sábado, 28 de julho de 2018

Luis Sérgio Quarto, autor capixaba, nascido na região do município de Iúna (ES), produziu livros maravilhosos como: "Madrinha Lua", "Os Manacas Estão Floridos", "Sol de Naná", "Os Pardais da Capital", "Mês de Maio em Iúna" etc. 

Licenciado em Pedagogia, Mestre em Educação (pela UFES/ PPGE), aposentado como professor do Instituto de Educação do ES, ensinando para o antigo curso normal, ex-gestor de escola pública..

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Você se ilude com seu ídolo da série thai yaoí. 
Você acorda. Ninguém está ao seu lado. 
Só, você não consegue estancar o que sente. 
Há vida fora disso, constata ao abrir a janela.
Podes crer - desperte, pois já é dia.

[Autor: Hiran Pinel]
Hoje, na minha casa, não tem leite.
Bebia-o do próprio bico, meio que ordenhando,

e sempre na horinha - saía quentinho.
Fugi do meu lar, pois a garrafa estava vazia.


[Hiran Pinel, autor].

NOTA:  texto poético meu, de bom humor, tudo a partir de letra da música "No Milk Today" que desconhecia o teor dos versos (os significados). Trata-se de uma composição de Graham Gouldman, com a (maravilhosa) banda Herman's Hermits. Gravação de 1967.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Tee: - Mork, pra gente amar alguém, é necessário fazer sexo com essa pessoa?

Mork responde que essa questão não é o ponto central, e coloca outra interrogação, até mais potente e vital: O que está ocorrendo entre nós, é ou não é o amor? 

Isso in "My Tee The Series" (Tailândia, 2018; EP: 05).

NOTA: Podemos amar/ desejar uma pessoa sem fazer sexo com ela, e isso ficar melhor se a coisa é vivida bem, dialogada, combinada, bem tratada etc. Novas formas de amar e do amor.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

O ator March Chutavuth Pattarakampol é a Bette Davis da Tailândia: transforma o pior roteiro em uma pequena obra de arte, e o faz apenas por sua interpretação. É impregnante a sua presença na série de TV, no cinema etc., algo da experiência que as retinas do fã nunca apagarão, mesmo que ele se esforce - seja algum vidente, algum cego, algum surdo ou seja quem for. Ver, sentir e escutar Pattarakampol é por si só um experienciar, uma entrega do vivido... "Ver-sentir-escutar" March Chutavuth Pattarakampol é tocá-lo.
Lendo o delicioso Facebook "The Angel's Gang". Lá pela tantas eu leio a frase:

"(...) SE NÃO GOXTAR (DA MINHA OPINIÃO), POR FAVOR, ME COMA" 😎😋

FAÇO MINHAS, AS PALAVRAS DELA (KKK)

Autoria da frase:  Mimjin Namjoon

É possível realmente esquecer seus abraços, olhares e beijos? É fácil isso? Como a gente pode inventar separação? Isso não pode ser a saída pra nós dois - esquecer, esquecer, esquecer... Esquecer o inesquecível. O nosso amor merece mais, tudo pelo que vivemos. No nosso adeus, naquela notívaga paisagem, o silêncio - eu dolorido, você se desesperando, me beijando alopradamente. Eu me sentia perdido, sozinho - mesmo com sua língua roçando meu rosto suado. Seu toque escorria na minha cara, e eu ficava atordoado. "Isso é muito profundo para esquecer", diz a canção da série thai "My Tee", aquela que eu sempre assisto para recordar-me de você, mas você não sabe, mas sente. Tudo que estamos, nós vivemos, e o passado e o futuro apagado e incerto - tudo estará na memória, e na minha atenção - ambas intencionais. Joguei fora os seus livros de autoajuda, nada de ser feliz imediatamente, tem momento que é preciso acordar na tristeza. Ontem de noite eu saí cartografando minha subjetividade, muito sozinho, tracejando nossas vidas pelo nosso ex-apartamento, olhei cada detalhe e chorei demais até me derreter - fui Branca de Neve. Escorrendo-me por detrás da porta, fiquei como Krist em "Sotus S" - sem Kongpob. Eu te amo, e não sei o que fazer com ele, com o amor, não sei nem guardá-lo e muito menos doá-lo. Quando penso que o nosso amor, o amor que tivemos um pelo outro, estava sempre no bem-estar que produzíamos em nós e não no amor mesmo, o inventado.... Ó... Então, me dá uma vontade tensa, densa e intensa de matar Nietzsche, desgraçado, desgraçado dos infernos - eu crio fantasias para suportar tanto a sua ausência, o seu abandono, a sua rejeição. Desgraçado, não volte mais - mas não trocarei a chave da nossa morada - a do ser. 

[Hiran Pinel, autor].
Ainda hoje as minhas pernas tremem. O meu coração sai "até-até" à boca. Eu choro cântaros vendo essas séries tailandesas. Lágrimas escorrem por uma memória. Um aguaceiro sai dos olhos na sala de aula, tudo por uma poesia e uma lembrança de algo que me perturba, algo que me estrangula e me faz interrogar meu existir e o viver do outro - mas tudo se refere a mim, apenas a mim. Na minha pureza, pureza que acho que tenho, descubro-me na internet, na série "My Tee", como um modo de ser (sendo) fake. Nessa eu não estou só. Quase tudo é fake. Só não é fake "eu com você". Quando você chega e me coloca no seu colo - aí eu sou eu mesmo existindo-me em você. Como estou a dizer: Fake.

[HIRAN PINEL; autor; ficção]💘🌺🌼☘️🍀🍂
Grufei
GRUPO DE FENOMENOLOGIA, EDUCAÇÃO (ESPECIAL) & INCLUSÃO.

UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CE - CENTRO DE EDUCAÇÃO
PPGE - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO 

COORDENADOR: PROFESSOR DOUTOR (TITULAR) HIRAN PINEL.
EU, TU E ELE: NÓS ABANDONADOS...
 
Ele está no parapeito da varanda de um prédio, e ao fundo aparece Bangkok iluminada pelas luzes artificiais e a lua amiudada, mas potente. Singto está sorrindo, com um par de óculos escuros. Fiquei seduzido pela imagem, e não sabia o motivo para isso... Eu a copiei e a joguei no word, e eu fui ampliando gradativamente aquela fotografia até à sua saturação, como o inverso do filme "Blow Up, Depois Daquele Beijo", pois gradualmente pouco enxergava. Fui ficando atento aos sinais clínicos do existir ser no mundo no rosto do ator Singto. O meu sorriso foi ficando amarelo, e pude notar debaixo das minhas lentes um pouco de água do suor, mas que eu traduzi como lágrimas. Olhando com maior atenção fenomenológica para a imagem, percebo na lente a presença do seu colega o ator Krist, com olhos abertos, com cara de choro, prestes a empurrar o colega e amigo. Angustiado, fui ampliando a imagem, ampliando, ampliando - até que tudo se tornasse pontos esmaecidos, vazios. Pontos humanos, dispersos. Pontos agora parecendo coisas e objetos de tão desfocados que ficaram - e eu fui autor disso. Pareceu-me que tudo está perdido naquele espaço e nesse meu tempo, e alguém está à cata de algum lenço para enxugar o drama. O abandono está até para os deuses como Singto e Krist, imagine pra mim? (kkk)... 

[Hiran Pinel, ficção].
"Ficar solteiro não é uma coisa ruim. Estar solteiro e sozinho, é melhor do que sofrer".

("My Tee The Series"; EP4).
"Eu menti pra você, mas foi sem querer".

(Pato Fu, banda musical brasileira).
Revendo pela enésima vez o filme thai "Tropical Malady" (2004) e dessa vez fui capturado pela cena da mãe, que lavando a roupa do filho Tong, encontra um bilhete apaixonado para ele, escrito por Keng (o guarda florestal)... Ela aceita de bom grado a notícia do amor, e faz uma arqueologia adentro de um monumento a Buda com os dois - o filho e o guarda. Keng, de início, aceita o envolvimento existencial com o divino, mas logo-logo teme os esconderijos dali, as cavernas tailandesas e as descreve como tendo fantasmas e monções - instaura-se o medo e a desconfiança. Ao final, o filho responde ao guarda com outro bilhete: "sim"... Bem, como sabemos, na esfera do amor, tudo tem um fim.

DIREÇÃO: Apichatpong Weerassetakhul
ATORES: Sakda Kaewbuadee & Banlop Lomnoi
O filme thai "TROPICAL MALADY" (2004) narra o encontro de um guarda florestal e um jovem que "vive de bico" - ele corta e vende gelo, em um país hiper tropical, quentíssimo. Os dois saem a passear pela cidade, vão a um bar com uma cantora em cena (linda cena) etc. Os dois se apaixonam, é o que me pareceu. Depois um deles, o jovem desempregado, adentra a uma floresta, e nela se animaliza, torna-se primitivo, impulsivo, carne, sedento. No outro dia, depois de passear pela cidade pequena, no norte do país, o guarda vai atrás do fugitivo (fugidio), e se mistura com os elementos da floresta virgem, agarrando o jovem desempregado, agora totalmente nu, mas que lhe escapa desejando (talvez) a liberdade e não a prisão do amor. Quase ao final se escuta: "Deixe-me ir" fala com o espírito de uma vaca cuja cabeça foi decepada. Finalmente: "eu sinto sua falta, soldado". O amor foge e se vai, mas fica na memória de ambos. O soldado fica de olhos arregados, todo sujo e envolvido com a natureza agreste, os sons, as cores, o calor, as monções. O guarda fica à espera do retorno daquele que recusa o amor pegajoso, porém um nobre amo - um guardião da perversidade.

Na minha opinião o jovem não retorna mais, procurando outras paragens, mas como eu disse, a memória os perturbarão para sempre, pois ninguém sai ileso ao um encontro de sentido, de qualidade - de significado sentido.

Muito bom, e com uma linguagem dislógica, diferenciada da maioria dos filmes de estúdio. Por isso, premiado em Cannes e outros prêmio respeitados internacionalmente, inclusive na própria Tailândia.

DIREÇÃO: Apichatpong Weerassetakhul
ATORES: Sakda Kaewbuadee & Banlop Lomnoi
NÃO SOU ABSOLUTAMENTE NADA: ALELUIA SENHOR SANTO SINGTO PRACHAYA... (KKK)

QUESTÃO 1 - ERRO DE GRAVAÇÃO? DUVIDO... KKK
Li agora que no episódio final de "Sotus S The Series", quando o personagem Arthit, logo após um beijo na boca de Kongpob, ele limpa a boca com as mãos, pois o beijo tal qual foi dado não estava no roteiro. Eu levanto a hipótese que isso não é verdade, ou meia verdade ou prosseguimento dado a ilusão que é um objetivo de uma série. Ora bolas, era só refilmar a cena, e hoje em dia, com o vídeo, não se gasta nadica de nada, pois no filme de cinema e vídeo-tape de antigamente, eram milhões de dinheiro, pois o celuloide é caríssimo o metro kkk... Arthit limpa a boca e com alguma coerência de personagem, pois me parece que ele está numa "boder-line" entre desejar Kong (como potência) e não desejar Kong (negando essa potência). Não é possível que a indústria do entretenimento tailandesa é tão experimental assim... Eu até acharia bacana, pois amo obras de arte alternativas, tipo o filme thai "Tropical Malady" (2004)... Mas o papo dos atores Krist Perawat e Singto Prachaya, no Instagram, de que foi um erro (a cena), eu acho que é algo que pode ser questionado, pois pode ter alguma manipulação (comum, para criar mais fantasias), fazer charme, provocar às fãs.

QUESTÃO 2 - KRIST HOMOFÓBICO? SERÁ?
E quanto ao ator Krist (que faz Arthit) ser homofóbico - isso, a priori, e ao meu sentir, pode ser talvez pura bobagem. O ator jovem Krist falou pela enésima vez, a uma fã, de que não é gay, isso de escutar sempre a mesma pergunta, isso deve cansá-lo, ele quis deixar claro, falando nas entrelinhas, de que "fui gay na série" e isso é uma coisa, isso é o personagem, já ele, é ele mesmo, o que se acostumou chamar-se "ser eu na realidade" - mas que é uma decepção e um corte nos fãs - sim é, um descuidado do ator. E ao mesmo tempo que ele escreveu que "não sou absolutamente gay" (em português essa frase é totalmente dúbia kkk), ele cria comentários, e sua fama prossegue e amplia, até porque, na próxima série, ele será hetero. E mais, seu comentário provoca às fãs, que deixam bem claro o que pra elas pode ser indícios de homofobia, e elas estão corretas (acho), pois o ideal (?) era Krist talvez desprezar a questão, brincar ou mesmo prosseguir insinuando que há algo entre ele e Sinto.

QUESTÃO 3 - KRIST E SINGTO: BROMANCE?
Entre Krist e Singto há "amizade íntima" acho que do tipo bromance, senão ele não chegaria a empurrar violentamente o amigo e colega como fez em um evento onde ambos estavam de jaquetas vermelhas, fora os ciúmes que podem ultrapassar a representação - eu sempre achei o Krist um ator envolvente, destemperado, histérico, meio que Marilyn Monroe, já Singto é uma espécie de Paul Newman, um grande ator, amante por excelência que tem prazer realizando a fantasia do outro, tranquilão, que estuda e pesquisa um personagem... Fogo e água. Inferno e céu. Um depende do outro pra sobreviverem - mas confesso que Krist demanda mais.

QUESTÃO 4 - TODO ESSE TEXTO VAI DEDICADO PARA SINGTO
Mas eu acho que o foco disso tudo não é Krist, e nem o seu personagem Arthit - o foco, não. O foco é outro - é Singto, e seu personagem Kongpob. Singto com as mãos espalmadas a Buda, a curvatura do corpo - pra alguns de nós brasileiros, ou há um corpo reprimido ou há um corpo em total soltura (kkk). Um corpo por sinal que não é "'um corpo", mas "o corpo", o "corpo santo, do Santo Singto"... Mas, quem sabe Singto, de tão reprimido pelo ambiente, incluindo aí o Krist, um dia estoure e diga "não sou absolutamente nada" - nem gay, nem hétero, nem bi, nem assexuada, "sou sendo em processo", sou sendo o desejo do povo, das fãs, como todo artista deveria ser, sem abdicar, é claro, do "ser si mesmo" ou o que isso significa. Por isso, ao terminar esse texto compreensivo e poético, eu dedico a Singto, e aos oprimidos contidos naquele "corpo santo". Aleluia, Senhor Singto! (kkk)

segunda-feira, 16 de julho de 2018

AINDA QUE A GENTE NÃO POSSA DIZER AOS OUTROS QUE NOS AMAMOS...
PERCEBEMOS LOGO QUE O MUNDO NÃO VAI GOSTAR MUITO DE SABER DISSO
PARA ELES NÃO IMPORTA O QUANTO NOSSOS SENTIMENTOS SÃO POTENTES
ENTÃO, EU ACHO MENOS DESGASTANTE GUARDARMOS ISSO EM SEGREDO
SABE COMO É? LEVAR ISSO PARA O TÚMULO? SABE MESMO? SENTE?
NINGUÉM NUNCA SABERÁ, E OUTROS QUE VIRÃO DEPOIS DE NÓS FARÃO MESMO.
NÃO HÁ NENHUMA NOVIDADE NISSO, POIS SE GUARDA SEGREDO DE MAIS COISAS.
O MUNDO NUNCA NOS HOSPEDOU, ACOLHEU E NEM PRETENDER CUIDAR DE NÓS
É MELHOR VIVERMOS BEM O QUE TEMOS PRA VIVER JUNTOS
SÓ ISSO. SEM MUITOS FALATÓRIOS, DESCRIÇÕES, NEM COMPREENSÕES.


[Hiran Pinel, autor]

domingo, 15 de julho de 2018

Meus olhos cegos,
Bangkok se acende:
Então me enxergo.
 
(Hiran Pinel, autor)

sábado, 14 de julho de 2018

O ator March Chutavuth Pattarakampol é a Bette Davis da Tailândia: transforma o pior roteiro em uma pequena obra de arte, e o faz apenas por sua interpretação...

segunda-feira, 9 de julho de 2018

POSSÍVEIS MOTIVAÇÕES PARA AS MENINAS "SHIPAREM" CASAL DE GAROTOS/ RAPAZES NA ESCOLA, NA TAILÂNDIA E ADJACÊNCIAS?

Hiran Pinel, autor.

Falarei agora da série thai "Bang Rak Soi 9/1", do Episódio 12; logo no começo do episódio, aos 5 minutos mais ou menos.

A personagem (uma menina dos seus 12 anos de idade) diz que "shipa" (seca, fica fascinada) dois garotos, e que eles, na escola, são o "casal imaginário" dela e de suas amigas. Pode ser um casal hétero, mas no caso, trata-se de um casal de dois homens, que são héteros e que são "imaginados" (por elas) como gays.

Ela explica que quando há garotos lindos na escola, e se eles não podem "ser delas" (posse), elas decidem que os dois não podem ser de ninguém. Então o casal é estimulado a passar a representar que têm um caso, um envolvimento amoroso, geralmente romântico, no sentido de não ter sexo envolvido. Elas convencem os rapazes a fazer essa representação, eles tiram retratos juntinhos, dando selinhos, de mãos dadas - isso porque ao mesmo tempo que se dizem gays, sabem que de fato estão representando, que estão, de certo modo, apoiando às causas LGBT's, e ao mesmo tempo são "secados" (de estranho modo) pelas meninas, além de ganharem presentes, ficarem populares etc.

As fãs, vamos dizer assim, fantasiam que o "casal" é namorado um do outro, que são noivos (elas podem comprar aliança pra eles usarem - e a usam) e até casados. Mas sempre o casal reproduz, via interpretação (mentirinha) o casal hétero - um é marido, outra esposa, e representam comportamentos culturalmente definidos para ambos os personagens. E mais, as meninas (agora fãs desse casal) decidem quem é o marido e quem é a esposa/ mulher... Mais ainda: as meninas se sentem também provocadas, e elas começam a escrever o que se denomina de "novel" (pequenas narrativas, roteiros) ou mangá (no caso: mangá yaoí) sempre fundamentadas (inspiradas) naquele "casal imaginário", e acabam publicando no Facebook ou blog, por exemplo. Há casos inclusive que tal "novel" chega a fazer sucesso e até comprada pela TV...

Por um modo complexo, esse "casalzinho de mentira" passa ser objeto de desejo dessas meninas. O gostar delas é provocador aos dois rapazes (casal) e eles podem adorar essa situação - não são gays de fato, tem um amigo mais chegado, têm prestígio com as garotas, ficam populares, os outros garotos acham isso divertido e passam a estimar o "casal". Outro aspecto: quando mais eles "não podem se envolver com as meninas" (afinal são representados como gays), mais eles estudam, focam na escola, esportes etc - e deixam o amor para depois (kkk). As mães pensam nisso como algo lúdico, como acontece na cena desse episódio - a mãe acha natural, mesmo reconhecendo que os gays verdadeiros são humilhados... Por outra via, o casal pode com isso conquistar as meninas do seu desejo - é um modo eles irem se posicionando, conquistando, seduzindo essa ou aquela - eles dialogam, confirmam, desmentem, fantasiam a cabeça dela, e a própria cabela se hibridiza... É algo complexo mesmo. É assim, isso de "casal imaginário" um fenômeno cultural, daquela área da Ásia...

Antes disso, antes desse evento, talvez o surgimento dos "mangás yaoí" (Japão), acho que na década de 80 (talvez), esses tipos de revistas de histórias em quadrinhos (HQ), vieram facilitar a construção desse "imaginário social" acerca das possibilidades de um casal de dois rapazes ou como dizemos no Brasil, "casal gay", mas com rapazes que podem ou não ser homossexuais. Mas vamos recordar que esse "casal" é um teatro, uma representação, um "casal falso/ não real ou de uma outra dimensão de real"...

Eu estou vivendo e aprendendo: pensei em várias coisas acerca desse gostar das meninas pelo "casal" de séries yaoí, e até escrevi um "ensaio científico" sobre esse tema, publicado aqui no meu blogspot. Mesmo tendo essa resposta, eu continuo a pensar que tem mais motivos, desejos por detrás disso tudo...

NOTA: Shipar = pode significar algo como torcer para que sua fantasia se concretize - vc torce, fala nisso, socializa etc. A menina (no caso deste post) torce pra que os dois garotos fiquem juntos, que se namorem - se decepcionam com a separação (se houver). Há "shipar" personagens de TV, de cinema, duplas de cantores etc - por ex. Entretanto, podemos falar em "shipar" um "casal na realidade vivida" ("casal real/ verdadeiro") - torcer para que esse casal, amigo nosso, fique junto, e a menina passa a torcer por ele ("casal real), passa a fazer algo para que esse imaginário ocorra, ou que os dois fiquem em harmonia. Há no Brasil grupos de meninas que participam desse ritual ou movimento, e elas descritas comumente como alegres, inteligentes e muito saudáveis, gosto muito de conversar com elas no Facebook, opondo a outras pessoas que gostam de psicopatologizar o vivido do outro, humilhar e rejeitar

sábado, 7 de julho de 2018

Estou no mundo violento
Explosões de bambas, guerras
Um camarada caminha em paz,
mas sem jamais abandonar a realidade do mundo.

Hiran Pinel, autor.
- AO FINAL DO DIA, EU AINDA NÃO TENHO FELICIDADE...

Na cena, Maki fala para Naruta, mas é Naruta a estrela maior da cena, no sentido do close no ator, pois é aí que ele descobre o que é e como é (sendo) o amor. Maki já sabe que amar é sofrer. Melhor cena dramática da série "Ossans Love" (Japão, 2018; 6o. episódio).
Meus olhos cegos,
Bangkok se acende:
Então me enxergo.

(Hiran Pinel)
AMIZADE DE FACEBOOK É AMIZADE, NEM MELHOR E NEM PIOR DO QUE A AMIZADE PRESENCIAL - ELA TEM OUTRA DINÂMICA, MAIS FLUENTE, INSEGURA, INCERTA, UM FLUXO CONTÍNUO, UNS FIXAM MAIS, JÁ OUTROS MENOS, SEM CHEIRO, SEM O TOM DAS VOZES, SEM O SABOR.... A PRESENCIAL PODE SER MAIS NO SENTIDO DE SER ATÉ QUENTE, MAS A AMIZADE A DISTANCIA NOS DÁ POSSIBILIDADE DE CUIDAR DO OUTRO NUMA DIMENSÃO MAIS DISCURSIVA, MAIS FALADORA, MAIS CHEIA DE MENSAGENS E IMAGENS, COLOCANDO POESIAS, DANDO CONSELHOS PLANEJADOS, COM FRASES DE EFEITOS, MUITOS CLICHÊS. EU GOSTO DE AMBAS AS AMIZADES - UNS ATÉ PESQUISAM, CORRIGEM ERROS DE PORTUGUÊS... MAS NÃO É IGUAL A AMIZADE PRESENCIAL - SÃO DUAS AMIZADES DIFERENCIADAS... JÁ AS DUAS AMIZADES, PRESENCIAL E A DISTANCIA, É UMA BOA COMBINAÇÃO.. COMO A PRESENCIAL DESGASTA MAIS, É UM "TOMA LÁ-DÁ-CÁ" IMEDIATO, EMOCIONAL, FERVOROSA, DÁ MAIS TRETA, JÁ NA DISTANCIA, PODEMOS PENSAR MAIS, REFLETIR QUANDO ESCREVEMOS, PARA ALGUNS É MAIS FÁCIL PEDIR DESCULPAS, VISTO QUE NA PRESENCIAL O SUJEITO, MESMO ERRADO, SE TRANCA, NÃO PEDE... ESSE TEMA DÁ TESE, UM TEXTÃO - UM LIVRO kkk

[HIRAN PINE, AUTOR]
Novo motivo pra eu chorar aos cântaros, a série thai "My Tee", história triste. Adorando isso, pois estou farto de alegria barata.
Estou farto de alegria barata.

Hiran Pinel, autor.
"De quando em quando se dê o prazer de comprar uma alegria cara".

[Júlio Arturo Garcia, autor].

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Eu falando sobre educação social

Programa 9 Minutos na íntegra do dia 17/10/2012

TV TRIBUNA - ES

Apresentador: Eustáquio Palhares


COPIA O ENDEREÇO E JOGA NO YOU TUBE:
https://www.youtube.com/watch?v=YRbZLsmIz9g
Grufei  
GRUPO DE FENOMENOLOGIA, EDUCAÇÃO (ESPECIAL) & INCLUSÃO

Coordenador: Professor doutor Hiran Pinel, UFES/ CE/ DTEPE/ PPGE

Eis onde se localiza, na hierarquia institucional, o nosso Grufei:

I
UFES/ CE/ DTEPE/ PPGE
Universidade Federal do Espírito Santo
Centro de Educação
Departamento de Teorias do Ensino e Práticas Educacionais
Programa de Pós-Graduação em Educação


II
Magistério, pesquisa, extensão, gestão - e outras possibilidades de ser o que se denomina "professor da UFES"


III
Pesquisa nossa registrada no CNPq, espécie de linha-mestra de nossa identidade: "Educação Especial: abordagens e tendências", Simbolicamente é o nosso carro-chefe, é desse projeto-mor que se cria/ produz/ inventa outros projetos, isto é, plano de trabalho de cada professor orientador.


IV
Pesquisa nossa, do nosso grupo específico, no PPGE: "Educação Especial & Processos Inclusivos"


V
Minha pesquisa, criada por mim, tendo por parâmetro os dados anteriores: "Aprendizagem (e desenvolvimento) humano sob a ótica fenomenológico-existencial: o ser no mundo da educação escolar e não-escolar inclusiva, estando os sujeitos envolvidos em programas de Educação Especial, Pedagogia Social & Psicopedagogia" - aprovado e registrado na PRPPG; com duração proposta de 7 anos; registrada no Comitê de Ética, com o parecer numerado devidamente.


VI
Meu foco atual: Pedagogia Hospitalar, Educação Especial Hospitalar, Classe Hospitalar, Atendimentos Educacional Especializado, "Diagnósticos: Possibilidades, Profecias e Preconceitos", Educação Especial Escolar e Não-Escolar em geral


VII
Marco teórico fundamental: Psicologia/ Educação/ Pedagogia Fenomenológico-Existencial que considera o ser no mundo.


VIII Grufei e...: outras de nossas muitas produções como grupos de encontro, congressos,contatos, vivências e oficinas, bancas, vídeos, facebook, entrevistas, artigos populares para jornais, criação de produtos (artigos, livros, jogos, brinquedos, procedimentos, musicas, fotografias, performance, vídeos, poesias, colóquios, seminários etc.), reuniões de departamento e do PPGE, e outras etc... etc...

quarta-feira, 4 de julho de 2018

É possível realmente esquecer seus abraços, olhares e beijos? É fácil isso? Como a gente pode inventar separação? Isso não pode ser a saída pra nós dois - esquecer, esquecer, esquecer... Esquecer o inesquecível. O nosso amor merece mais, tudo pelo que vivemos. No nosso adeus, naquela notívaga paisagem, o silêncio - eu dolorido, você se desesperando, me beijando alopradamente. Eu me sentia perdido, sozinho - mesmo com sua língua roçando meu rosto suado. Seu toque escorria na minha cara, e eu ficava atordoado. "Isso é muito profundo para esquecer", diz a canção da série thai "My Tee", aquela que eu sempre assisto para recordar-me de você, mas você não sabe, mas sente. Tudo que estamos, nós vivemos, e o passado e o futuro apagado e incerto - tudo estará na memória, e na minha atenção - ambas intencionais. Joguei fora os seus livros de autoajuda, nada de ser feliz imediatamente, tem momento que é preciso acordar na tristeza. Ontem de noite eu saí cartografando minha subjetividade, muito sozinho, tracejando nossas vidas pelo nosso ex-apartamento, olhei cada detalhe e chorei demais até me derreter - fui Branca de Neve. Escorrendo-me por detrás da porta, fiquei como Krist em "Sotus S" - sem Kongpob. Eu te amo, e não sei o que fazer com ele, com o amor, não sei nem guardá-lo e muito menos doá-lo. Quando penso que o nosso amor, o amor que tivemos um pelo outro, estava sempre no bem-estar que produzíamos em nós e não no amor mesmo, o inventado.... Ó... Então, me dá uma vontade tensa, densa e intensa de matar Nietzsche, desgraçado, desgraçado dos infernos - eu crio fantasias para suportar tanto a sua ausência, o seu abandono, a sua rejeição. Desgraçado, não volte mais - mas não trocarei a chave da nossa morada - a do ser. 

[Hiran Pinel, autor;  citando ou copiando, referende].