quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

COSPLAY: Comprei uma revista de HQ do personagem (maravilhoso) Naruto... Cheguei em casa, e vi que eu já a tinha, mas tudo bem duas iguais, melhor kkk... Gostaria dos mangás yaoi, mas não tem aqui em Vitória (ES), pelo menos não encontrei... Estou lendo até os mangás produzidos para as meninas, que são revistas de HQ mais organizadas, menos agitadas, desenhos mais claros e calmos kkk Os estereótipos de ser masculino e ser feminino e ser yaoi kkk tem isso, isso de estereótipo kkk Quem sabe, um dia, eu venha fazer cosplay dele - do Naruto, ou... cosplay de Doushitemo Furekatenai (do cinema) que é baseado em mangá com o mesmo título - sou mais Doushitemo (o Togawa). O Naruto e Dragon Ball são os mais "batidos" cosplays kkk, pois são muito populares, mas tem outros personagens bacanas, com asas, solidéu, capas, espadas, tochas etc... Eu conheço na TV a heroína Patrini kkk, essa é muito bacana e engraçada, salvadoras das profissões estabelecidas pela sociedade - o vilão comete uma falta ética, aparece Patrini com sua espada poderesa, ela vem para punir, e ainda denuncia os péssimos profissionais aos conselhos profissionais de cada categoria, que nada fazem (ela afirma), então ela encarrega disso kkk Patrini é tudo, sádica infantil e juvenil... kkkk Não desejo participar de concursos de cosplay, mas quero ir aos encontros. Quero ir apenas para minha diversão. Falo de encontros bem feitos, planejados... Quando fazia doutorado na USP/ Instituto de Psicologia, eu fui a alguns encontros assim, bem bacanas - tinha um colega que fazia cosplay. Era a maioria composta de jovens, mas haviam pessoas mais adultas (na época eu era um adulto kkk), mas haviam idosos também (meu estado atual kkk). Acho essa proposta, a de produzir cosplay, um fenômeno hiper saudável, é saúde mental de fato, o vivido é alegria, o lúdico, o fantasiar, o faz de conta... É algo lúdico... Conversei com vários, e eles são pessoas lúcidas, inteligentes, provocadoras, elas sabem o que fazem e têm consciência disso, reconhecem o impacto do que inventam numa sociedade majoritariamente preconceituosa etc. Amo os que fazem cosplay. Me amo, mas falta-me fazer cosplay de modo explícito kkk.

Falando em cosplay, me refiro aos mangás e os correlatos, pois eu adoro fazer cover de artistas (não mangás), dizer frases de filmes (inclusive em sala de aula, quando há objetivo com o conteúdo ensinado - logo planejado), adoro fazer pose de cenas etc. Tá no sangue... kkk

Bem, parabéns a Octopuss Cosplay que no Desfile Cosplay Experience na Comic Con! ganhou o prêmio Categoria Costume (Melhor roupa). filha da minha amiga-face Ane Lima, de Uberlândia (MG) - em 2015, São Paulo, no Blue House Hostel, de São Paulo, SP. 



eu queria ir a um cosplay com essa roupa do personagem Togawa (camisa azul, cordão de cadarço preto com o nome da empresa... o cabelo... e falando texto dele)... Togawa diz a Shima: "Eu não tenho salvação", kkk, mas terá in "Doushitemo Furekatenai", filme de Chiiro Amano (Japão; 2014). Shima salvará Togawa.


dragon ball, peruca, espada, cabelão etc. Nos mangás olhos e cabelos são destaque, são marcas de identidade.

naruto, amarra para a cabeça.
doushitemo furetakenai, filme japonês, baseado em mangá com o mesmo título. Aqui o magistral ator Masashi Taniguchi como Yosuke Togawa.

"Prince of Prince", cujo tema é justamente um criador de mangás, de cosplay's e de paixões, pressionado por um outro ciumento... Novos personagens humanos... Aqui os excelentes atores protagonistas dessa série da TV sul-coreana: [1] Choi Jong Hoon como Park Shi Hyun (o outro ciumento); [2] Im Yoon Ho como Lee Mong Ryong (o dono da empresa de mangás e que promove cosplay).

BROKEBACK MOUNTAIN, 10 ANOS...: Nesta quarta-feira (09/12/2015) o filme de Ang Lee, "Brokeback Mountain" completa dez anos de seu lançamento nos cinemas. Um marco na história do cinema da indústria de Hollywood (e do cinema em geral), de impacto no cotidiano - uma obra de arte. Apesar de ser um filme lento e down (bem deprimido), fez imenso sucesso mundial, criando uma plateia imensa que gosta desse tipo de filme, bem marca do cine francês, sueco, asiático etc. A película também gerou críticas de diversas formas e protestos mais moralistas pelo tema narrado em um sentido amoroso (se fosse apenas sexual, talvez houvesse menos problemas kkk) ou pela insinuação de sexo explícito (há apenas insinuação). Também provocou os movimentos sociais favoráveis aos direitos humanos, mesmo que o filme seja uma longa história de amor deprimido. No cinema mesmo e na TV (assim como no teatro) irromperam muitos cover's desse filme, a uma peça mesma de teatro surgiu com esse tema, ou seja, o filme foi levado ao teatro e com sucesso. Um Cult da filmografia mundial...

FOTOS DO FILMES E DOIS COVER'S


o amor pego a laço.

de pé o diretor Lee, e ao lado os atores Jack e Heath



a tristeza no personagem Twist, marcado também pela depressão exógena (o meio repressor produzindo e ele se entregando). Jack Twist é o personagem menos atraído pela dor e tristeza.

com a esposa: papeis cobrados pela sociedade, e que ambos personagens cumprem e obedecem. 

cena cultuada, copiada (cover) até por fãs. Copiada via fotografia: o sujeito ensaia meticulosamente a cena.

um filme marcado pelos lentos e graduais, amor do desespero e angústia - depressão.
nadificado.

sempre sem perspectivas, desesperança.

cover comédia.

cover drama muito elogiado. Na série Love Sick The Series (TAILÂNDIA, 2015), na imagem com o talentoso ator tailandês Captain Chonlathorn, uma estrela que sobe. Houveram mais homenagens nessa série a Brokeback.


+ cover comédia...

cover... a questão da ovelha ali, sozinha, sem ninguém.

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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

NOVO ÍDOLO DA TAILÂNDIA...

Kangsom Ou: Tanatat Chaiyaat


no vídeo há um beijo salvador, mas longo demais. Em espaço da Marinha de lá... algo militarizado... Coisas da Tailândia... Bacana... Eu gostei...

ao vivo, muito melhor... um show. As dançarinas lindas e talentosas... Todas cercando o bofe. Parece que Justin Timberlake o influenciou - parece. Mas longe de ser cópia, ao contrário, original, ou então, uma singularidade na pluralidade artística.

  • Nome: Tnatat Chaiyaata (ธน ทัต ชัย อรรถ)
  • Apelido: Kangsom (แกงส้ม)
  • Profissão: Cantor / Ator / Compositor/ Dançarino
  • Data de nascimento: 30 de março de 1992
  • Local de nascimento: Bangkok, Tailândia
  • Altura: 1,82
  • Melhor canção (até agora)= "คุณและคุณเท่านั้น" (música) por แกงส้ม ธนทัต (nome dele em thai).
  • Origem: Ele participou de um programa de TV chamado The Star... 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

URSOS DE PELÚCIA
A ALMA DOS SERIADOS DE TV BASEADOS EM MANGÁS SÃO OS URSOS DE PELÚCIA... OS JOVENS ATORES (MASCULINOS, PRINCIPALMENTE), SAEM PASSEANDO COM ELES... KKK ELES FAZENDO ISSO, SEDUZEM AS ALMAS FEMININAS... ELAS SÃO EXIGENTES: OS FUTUROS NAMORADOS DELAS PRECISAM TER SENSIBILIDADE, ESSE É UM DOS POSSÍVEIS SENTIDOS DA PAIXÃO DELAS PELOS PERSONAGENS QUE AMAM URSINHOS DE PELÚCIA OU QUE VÃO VER URSINHOS... EM LOVE SICK THE SERIES, O NAMORADO CONVIDA AO OUTRO VISITAR OS URSINHOS PANDAS QUE HÁ EM BANGUECOQUE... AS MULHERES, NO CASO, DESEJAM HOMENS SENSÍVEIS... KKK OS URSOS DÃO CONTA? KKK UMA BOA QUESTÃO, E PARECE QUE A RESPOSTA PODE SER "SIM", À MEDIDA QUE ESSAS REPRESENTAÇÕES PERSISTEM NAS SÉRIES BASEADAS EM MANGAS EM GERAL, E MAIS ESPECIFICAMENTE EM MANGÁS YAOI.








CONSEQUÊNCIAS BACANAS DE UM PROJETO DE PESQUISA...
O grupo capixaba rapper Negritudeativa.... Nessa faixa, a 10a, chamada Teoria Nazista, eu faço uma pontinha pequeníssima, mas que foi um presente do grupo.... Na época eu tinha um projeto de pesquisa sobre O Universo Hip-Hop & Negritude, e minha estagiária (hoje colega e amiga Camila Lobino, que está na capa com rosto virado, abordada por uma criança negra). Que experiência.... Eu só apareço gritando e amei.... Eu falo rapidamente: "Não tenho nada com isso não" (3:15 mais ou menos kkk) ... adorei, adorei... No CD eles me dão crédito e à UFES. Estava tenso demais, senão teria feito participação maior.... Mas o distresse perturba, o estresse não.
Nossos objetivos eram, pelo que me recordo, mais ou menos esses: estudar compreensivamente: [1] essa banda de rap, [2] o grupo de dança Negra'Ô e [3] o Educafro.... Foi must.... Não me recordo o ano, acho que 2002. A Camila era das Ciências Sociais, hoje é doutora na área. O projeto teve duração de 2 anos e fomos até premiados.





UM GOSTO AMARGO DE FESTA




























Festen (DINAMARCA/ SUÉCIA, Festa de família, 1998, direção de Thomas Vinterberg). É um dos marcos do movimento Dogma 95. Foi o primeiro filme do movimento Dogma 95, criado por Thomas Vinterberg e Lars Von Trier em 1995, que estabelece um conjunto de dez regras ("the vow of chastity", ou, em português, "o voto de castidade"), para a realização cinematográfica.

Numa festa de aniversário do pai - um rico hoteleiro. Os filhos comparecem. Logo no começo já se verifica conflitos com a figura paterna. Já a mãe passiva, artificial. O pai condena tudo e todos, é um moralista. A mãe é submissa e que compactua com tudo, mas fazendo a linha "sou mamãezinha querida" - mas o filme não dá conta dessa personagem, que persiste como boa, mas que se desvela sua maleficidade, pretensa neutralidade. 

No meio da festa, o filho Christian, o ator Ulrich Thomsen, o loiro da foto acima, em magistral interpretação, a mais elogiada pela crítica, resolve tornar a festa mais "animada" pela via da sua angústia fundamental: (des)vela que ele e a irmã (que se suicidou) foram objetos de abuso sexual do pai, quando crianças. O clima pesa, a festa não acaba oficialmente, mas ela morre, uma festa para os mortos. 

O ritual festeiro persiste - eles contrataram uma animadora kkk As falsianes estão soltas naquele evento kkk A burguesia sórdida escondida. Um país em frangalhos moral e ético, apesar da riqueza econômica e cultural, de políticas públicas efetivas desses dois países ricos, Dinamarca (onde ocorre a narrativa) e Suécia (logo ao lado kkk que ajudou no financiamento da obra). Estamos na Europa nobre, refinada - e que de fato o é, mas que o filme (O FILME) desvela a podridão que há no reino da Dinamarca (kkk), que não é só lá kkk Nada estranho no mundo.

A sombra do desespero irrompe. Um gosto amargo de festa. 

Negam Christiam, e ele só tem a seu favor a memória, e a memória é nossa maior alegria, e maior tristeza. Duvidam do rapaz.

O filme mostra as mortes simbólicas de quase todos dali, suicídio (da irmã), preconceito racial, pois o namorado roqueiro rico de uma das filhas é negro, mesmo sendo rico e famoso, ou seja, é racismo mesmo, o dinheiro nem sempre escamoteia o ódio do outro pela cor da pele. A cena de parte da família e convidados falando em dinamarquês (o roqueiro é inglês) abusando da Negritude, é maravilhosa, pela revolta que nos causa, o cinismo burguês (daquela burguesia ali mostrada) contra o negro, e ele não entende e pensa que é bobagem e sorri. 

Há então a mãe conivente (mas fazendo-se de bondosa), essa personagem eu não engoli kkk A atriz perfeita.

Tudo pesa, nesse maravilhoso filme, obra de arte. 

Christian é expulso da festa, inclusive pelo irmão alcoólico (odiado pelo pai). Christian vai ao quarto onde a irmão se suicidou - e pra fazer isso precisa fazer uma via crucis, uma saga, de fora entrar para dentro da casa (dentro de suas memórias). Quando chega ao quarto da irmã que se matou, ele procura (porque acha kkk) um bilhete dela deixado antes de morrer, escondido e revelando o fato. 

O pai é nefasto, afastado das crianças - seus netos. É expulso da festa - estamos na Dinamarca, onde a justiça impera, dá entender que ele será justiçado, e não é preciso fazer justiça com as próprias mãos - nunca. A mãe como disse não é bem resolvida pelo diretor. Meu Deus, acho que tenho problemas com as figuras maternas kkk mas juro que é apenas nesse (e outros) filme kkk). Mas as vezes penso que a narrativa deixa a mãe em um entrelugar complexo, e ficando ali é preciso que os espectadores se entreguem a uma apreciação dessa mulher matrona. Na película a vemos sentada como se fosse uma Lady, na imensa mesa. Mas a câmera passeia sobre a matrona de cedro (mãe), mostra olhos arregalados, cabelos meticulosamente ajeitados, vestido de marca (no caso, um nojo), uma empáfia sueca ou dinamarquesa (nossa arrogância brasileira), uma maquiagem, uma máscara, um ar de desdém. Teve um momento que me recordou o personagem Tagawa (que eu venero kkk) do filme japonês "Doushitemo Furetakunai" (2014; direção de Chihiro Amano] quando diz no começo do filme: "- Eu não tenho salvação!". Sim, a Grande Mãe sabia de tudo, até tentou proteger aos filhos, mas calou-se, não levou o caso a justiça e permaneceu com o crápula (ideia do filme), sim, tem figura materna que não tem salvação. Togawa teve, ela não!

Esse filme é de uma rara beleza. Dizem que foi feito assim: foi realizado inúmeros ensaios, não há música a não ser a que aparecia na festa (cantada), sons diversos, iluminação do ambiente e outras regras do que se denominou movimento dogma do cinema - é o primeiro desse articular de ideias artísticas. Tudo filmado sem cortes (imagine...) e ao mesmo tempo não é um teatro filmado, pois a câmera acompanha os personagens nos diversos aposentos da casa. Como eu disse, o ator Ulrich Thomsen faz desse filme sua mais perfeita interpretação, seu melhor trabalho que ele carregará na História do Cinema como ator. Eu acho assim, preferível um único filme numa obra de arte do que mil porcarias. O ator que elogiamos, brilhou em mais filmes, inclusive em filmes populares de Hollywood, ganhou rios de dinheiro, mas foi em Festa que ele foi verdadeiramente um ator, um exemplo pros seus colegas. Na época um jovem, com uma beleza nórdica - a beleza do seu país, sim, há inúmeras belezas masculinas e femininas em todos os cantos do mundo, e as oficiais são historicamente produzidas, construídas. Os cabelos loiros, a revolta dos cabelos (depois, na vida, o ator ficou careca kkk) compatíveis com a revolta interior, uma expressão corporal que acompanha. Um homem abusado na infância que luta pra ser feliz, pois nem namoradas ele consegue ter. A presença da empregada que gosta dele é um alívio em tanta tensão densa e intensa: apesar dos abusos, ele se recompõe e se entrega ao amor de uma mulher. Temos esperanças, não é só porque o passado foi um drama, que não se consegue solucionar o existir, trazendo-o, no mais possível, digno e cidadão. 

Está vendo aquele moço abusado pelo pai na infância? Ele é um cidadão que dá vida mesma retirou sua saúde mental.


NOTA: Assisti a esse filme na sua época, e hoje analisando-o é que comparo com uma cena do referido filme japonês de Amamo (2014). Mas são duas obras de arte distintas, em tempos e espaços diferenciados, com propostas antagônicas.






Tu não te lembras da casinha pequenina
Onde o nosso amor nasceu?
Tinha um coqueiro do lado,
que coitado de saudade, já morreu.

[a casa fotografada estava localizada no centro da cidade de Lajinha, Minas Gerais; 2013, na Rua 17 de Dezembro, 202... Porque 17 de dezembro??? Nunca soube kkk Ela aí já está mudada de sua origem.. eu amo esses movimentos meus no passado, justamente no momento em que estou fazendo meu Memorial para professor titular na minha universidade pública...].



Índio quer apito se não der pau vai comer...
Carnaval, de 2014.
Rei da Folia.


Coração bacana: foto em 2015, no Shopping Vitória. Autor: Menderson Rezende; Ideia: Callebe Fiscina. 

Em termos de beleza física eu já não sou lá essas coisas, mas pensa em um coração bacana? Sou eu!


CASAMENTO: AMOR & DESEJO

Contardo Calligaris, escritor de seriado de tv e psicanalista - "fala" sobre o tema amor e desilusão. Ele diz que temos uma altíssima expectativa em relação ao casamento, produzindo uma grande decepção ao próprio sujeito dessa alta-esperança. Ora bolas: quando nos decepcionamos pode emergir a violência, pois reagimos impulsivamente quando essas ilusões caem aos nossos olhos - decepção é isso. Investimos de modo inadequado no casamento, pois o amor (casamento) e o desejo (impulso, desejo, 'desir') são fenômenos totalmente distintos (será?), eles não se efetivam simultaneamente, pois muitas vezes ocorrem separadamente. Achar que no casamente se encontrará sempre amor e desejo indissociados, é pura fantasia, incompatível com o real, com o vivido - ele diz. E complementa: "Porque você quer encontrar alguém com quem realizar os seus sonhos amorosos e sexuais, e ainda deseja que isso dure 20 anos? Desculpa, isso não existe.". Logo é preciso, na minha modesta opinião, cultivar o amor. Mas o desejo anda por aí, nas asas de avião, no bico de pássaro daqui, e por isso tudo gira, ai de mim kkk


A PROPÓSITO DE ESTRELAS 
De: Adília Lopes (in "Um jogo bastante perigoso")

Não sei se me interessei pelo rapaz
por ele se interessar por estrelas
se me interessei por estrelas por me interessar
pelo rapaz hoje quando penso no rapaz
penso em estrelas e quando penso em estrelas
penso no rapaz como me parece
que me vou ocupar com as estrelas
até ao fim dos meus dias parece-me que
não vou deixar de me interessar pelo rapaz
até ao fim dos meus dias
nunca saberei se me interesso por estrelas
se me interesso por um rapaz que se interessa por estrelas
já não me lembro
se vi primeiro as estrelas
se vi primeiro o rapaz
se quando vi o rapaz vi as estrelas

domingo, 29 de novembro de 2015

- EU NÃO TENHO SALVAÇÃO...

Shima de verde. Tagawa de azul: Sem salvação

  • Revendo pela nona vez "Doushitemo Furetakunai" (Japão; 2014; direção da maravilhosa e espetacular - e supra suma de tudo que há nesse mundo de meu Buda - Chihiro Amano)... Tradução mais ou menos: "Eu não quero te tocar..." (eles têm dificuldades em se tocarem e em tocar em alguns assuntos íntimos).
  • Muito linda a cena de Shima lavando o rosto logo ao acordar, no banheiro. Ele liga a torneira toda, coloca um dedo na água e passa em uns fios de cabelo levantados, na cabeça. Pronto, higiene feita... kkk Vai assim para o trabalho labutar amorosamente, seduzindo tarefas e o chefe.
  • Outra cena supimpa é quando Togawa pega o elevador, logo no começo do filme. A entrada dos protagonistas, de fato. Tagawa está cheirando cigarro e cerveja - bebeu a noite toda e não tomou banho, ele diz. A gente sente o delicioso cheiro (eu acho kkk Não tenho alergias kkk). Ele tenta conversar com Shima, e "shiminha" tímido e silencioso. Tagawa então diz: Já sei, estou catingando. Ele se afasta do ainda desconhecido Shima, e arrasa com a frase imitada pelos fãs: "- Eu não tenho salvação..." [ou seja, sempre fumará e sempre beberá, mas espero que tome banho kkk]
  • Perfeito filme advindo de um mangá yaoi.


Sobre fofura e excitamento...



Cara fofa...

TAGAWA: [depois da transa] - Sou seu tipo, não sou?
SHIMA: - Absolutamente que não! Na verdade, é o oposto!
TAGAWA: - (sorrindo). Mentiroso! Embora você faz de tudo para me enganar, me despistar, e continua a fazer (risos).
SHIMA: - Isso foi uma fantasia da minha cabeça. Agora acordei dos meus sonhos.
TAGAWA: - Pare de falar bobagens, não acha? (diz isso sorrindo). Enfim, não se preocupe muito. Eu me empolguei também, e sabe porquê? Por que quando você faz aquela cara fofa de envergonhado, isso me excita demais.


CONCLUSÃO: Shima vai passar o resto do filme fazendo cara fofa... kkk

***      ***     ***

1- [Diálogo do filme Cult "Doushitemo Furetakunai" - Japão; 2014; direção da cineasta Chihiro Amano; Título do filme em japonês: どうしても触れたくない ].


2- [A imagem não é da cena descrita]


3- [Filme referendado em um manga yaoi]

4- [Hiran Pinel... Vitória, ES, Brasil, 2015...] 

5- [amo o cinema asiático como o do Tailândia - o que mais me marca e marcou, comecei por ele, e por séries de TV -, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Índia - musicais, tem um vietnamita que eu amo que é  "Hot boy nổi loạn" (Vietnã, 2011, direção de Vũ Ngọc Dang)... Tem o iraniano - filmes de crianças, escola e alguns adultos como O Gosto de Cereja e Baran - é o cinema que estudei no pós-doutorado, que foi A Cor do Paraíso de Madijii -, o israelita - tem alguns muito bons e cultuados etc. Vou pesquisando de outros países da região]. 

6- [Historicamente os brasileiros, geralmente começam pelo cinema japonês que nso chegava mais facilmente, depois o do Irã, depois Israel e Ìndia. Mas meu entusiasmo se deu com o cinema tailandês e a TV com linguagem de cinema, como em séries]. 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sobre Sorge ou Cuidado...

JOVEM, CUIDE DO IDOSO, PARA AMANHÃ (JÁ ESTANDO VELHO) TER OUTRO JOVEM CUIDANDO DE VOCÊ - KKK 

Estranho o filme "Gerontofilia" (2013; direção de Bruce LaBruce). Ao final desse provocante filme, encontramos todo o sentido da vida, e no caso, é o de Cuidar para manter acesa a luz da vida, até ela se apagar, e recomeçarmos sempre-Sorge (Cuidado). 


Imagens de um filme provocador, que não nos deixa intactos... Uma outra estética da relação, além da beleza oficial...


aborda os modos como a sociedade capitalista aborda os idosos, e de como ações individuais de um jovem essa situação, no micro cotidiano, pode produzir alguma perspectiva... Um santo, por isso cuidadoso...








Um belo jovem (ator: Pier-Gabriel Lajoie, muito bem no papel) tem desejos em cuidar de pessoas idosas - cuidar em todos os sentidos kkk. Gerontofilia significa: filiação/ligação/interesse pelos idosos. O começo do filme é ótimo kkk Ele vai atravessar uma rua, e um idoso faz essa orientação, espécie de agente de trânsito do Canadá (acho)... No começo, sem conhecer a história, morremos de rir do modo como ele deseja o idoso, e o modo como o outro olha assustado para ele - um desejo pode assustar se não podemos corresponder a ele, não temos como saciá-lo kkk. O jovem é um sujeito sem rugas kkk e sem rusgas, e com estranhas motivações dentro da nossa cultura e sociedade - os jovens da nossa sociedade não gostam dos velhos e vice-versa. 

Os caminhos o levam trabalhar em um asilo (de idosos) - a mãe dele é uma desleixada, que clama pelo cuidado filiarl. Lá ele passa a cuidar com afinco de um idoso específico (interpretado pelo premiadíssimo Sir Walter Borden) - isso mesmo, seu foco é apenas nesse idoso que é negro, aparentemente abandonado (e é), enrugado etc. E descreve essa complexidade, esse temor, essa entrega desvairada, esse afeto que se encerra em nosso peito varonil (e juvenil), que gradualmente se mostra saudável, apesar de ameaçador - tem gente que me disse odiar esse filme, por isso eu o assisti. Adorei - minha vingança aos críticos e preconceituosos. 

O filme, de certo modo, denuncia o modo como os idosos são abordados em asilos, pois são pessimamente tratados, também são infantilizados pelos outros, pela própria família e pelo Estado - e até pela ciência (pouco pesquisado), arte e literatura (pouco tema produzido) etc. O final dessa película é ótimo demais, muito. Senão vejamos: O idoso que ele cuida, morre. Vão ao velório 5 pessoas contando com o organista... kkk Ele vai pra casa, e no outro dia sai para mais um dia de labuta. Ao atravessar uma rua (em tempos de neve), é ajudado por aquele idoso do começo da película, aquele que faz o sinal de trânsito, ele orienta os transeuntes - tipo trabalho do Estado oferecido aos idosos empobrecidos. 

Ele se apresenta finalmente ao velho orientador de transeuntes: "- Meu nome é Lake!" E prossegue: "quando vou vê-lo outra vez?", e escuta a resposta dizendo o dia correto. O idoso fica desconfiado, mas sorri - "é mais um pra cuidar de mim", parece estar pensando. Ele segue o caminho com a sua paixão em cuidar do outro em finitude, do outro em decadência física. 

Ele caminha de cabeça erguida, pois aquele idoso que ele cuidou, pode ter sido tão belo e generoso quanto ele, tão envolvido existencialmente com os decaídos. Eu penso que o filme quer dizer isso: Jovem, cuide do idoso, para um dia, já velho, ser cuidado por aquele que você já foi kkk

Tem coisas de natureza sexual no filme a dizer - que é o foco dele kkk-, mas evitarei aqui-agora, não quero brigas, e elas (as brigas) não resolvem nada, amor não se resolve assim kkk Estranho e provocador essa obra de arte: "Eu já disse isto"? kkk

NOTA: Não gostei do título no Brasil, pois recordou meus tempos de estudos em Psicopatologia na universidade onde fiz Psicologia, e na área clínica. O professor (e os livros da época), o saudoso e estudioso Luiz Carlos Brant (professor maravilhoso) tratava tal palavra como doença mental, o ato de um jovem gostar de um idoso era algo doentio por si só. O termo mesmo não significa patologia, mas uma demanda pessoal de um jovem ou adulto (ou outro) em afiliar-se (gostar, cuidar) ao idoso com alegria, prazer e necessidade individual (e até grupal). Claro que em excesso as coisas podem ser preocupantes, algo que se aproxima ao fundamentalismo, mas no filme não, nessa obra de arte não tem nada de doença psicológica, sendo algo saudável, e é. Mas nossa sociedade fica em pânico... Calma violência, calma... kkk O título em português? Cuidando do outro... Ou: Cuidando. Ou: Sorge. Ou: Diferenças e aproximações. Ou... tem tantas possibilidades para nomear essa obra de arte... O tema do filme é cuidar - no sentido de um jovem inventar modos de ser-sendo junto ao outro no mundo do cuidado (cuidar do outro como parte de si), acho...
Foto de Hiran Pinel.


QUERO SABER, MAS ME RECUSO PERGUNTAR...

Estar perto de você, curtir o mesmo oxigênio, é algo que não consigo descrever. Sou seu amigo, mas não consigo controlar meus sentimentos que vão além da amizade, sendo assim algo que guardo dentro do meu peito. Um dia desses disse para mim mesmo, que ao pensar em você sempre vem à minha mente uma questão: O que de fato você sente por mim? Eu te amo tanto, tanto. Eu rio sempre de mim, pois não sou um sujeito de guardar segredos, mas o meu amor por você está trancado em sete chaves de recordação. Eu desejaria ser feliz ao seu lado, sei, sei que isso é uma fantasia, mas é algo que pode acontecer se eu insistir, teimar, persistir.... Você me ama ou não? Você já olhou para mim e viu além da casca? Já percebeu minha intenção? Eu quero aprender com uma resposta favorável, para então te abraçar e dormir em paz, mas a vida mesma não é cinema. Tudo está guardado na minha mente ansiosa. Eu quero saber, mas me recuso perguntar! Não quero mais aprender sobre desamparo! Basta dessa infelicidade que se aprende! Nunca mais...

[Ficção; Hp]

[texto poético sobre o tema psico clínico Desamparo Adquirido]