sábado, 27 de abril de 2019


TENTATIVAS DISCURSIVAS EM DIFERENCIAR (E ENCONTRAR) SEMELHANÇAS ENTRE CINCO TERMOS LIGADOS À PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA

Hiran Pinel, autor.
 
 
[1] HUMANISMO
[2] HUMANISMO EXISTENCIAL
[3] EXISTENCIALISMO
[4] FENOMENOLOGIA,
[5] FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL.

Humanismo: é uma ideia psicológica, no nosso caso, uma Psicologia Educacional focada no humano, aqui-agora no ser (sendo) humano, junto ao outro, no mundo. É a tomada do humano por objetivo central, vital, focal, fornecendo a ele um ou mais sentido e significado: O que é e como é ser homem? Qual o sentido de ser homem? “A posição humanista é a de questionar exatamente esse ser humano; é de perguntar sobre o que é esse homem? Ou ainda, quem é o homem? (...)” (Gobbi et al., 2005; 75). Entretanto, no humanismo clássico, o ser humano é o centro de tudo, é o único. Nesse contexto o homem é foco de onde tudo começa e termina. O homem é considerado aí "bom em sua essência" (havendo uma essência humana), a sociedade, essa sim, é ela que o corrompe. Um texto humanista tem essas característica - tem vez que nem todas, mais ainda assim pode-se dizer humanista de acordo com o classificador, as justificativas dele. O humanismo tradicional ou clássico (outra classificação) não é tão valorizado, por endeusar o homem, colocá-lo no pedestal da bondade.

Humanismo existencial: a pessoa é: real e concreta e pode pensar-sentir-agir assim - percebe-se concreta. Ela é singular (na pluralidade de ser) e é capaz de mudar-se, ao outro - o mundo. A consciência (sempre humana) é dinâmica e relacional, o outro. É projeto aberto, devir; O homem faz opção e escolhe, e se responsabiliza pelas escolhas, pelas perdas, pelos ganhos, pela angústia, pela ansiedade de ser no mundo. O tempo e espaço o pontua. O tempo, que não é só matemático, mas tem função, e é vivido na relação consigo, com o outro, com o mundo. O homem é livre e responsável: “é mais saudável e restaurador a pessoa experienciar o que ela tem de positivo, luminoso, belo” (Ribeiro, 2007), mas ele tem um lado sombrio, fascista. Se por um lado, o ser humano é positivo, alegre, criador, inventivo, por outro ele é queda, decai aos nossos olhos de sentido - nos assustamos com esse homem, mas ela é nosso espelho também - é nos vivermos adversidades que aparecerá esse animal que somos, feridos somos capazes de tudo, inclusive suicidar-nos. Há uma tendência do humanismo existencial considerar a pessoa como "ser no mundo", um existir encarnado, mas sempre mediando entre sua bondade mesma e sua igual maldade. A Psicologia Humanista Existencial ou humanismo existencial "combina aspectos do existencialismo e do humanismo, de uma forma que reconhece as contribuições de ambas as abordagens, tentando ao mesmo tempo evitar algumas de suas limitações" (GREENING, 1971, in COREY, 1983; p, 72) - por isso vai além da Psicologia Humanista clássica. O humanismo existencial reconhece grande parte do ser humano como contingente e finito, mas que esse mesmo ser (humano) tem uma disposição à autorrealização (como ser no mundo), uma vontade ele mesmo se realizar, crescer, aprender, mas ao mesmo tempo, será essa corrente do pensamento, que terá uma forte atitude (devidos aos estudos que faz) de afastar-se da ingenuidade otimista de que o homem é o centro e é totalmente maravilhoso, que é o magnífico etc. "O humanismo existencial inclui o reconhecimento existencialista do caos, da absurdidade, da contingência, do desespero e o 'lançamento' do ser do homem no mundo, onde ele, sozinho, é responsável por seu vir a ser. Abrange ainda o postulado humanista, segundo o qual o homem tem um potencial imenso para transformar-se a si mesmo, como um impulso irreprimível para experimentar a plenitude, testando os limites desse potencial contra os obstáculos inerentes da existência" ( (GREENING, 1971 - in COREY, 1983; p, 72). Textos humanistas existenciais ou humanista-existenciais, ao ser lidos e estudados, deverão ter essas características, ou parte dela - mas sempre ligadas às Filosofias subjacentes, por isso será preciso ler, estudar, aplicar. Vale ver como o autor se classifica, ou como bons pesquisadores o classificam. 

Existencialismo: na Psicologia, como a Psicologia Educacional pode, por ora, significar:  a análise e a descrição da existência concreta, vivida, sentida na carne, encarnada. O sujeito envolvido no seu cotidiano mesmo, com alegrias e tristezas. Falamos de um existir donde o ato de liberdade é sua proposta vital, como nascimento de si-mesmo, sua afirmação. Nessa visão (um clima, um espírito, um estilo) o vital é existir (uma fragilidade de “ser-sendo junto ao outro no mundo” – Pinel, 2005), e a existência precede justamente a essa possível essência - ou por outra, poderíamos falar em uma "essência existencializada" (Pine, 2005), uma essência efêmera, frágil, um sólido que desmancha no ar. Jogado no mundo, o homem tem que responsabilizar-se pro si (junto ao outro, no mundo). Diante das escolhas que pensa-sente-faz deve responsabilizar-se, e mais, deve suportar a frustração de ter que selecionar (as escolhas) e sofrer por perder outras e alegrar-se pelas escolhas que ele pode achar felizes, mesmo que seja por apenas um segundo. Os existencialistas são muito envolvidos com ficção (literatura, poesia, pintura, cinema etc.) donde um exemplo clássico é Sartre. Outros escrevem sua filosofia de modo poético.

Fenomenologia: é uma filosofia [1], é um método de investigação dos modos de ser da/ na experiência vivida [2]. A Fenomenologia [1] valoriza a subjetividade e defende que ela (subjetividade) pode produzir conhecimento, [2] valoriza a experiência do outro (subjetividade do pesquisador e da pessoa que colabora com a pesquisa: intersubjetividade), o significado e ou o sentido que dá/ fornece ao seu vivido como ser-sendo-no-mundo (ou "ser sendo no mundo"), [3] opõe-se à noção de causa e efeito (nada causa nada, no máximo “algo motiva”), [4] que o sujeito é indissociado ao objeto, [5] é vital o envolvimento existencial (epoché) e distanciamento reflexivo (eidos) – dentre outros (ler Forghieri, 2001). Na pesquisa em Psicologia/ Pedagogia/ Educação Existencialista, o investigador pode ter como proposta a de "descrever compreensivamente o fenômeno estudado" (geralmente uma experiência vivida pelo outro; os modos de ser) e sua análise/ interpretação/ hermenêutica, pela via atitudinal de se "envolver existencialmente" com ele (fenômeno), e ao mesmo tempo, de modo indissociado, dele "distanciar-se reflexivamente", encontrando o significado do vivido (refletir é isso), o experienciado, o encarnado. A Fenomenologia é “(...) o estudo das essências (...). Mas a fenomenologia é também uma filosofia que recoloca as essências na existência e não pensa compreender o homem e o mundo de outra forma que não seja a partir de sua facticidade. (...) que põe em suspenso para compreender (...) uma filosofia para qual o mundo está sempre aí, antes da reflexão, como presença inalienável (...) (Merleau-Ponty, 1999; p. I).

Fenomenologia Existencial - tal qual o humanismo existencial; trata-se de uma associação entre uma abordagem e outra, textos com características de um movimento e outro. Pode ser que as teorias existencialistas foram ou são produzidas pelo método fenomenológico - essa é uma relação. Destacamos que, com exceção do humanismo clássico/ tradicional que elogia o homem como "a melhor coisa desse mundo", muitas negando suas patologias, perversões, maldades etc. - culpando a sociedade por isso, que ela tem lá suas culpas (sociedade repressoras, autoritária, fascista, nazista - por ex.), mas não só ela. Já as outras abordagens nos confundem, e é isso mesmo, uma classificação é apenas isso: classificação. O melhor é ler a obra toda, e em sendo convocado a classificar ou enquadrar, o faça ao seu gosto, com fundamentação - entretanto. Prosseguimos informando que há diversas classificações a partir dessas nomeações, como por exemplo: existencialismo ateu; existencialismo religioso; humanismo cristão; existencialismo marxiano (influenciada com certas e não todas, ideias de  Marx) e ou marxista (influência direta das ideias de Karl Marx). No  contexto existencial marxista podemos ler o "Segundo Sartre" e outros autores. Tem ainda: o existencialismo psicanalítico (Psicanálise aí não é a Sigmund Freud, pois o existencialismo se opõe ao conceito de inconsciente). Descrevemos uma Psicanálise Existencial de Sartre e outros seguidores. Há mais tentativas de classificação e ou enquadramento.

FONTE: PINEL, Hiran. Psicologia da educação; guia didático para o curso de Filosofia, UAB/ UFES/ ne@ad, s/d. pág. 29/ 30.

TEXTO EXPERIMENTA, DO TIPO ENSAIO. NO TEXTO ORIGINAL SE ENCONTRAM AS REFERÊNCIAS.
AS PESSOAS DE INTERESSE EXPLÍCITO OU IMPLÍCITO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL BRASILEIRA, SEGUNDO AS LEGISLAÇÕES DE 2018.
Os sujeitos de "interesse explicito" da Educação Especial são os "com deficiências", "com autismo e ou" [1] e ou "com altas habilidades" - chamados de "sujeitos da Educação Especial". Com "interesse implícito" estão as pessoas com "estado grave de saúde", na maioria das vezes, internadas em hospitais - não são sujeitos da Educação Especial, mas é esse serviço que se interessa por ela, até legalmente.

Diante de cada situação existencial, o professor de Educação Especial, deveria estudar os fundamentos, as adequações metodológicas e o currículo a ser planejado, executado e avaliado com o aluno/ aluna.

1) Deficiências 
*Auditiva/Surdez
*Visual/Cegueira
*Física:
*Intelectual

2) Condutas Típicas: Fundamentos e Adequações Metodológicas e Curriculares

3) Altas Habilidades: Fundamentos e Adequações Metodológicas e Curriculares

4) Aluno com "quadro muito grave de saúde".
Esse aluno (ou aluna) pode estar internado no hospital, ou no seu domicilio e ou. Esse educando "pode" ser assim um tema que "perpassa" a Educação Especial - EE.
Esse educando será "sujeito da Educação Especial", caso, o quadro clínico produzir deficiências. 
 Há ainda as pessoas "com condutas típicas e "com altas habilidades", que de modo geral, já apareceram "antes" da sua situação de saúde, já estavam presentes na sua família, na sua comunidade, na sua escola. Mas isso não impede, que talvez possamos detectar, que uma hospitalização, com agravamento da saúde, possa facilitar o surgimento desses dois últimos quadros, ou sua representação, talvez uma simulação - será preciso investigar com muita profundidade. Defendemos que o ser humano é inconcluso, incompleto, em estado devir, sendo assim um ser criativo, ousado, corajoso, resistente, resiliente, podendo se reinventar sob as mais diversas situações vividas, e isso não elimina as positividades (ou não) que possam emergir das situações tristes, das experiências negativas de dor física e ou psíquica - cognitiva e ou afetiva e ou corporal.
Esse tipo de EE, também pode ser denominado de "Educação Especial Hospitalar" (EEH), seja ela escolar ou não escolar.
A "Educação Especial Hospitalar Escolar" (EEH-E) - pode, na maioria das vezes, acontecer no espaço chamado "classe hospitalar", mas pode ocorrer, por ex., no leito ou em outros espaço.
Há a "Educação Especial Hospitalar Não Escolar" (EEH-NE), que acontece em todo hospital, inclusive na "classe hospitalar", mas que não se configura explicitamente a escolaridade tal qual proposta pela cultura - ensino e aprendizagem de conteúdos.
A "brinquedoteca hospitalar", espaço bem concreto nos hospitais, pode ser espaço tanto para uma Educação como outro, a escolar e ou a não escolar, ligada ou não à Educação Especial numa perspectiva inclusiva. Se a brinquedoteca é usada pelo psicólogo clínico no espaço para a Ludoterapia, costumeiramente não falamos em Educação, em em Psicologia, em Psicoterapia, em Terapia Existencial, em Psicanálise (Freud e outros), em Psicanálise existencial etc. Não falamos em Educação, afinal tem objetivos específicos do saber-fazer Psicologia Clínica e ou.
As aulas de reforços, geralmente são identificadas como uma tarefa escolar, pertence a uma EEH-E. Também pode ser denominada de "Pedagogia Hospitalar" escolar e não escolar, dentro da escolar, pode se situar a educação especial caso o sujeito adoentado seja identificado como um sujeito da educação especial (com deficiência, condutas típicas e altas habilidades).
[1] O Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes condições marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico com três características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente. São elas: dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
[Hiran Pinel, autor; 27/04/2019; às 12h19min.]


quinta-feira, 25 de abril de 2019

OCEANO

Hiran Pinel

Estou escrevendo uma novel. Vou lhes contar a minha motivação para me envolver com ficção, que é uma trabalheira danada (kkk).
Fãs de séries yaoí's gostam de recontar uma série, fazem uma outra "novel", um outro roteiro, uma outra história e narrativa, mas com os os mesmos personagens transitando por lugares e tempos semelhantes, idealizando-os mais e mais - fazem uma "releitura" bem romantizada. E eles publicam na internet - eu adoro ler, são muito interessantes... Algumas são verdadeiras obras de arte de literatura, mesmo com erros de português e de digitação, muitas vezes, percebe-se isso, devido a falta de um revisor, agitação na realização, emoção exagerada (o que é bom), mas que clama por racionalidade, organização. Isso é um assunto complexo e que eu mesmo faço parecido... Isso tudo que estou descrevendo compõe o universo do "fanfic" (veja primeiro comentário).
Já minha proposta é outra.
Estou "tentando" escrever uma "novel" sobre um tema comum a essas séries, mas criando personagens totalmente diferentes, mas com os clichês, até porque não seria "novel-thai".
A priori o título será "Oceano".
Mas já tem meses que estou tentando, paro e escrevo, descanso - esgoto-me... kkk Não sei se darei conta...
Primeiro estudei sobre "novelas" (coisa comum de encontrar) e modos de construí-las e a partir daí, imaginei as características de uma "novel" tailandesa a partir mesmo do meu ser fã... Os diálogos são vitais nessas "novel's", e a coisa não é fácil (kkk).
É melhor escrever artigos científicos ou "relatórios finais de pesquisas" a partir do meu "projeto guarda-chuva de pesquisa".
[Hiran Pinel]

AS ONGS E AS PROPOSTAS NEOLIBERAIS: UMA PEQUENA APRECIAÇÃO DO LIVRO DE MONTAÑO (2005).

Silvia Moreira Trugilho, autora da apreciação (2019)

Ana [1], [2], [3], a questão da crítica em relação ao papel das ONGs a partir do pensamento de Montaño é a seguinte:

Montaño apresenta uma crítica ao Terceiro Setor, o que inclui as ONGs, pelo fato de que os debates que defendem as ações voluntaristas do Terceiro setor concebem a sociedade civil como uma totalidade orgânica, relativamente homogênea, consensualmente voltada ao bem-comum e à participação cidadã.

Para Montaño (2005), a concepção dominante do Terceiro Setor (aqui entendida como neoliberal) desconsidera a existência de interesses contraditórios e conflitantes presentes nas lutas travadas no espaço da sociedade civil, gerando a auto-responsabilização dos sujeitos, individuais e coletivos, por efetivar as respostas às suas necessidades sociais; o que, por conseguinte, contribui para que a retirar do Estado a responsabilidade na atenção à questão social (efetivação de políticas públicas universais de atenção aos direitos sociais), que passa à cotidianidade individual dos sujeitos.
 
Ainda, segundo Montaño (2005), de articuladora da captação de recursos para os movimentos sociais, nas décadas de 1970-1980, na virada do século XX para o XXI, as ONGs passaram a ocupar o lugar dos movimentos sociais, o que contribui, sobremaneira, para o enfraquecimento dos movimentos sociais que desafiam o modelo de economia neoliberal. Para o autor, as ONGs obtêm maior respaldo, credibilidade, adesão da população e maior espaço na mídia a partir de uma lógica gerencial que lhes confere um ar de maior eficiência, na medida em que se convertem em parceiro do Estado, esvaziando a luta dos movimentos sociais, que mantém relação conflitante com o Estado.

Portanto, como denuncia Montaño, a lógica neoliberal reconhece a importância das ONGs tendo em vista que elas contribuem para o processo de desresponsabilização do Estado em suas funções sociais. As ONGs não atuam no sentido de assegurar a efetivação de políticas públicas universais, mas de ações compensatórias, focalizadas e clientelistas.

MONTAÑO, Carlos. Terceiro setor e questão social: crítica do padrão emergente de intervenção social. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

NOTAS

[1] A professora dra Silvia faz um pequeno texto, enviado pelo meu e-mail, para a minha mestranda Ana Karyne Loureiro Gonçalves Willcox Furley, em banca (2018). 

[2] Ana "arrasou" (brilhou) na defesa, aprovada sem restrições e muito elogiada, e chegaram a comparar sua dissertação com tese. 

[3] Ela estudou o brincar e o brinquedo, segundo a visão de Merleau-Ponty e Virgínia Axline, entre crianças com câncer, atendidas por uma instituição capixaba - uma ONG, por sinal, muito estimada pelo povo capixaba.



quarta-feira, 24 de abril de 2019



PSICOLOGISMO, RELATIVISMO, HISTORICISMO, NATURALISMO...
Hiran Pinel (Organização)

O criador da Fenomenologia (método e filosofia) Husserl agiu produzindo o que produziu fazendo oposição ao psicologismo, relativismo, historicismo e naturalismo.

De um modo geral, para entendimento mínimo, e por ora: O que é "isso"? 

O psicologismo é uma posição filosófica, segundo a qual a psicologia desempenha um papel central na fundamentação ou na explicação de algum outro tipo de fato (ou lei) não psicológico. O "ismo" marca o caráter redutivo do pensar filosófico centrado apenas em uma de suas disciplinas: a psicologia.

André Lalande assinala que psicologismo é a "tendência a fazer predominar o ponto de vista psicológico sobre o ponto de vista específico de qualquer outro estudo, particularmente a teoria do conhecimento ou da lógica".

O Oxford English Dictionary define o psicologismo como: "A visão ou doutrina de que uma teoria da psicologia (ou das idéias) forma a base de uma explicação da metafísica, epistemologia ou significado; (algumas vezes) especifica a explicação ou derivação de leis matemáticas ou lógicas em termos de fatos psicológicos ". O psicologismo na epistemologia , a ideia de que os seus problemas "pode ser resolvido satisfatoriamente pelo estudo psicológico do desenvolvimento de processos mentais", argumentou-se em John Locke 's no livro "Ensaio acerca do Entendimento Humano" (1690).

Outras formas de psicologismo são o psicologismo lógico e o psicologismo matemático. O psicologismo lógico é uma posição na lógica (ou na filosofia da lógica) segundo a qual as leis lógicas e as leis matemáticas são fundamentadas, derivadas, explicadas ou esgotadas por fatos ou leis psicológicas. O psicologismo na filosofia da matemática é a posição na qual os conceitos matemáticos e / ou verdades são fundamentados, derivados ou explicados por fatos ou leis psicológicas.

PSICOLOGISMO: O psicologismo é uma posição filosófica, segundo a qual a psicologia desempenha um papel central na fundamentação ou na explicação de algum outro tipo de fato (ou lei) não psicológico. O "ismo" marca o caráter redutivo do pensar filosófico centrado apenas em uma de suas disciplinas: a psicologia.

RELATIVISMO: é o conceito de que os pontos de vista não têm uma verdade absoluta ou validade intrínsecas, mas eles têm apenas um valor relativo, subjetivo, de acordo com diferenças na percepção e consideração. "Ismo" o relativo levado ao extremo.

HISTORICISMO: é uma forma de abordagem dos fenômenos e das culturas humanas. A partir dela, abre-se uma nova percepção, que rechaça a existência de leis para a compreensão dos diversos fenômenos políticos, sociais ou culturais e afirma que tudo deve ser entendido levando em consideração sua história. A história explica tudo, ou seja, o ismo indica, a história levada ao extremo. 

NATURALISMO: Toda ciência natural, observa Husserl, é ingênua em seu ponto de partida, inclusive a psicologia, na medida em que a psicologia é sempre psicofísica, implicando, tácita ou expressamente, a posição existencial da natureza física. O indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade.

Agora é pesquisar como Husserl suplantou esses "ismos" na sua produção. Como?

FONTE: consultei a Wiki e educação uol... O objetivo aqui é apenas didático. Quando se fala que Edmund Husserl (1859-1938) se opôs ao psicologismo, historicismo e relativismo, o leitor tem que ir fundo no que ele desejava (e deseja, afinal suas obras são atuais) dizer.


Essas séries tailandesas cuidam de mim, para que eu relembre do meu passado como "ser no mundo", daquilo que eu poderia ter vivido, e não vivi... Eu sou aquele que foi, sem nunca ter sido. Eu não lamento, apenas constato e me permito aprender.

Autor: Hiran Pinel; em citando, favor referendar.

"A quem confiar minha tristeza?" 

(Tchekhov; in Angústia; 1886).
Pós-fenomenologia é também "fazer da fenomenologia uma filosofia do século XXI" (IHDE, 2009)." É potencializá-la, resgatá-la, trazê-la à lume e com muita força.

Hiran Pinel, autor. 

"A concepção dada [de Pós-Fenomenologia] é a incorporação dos elementos que a tecnologia e as técnicas ofertam ao ser e as mudanças advindas do Ser-aí, ao se relacionar com os objetos. Don Idhe explora essas concepções".

Ordnasxela Asuos - autor

Quando "eu faço" alguma merda, também (e sempre) tem um "outro" ("outros"), uma pessoa, um amigo, um amante, um signo do horóscopo (kkk), uma filme, uma série, a internet, um teórico etc.
Atentemos, entretanto, que em toda nossa vivência de sofrimento e de alegria, há um "outro" que também nos impacta, e isso no mundo (da natureza, dos objetos, das ideologias, especialmente a dominante, das geografias e arquiteturas etc.), não sendo apenas "eu mesmo" que sou "culpado".
Mas, para solucionar "meus problemas", demando responsabilizar-me ou como diz por aí: "responsabilizar-me por minha própria vida" (sic kkk) - pelo meu próprio existir.
Em primeira e última instância, somente eu posso resolver "minhas coisas", mesmo que o outro faça sua parte, assim como também as coisas do mundo.

Autor: Hiran Pinel; em citando, fazê-lo dentro da legislação, seguindo as normas como as da ABNT.
O foco da "pesquisa fenomenológica" é o modo-de-ser da "pessoa que colabora com (sua) a pesquisa", "descrevendo compreensivamente" sua relação "consigo mesma - com os outros - com o mundo", o que denominamos o "que é" e "como é" essa (pessoa) como "ser no mundo".

Autor: Hiran Pinel
Em copiando ou citando fazer referência correta, como determina a ABNT.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Vou "falar" sobre o "Britz Bar" (1961-1983), localizado no centro de Vitória, Estado do Espírito Santo, Brasil, que se situava na rua Gama Rosa com Sete de Setembro, em frente ficava a Praça Ubaldo Ramalhete.

Eu o frequentei, então no seu finalzinho... Cheguei em Vitória, acho que no ano de 1980/1 - vim para fazer mestrado e aqui estou até hoje, algo que eu adoro sentir, estar presente aqui-agora. Minha cartografia poderia ser essa: Manhumirim (MG) - nascimento, Lajinha (MG) - infância e juventude, Alto Jequitibá - juventude/ estudo, Belo Horizonte (MG) - faculdade 1, São João Del Rei (MG) - faculdade 2, Carangola (MG) - trabalho comunidade e clínica existencial, Vitória (ES) - diversos ofícios. Aqui em Vitória, prosseguiu numa outra cartografia interligada muito explicitamente com os ofícios e seus lugares/ tempos: consultório privado de Clínica Existencial, mestrado UFES (educação) - bolsista, IESBEM, Colégio Terfina Rocha Ferreira (Municipal de Cariacica, ES), Juizado de Menores (na época era assim denominado), Hospital Dr Dório Silva (Secretaria de Estado da Saúde - SESA), UFES/ Centro de Educação.

Quando cheguei à Vitória, senti esboçar uma nova cartografia, agora mais noturna, sombras e contornos... uau... E eu adorava ir nesse bar, única referência da cidade, segundo minha percepção na época (kkk) - um tempo (e lugar) que não era comum fotografar, por isso, talvez, conheço poucas fotos do referido bar. 

Onde eu fiz algum "registro" do Britz? Eu falo da minha subjetividade diante das minhas vivências no bar - isso na minha tese pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (PINEL, 2000), interessado na época no sentido de ser educador social frente à pandemia (na época) do vírus HIV/ Aids, junto a rapazes de programa (prostitutos viris), pensando o papel da pedagogia nessa seara da saúde. 

Foi uma experiência fascinante essa que eu vivi no Brtiz - saudade das, assim denominadas, loucuras de um "tempo-espaço", que hoje são até coisas ingênuas... Eu sempre solitário, porta(dor) de "uma solidão densa, tensa e intensa" - adoro um melodrama... Estava a procura de mim, ou a procura coisa alguma, ou de tudo - ou nada. Amava o Britz, por mais sombrio que também era o local - as noite são como soturnos tambores, eu digo na minha tese, a partir da "fala encarnada" de um frequentador que se prostituía. Em 1983, foi uma data marcante: o começo da notícias, numa dimensão mais popular, acerca da Aids.

NOTA: Lendo aqui-agora, que os proprietários desse tal bar, era um casal chamado Eduardo Paru e Eliana Fontana. Segundo estou lendo, o bar fechou, pois os donos do ponto não quiseram renovar o contrato.