domingo, 26 de junho de 2022

SUBIR NOS OMBROS E PROCURAR SENTIR ALÉM: A CORAGEM DE REINVENTAR TEÓRICOS RENOMADOS
Hiran Pinel, 26/06/2022
Há um artigo que publiquei sobre Viktor Frankl, que inicialmente onde eu não dava originalidade, não fazia uma "outra" leitura das ideias deste psicólogo e educador existencialista, ou seja, não dava minha contribuição à ciência, mas a repetia na proposta de parafrasear. Parafrasear é vital e é uma ação científica que não é fácil, pois devemos dizer ao mundo (ao leitor) o que um teórico disse ou quis dizer e se de fato tais ideias trazem implicações concretas e ou filosófico-teóricos. Um artigo bibliográfico costuma fazer isso e tem sua potencia na ciência. O que acontece? "É" (sendo taxativo) preciso "ver" se nosso objetivo se propõe "ir além", e nem sempre isso é demandado. Neste artigo meu que cito no início deste meu texto reflexivo, eu estava "muito rigoroso" (o que é rigor? ), mas meu objetivo era muito aberto e propunha "descrever o que é e como é ser (...) a partir de releituras do termo otimismo tráfico de Frankl". Ora, em propor "alternativas" e releitura, um pesquisador precisa "subir no ombro" do seu "colega o muito mais famoso do que ele" (Frankl) e tentar e (pró)curar "ir além" - "pró" (ser a favor da cura) & curar, ou seja, fazer ou ser a favor/pró com cuidado e esmero/cuidar/curar científico. É isso que Frankl quis dizer quando, de modo criativo e científico, "falou" (escreveu) que subiu "no ombro de Freud e Adler e foi além". O problema nesta descrição frankliana (especificamente "nesta") é que ele escreve de modo muito taxativo, usa muito o "é", ele afirma como se o que ele diz é uma "verdade única e universal" - apesar de não ser essa sua intenção, pois é um refinado cientista existencialista. Mas, isso de ter escrita taxativa não é só ele, ou só dele, é da maioria de seus colegas, dos nossos colegas - é também "coisa que sai de mim", tenho textos taxativos, e creio que é quase impossível escapulir disso, mas devemos sempre procurar não ser dono de uma única verdade, devemos procurar fazer isso. Uma linguagem taxativa tem muito a ver com a noção de verdade da ciência positivista que marca "toda" ciência, e posso afirmar (eu sendo taxativo) que a pesquisa experimental das áreas da saúde e da tecnologia, são também vitais para a sociedade. Mas, esse clima taxativo passa para as investigações qualitativas, e até nos mais radicais estudos fenomenológicos esse sentido aparece. Na fenomenologia também tem estudos bem ligados ao positivismo, ainda que não seja totalmente, como são os estudos da percepção psicofisiológica, por ex., que no Brasil são planejados, executados e avaliados (com sucesso) por "William" Gomes, marcado pelos primórdios de Husserl, que era matemático, é bom a gente recordar disso. Para identificar Gomes, ele é da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e trabalha com psicologia. NOTA: até nesse pequeno texto tem parte da minha escrita que estou sendo taxativo, vamos dizer que é uma "velha mania" que traz subjacentes diversos significados, inclusive autoritários, arrogantes, prepotentes, petulantes etc.

terça-feira, 7 de junho de 2022

Podemos "aqui-agora", no contexto da Educação Escolar (na saúde), considerar que o profissional denominado de professor de Educação Especial é aquele que atua produzindo Atendimentos Educacionais em Ambientes Hospitalares (e Domiciliares) na sala de aula hospitalar, conhecida por classe hospitalar, ainda que esse processo ensino-aprendizagem possa ocorrer em outros espaços e tempos. A meta, parece-nos ser, que esta professora, a da Educação Especial, ensine conteúdos escolares legitimados pela cultura, objetivando a aprendizagem e o desenvolvimento das alunas (e dos alunos) com doenças graves, internadas que estão em hospitais, em clínicas, nos seus domicílios etc. Isso de ensinar conteúdos escolares dá uma identidade potente e inquestionável ao professor (em geral), e especificamente ao professor de Educação Especial também, afinal é um dos "modos (dele) de ser" professor. Já o pedagogo hospitalar, comumente, ainda que não tão solidificado assim o seu ofício, exerce tarefas fora do ensino-aprendizagem de conteúdos escolares. De modo bem conhecido, o pedagogo, ao longo de sua história interessou-se em aplicar seu trabalho na supervisão escolar da professora, na inspeção escolar focando nas legislações, na gestão da escola e na orientação educacional de alunos e seus familiares, assim como produzindo intervenções também na comunidade.