sábado, 3 de dezembro de 2016

"Andando agora à noite, vindo de um restaurante, experienciei algo diferenciado com minha auto-percepção... Recostei no muro, equilibrei-me, e respirei fundo. Que interessante, na hora dessa experiência, no exato momento dela, eu pude compreender a seguinte frase, como que em um esclarecimento: '- Eu não tenho tipo, tenho pressa...', e falei como se pronunciasse uma prece a São Francisquinho. Meus olhos encheram de lágrimas. Caiu a ficha, mas ainda na minha fragilidade, disse: 'Acho!' Desencostei do muro, e comecei a caminhar com dificuldade até chegar ao meu apartamento, e fui pensando: 'não tenho correção, não tenho remendo - não tenho! Eu mereço exterminar-me, não me entregarei a experiência potente de viver, pra mim chega!'".
[Hp; ficção]