quarta-feira, 21 de junho de 2023

SUBJETIVIDADE

Hiran Pinel, autor.

"Em termos didáticos a Psicologia se interessa pela [1] SUBJETIVIDADE, que tem em si um complexo mosaico de vidas, todas elas indissociadas e com diversos dinamismos dialéticos, quais sejam: as (vidas) [1.1] afetivas (os desejos, as emoções e os sentimentos, o amor e ódio, a alegria e a tristeza, o prazer, o desprazer e dor etc.) as [1.2] cognitivas (pensar, o raciocínio, resolver problemas escolares e os da vida vicária, prestar atenção e memorizar, ser racional etc.), as [1.3] corporais (imagem corporal de si, e o modo de perceber o "outro-corpo-de-eu", dores física e impacto na psicologia de "ser no mundo", sintonia orgânica, esquema corpora e imagem mental do nosso corpo, o corpo vivido/ percebido, representado, efeitos de remédios em "mim-corporal", consciência do corpo no mundo e com o outros, formas de movimentar-se com o corpo dolorido, ansioso, distressado, harmonia corporal etc.) e a vida "eu-tu-nós-mundo", e as (vidas ) [1.4] sociais, culturais e históricas" (PINEL, 2010; p. 12).

 

NOTA: em citando, favor referendar


terça-feira, 13 de junho de 2023

 

A Psicologia Fenomenológico-existencial e o método fenomenológico de investigação têm uma potência muito forte na Educação Especial inclusiva e na saúde, e na Pedagogia Hospitalar. Por sinal, a inclusão pode ser compreendida como um termo humanista existencial, ele mesmo, valorizando o ser humano como ser-no-mundo, jogado no mundo sem sua anuência, e agora ele trata de cuidar de si e do outro, como "modo de (ser) si". Também se faz presente na sala de aula quando (co)movida pelos cuidados cognitivos, corporais e afetivos oferecidos ao outro, aluno comum ou especial. Ainda se faz presente quando nos referimos ao que acontece nas salas de atendimentos especiais-educacionais, e aos atendimentos educacionais em ambientes hospitalares e domiciliares para e com o aluno-paciente com doenças crônicas dentre outras, que lhe produziu alguma deficiência, um desgaste emocional e físico, um chorar de dor, uma alegria de estar sem dor na sala de aula hospitalar, ou estar doente mas junto com seus familiares e amigos etc. Esse impacto do método fenomenológico (na pesquisa e na intervenção educacional), como se não bastasse a sua potente força nas pesquisas onde o humanismo existencial nos joga na cara nossa fragilidade e finitude, e nossa alegria e prazer em viver, está também diretamente relacionado ao processo nacional (e até internacional) de "humanização hospitalar" e da "inclusão" escolar (e não escolar)> Tais processos comparecem mediados pelo foco dado a um ser humano livre em todos os sentidos, que passa o seu existir escolhendo e se responsabilizando por isso, e se angustia diante do seu "ser-para-a-morte", e que muitas vezes se releva aberto a aprender e crescer, apesar dos pesares. A morte, consequência natural do final concreto do respirar, complexamente desvela a força de uma prática educacional fundada em uma "Pedagogia inclusiva Existencial", do respirar na vida é real, e há vida no humano projeto de ser, que tem tessituras e tecidos dos sonhos, dos devaneios, das ilusões, do viajar em si, nos outros; nas nossas fantasia - as transcendências do cotidiano banal e agressivo etc. Não podemos morrer se ela ainda não chegou, nossa meta deve ser uma opção pela vida, enquanto ela estiver. Enquanto a finitude física não chega, a vida ganha força. A vida, então, aqui-agora, não responde aos desejos do senhor Ceifa(dor). Nesse sentido da vida, a escola e a sala de aula é vida que insiste em respirar a alegria de estar aqui-e-agora entregue ao experienciar, sem impedir o "outro lado" de ser do ser humano, o seu "ser-para-a-morte", mas em seu-com [...] A inclusão escolar, ela mesma, clama por uma postura fenomenológica. A educação especial especial em toda sua amplitude, também clama pelo humanismo-existencial a ela aplicada. Na saúde, esses movimento existenciais tem se mostrado potentes na vida, e no impacto da morte no doente (do-ente) e ao seu entorno, como a família, os amigos, o staff da saúde etc. Nesse sentido processual de viver a vida sempre inconclusa e incompleta, a professora (e a educadora e ou) pode ser orientada, em um tipo de "formação existencial da docente" a criar/ inventar/ produzir uma "ação/ prática educacional" de seu "ser-no-mundo" do ofício do magistério, revelando a potência do seu labor. Essa formação pode ensiná-la a se "envolver existencialmente" com o estudante-paciente na escolaridade, e ao mesmo tempo produzir um "distanciamento reflexivo", momento que ela se interrogará: O "que é" e o "como é" o sentido desse meu vivido com o aprendente/ aluno/ estudante/ educando/ orientando? O "que é" e "como é" ser professora hospitalar? "Como é" trazer o "mundo lá fora" (a comunidade real/ concreta do aluno) para ser "sentida-pensada-agida" no concreto de um hospital quando mostra ao sofredor "sua escola da comunidade, está aqui dentro da instituição, na classe hospitalar, vamos lá? "Como é" que o aluno, com gravíssimos problemas de saúde, pode viver uma relação com a professora geradora de mais aprendizagens de conteúdos escolares (e não escolares), pois, um segundo antes de morrer, o discente tem direito à educação e à escolaridade (PINEL 2004; p. 9-10) 

Hiran Pinel, autor.

domingo, 11 de junho de 2023

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