(há outras nomeações [2]) é uma fobia específica rara (medo patológico) que envolve medo de tocar ao outro, medo de ser tocado, e tem vez, mais raro ainda, medo de tocar-se. É um comportamento e subjetividade exagerados indo muito além das tendências normais de proteger o espaço pessoal. O paciente pode desvelar um medo de ser contaminado pela invasão do outro, e esse processo pode, inclusive, envolver pessoas que o o sujeito adoecido conhece. Essas pessoas pode apresentar esse quadro, por exemplo, devido a uma experiência negativa de toque, uma dificuldade antiga onde tocar é algo proibido, sexualidade dificultosa (devido, por ex., histórias de ter vivido abuso) e impregnada por noções como a de pecado ou medo de ser contaminado por doenças venéreas. Outra causa, possível de ser descrita na clínica, é a baixa auto-imagem corporal que pode ser algo nas relações antigas e da cultura/ sociedade repressora (por ex: ser obeso, ser magro demais, ter manchas no corpo, ser albino etc.). Há pessoas que têm medo exagerado de ser tocadas por pessoas do mesmo sexo, recordando-lhe que o outro (ou si mesmo) possa ser homossexual, lésbica etc., havendo um medo horroroso de ser contaminado ou mesmo ter que revelar seus mais recônditos desejos reprimidos e nunca mostrados - tendo como causas experiências de abuso, experiências negativas e ou impacto da sociedade também repressora aos gays que é introjetado. Há jovens candidatos a atletas que revelam que praticam qualquer esporte desde que não seja aquele que, de modo central, envolva o tocar o corpo do outro, provocando-lhe ojerizas, e outros sinais que podem ser comuns aos afefóbicos: aceleração do batimento cardíaco, suor frio, coceira, aceleração do ato de respirar, tensão muscular e rigidez, pânico, náuseas, pensamentos "pecaminosos", invenção de modos de sair do toque, tremores, sensação de morte etc. Há caso que o toque envolve contato com o pelo do outro, especialmente o pelo masculino, mas não só. Por sinal, muito descrevem o "pavor do suor humano", o nojo que isso lhe causa. Ser tocado, imagino eu, pode ser descrito como algo, que no poético, é um "fogo que arde sem se ver" [3], donde o modo de ser estarrecido predomina, acompanhado de repulsa, horror, vômito, geleira, quentura. É comum, após o toque, a pessoa procurar, de modo desesperado, limpar-se, tomar banho demorado esfregando-lhe o corpo com tensão, podendo até machucar, inclusive por até passar álcool, por exemplo. Ofícios de assepsia "podem" levar a afefobia caso o profissional já seja um sujeito com essas tendências, por isso, não podemos confundir ser médico ou ser enfermeiro com ter afefobia, pois há aí um atitude científica (e ética) de não tocar ou se tocar proteger-se, isso é outra coisa, sendo algo comum, esperado e acima de tudo revelando competência profissional. Outra coisa: a ojeriza ao toque ao marido que a agrediu fisicamente, como na canção que diz "não toque em mim" [4]  também é uma reação normal depois do melodrama narrado pelos compositores, mesmo que isso perdure apenas contra o referido sujeito (autor: Hiran Pinel, 2005).
 
NOTAS
NOTA 1: Publiquei sobre esse tema, no meu livro "Apenas dois rapazes e uma educação social: cinema, existencialismo e inclusão" (só tenho cópias xerox dele, ou seja, não encontro o texto digitado em pdf que eu tinha kkk Mas o livro é registrado)... O texto aqui não é o mesmo do livro, eu fiz um texto de memória;
 
NOTA 2: Afefobia, afofobia, apnofobia, aptefobia, aptofobia, thixofobia, quiraptofobia;
 
NOTA 3: Poética de Luís Vaz de Camões, in "Sonetos", que no contexto é: "Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer (...)".
 
NOTA 4: Trecho da canção "De igual pra igual" de Roberta Miranda e Matogrosso.