VIDA COMO OBRA DE ARTE
Esse blog é totalmente experimental, um rascunho, inclusive com erros de português etc. É para informar - especialmente para meus alunos, orientandos, dentre outros interessados. Coloco imagens para provocar o dia-a-dia; fotos de artistas; textos pré literários; esboços de: resumos de artigos científicos, ensaios, paper's, críticas de cinema e outras artes, produção artística em geral - dentre outros. No mais penso que a a vida é obra de arte, bela e frágil, inconclusa, incompleta - devir.
segunda-feira, 25 de agosto de 2025
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
Tem empresas diversas, e aqui-e-agora, estou chamando tudo de "empresa" (ONGs, escola associação geral ou sindical, um orfanato, uma indústria, uma escola fundamental ou universidade etc.), que "adora" fazer reunião presencial e ou online, pelos motivos mais bobos, só pra marcar presença, com um espaço de falas vazias, bajuladoras (da chefia)... É reunião, e não resulta em união. Reunião, só isso! Há reunião com temas sérios que pode se resolver com um e-mail, ou postagem no "zap" da empresa - não precisa de reunião. Pra que reunião já que o objetivo é o de apenas para dar uma informação vital e que não pode, de modo algum, ser modificada? Isso tem um nome:
REUNITE AGUDA
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
TEORIA: O "QUE É" E "COMO É"
de: Hiran Pinel, 15 ago 2925
A palavra grega theoreîn significa olhar através de. Aquele que olha é chamado de theorós (espectador). Assim tem-se: Theoreîn = théa (através) + horós (ver) - uma peça de teatro você vê (observa, enxerga) através do que ocorre no palco, do que está escrito no roteiro ou no drama etc.
A Teoria Psicanalítica Existencial, por exemplo, é a forma através da qual Jean-Paul Sartre percebia o fenômeno ser humano como contextualizado na cultura, na sociedade e na história, o si mesmo, o outro e o mundo. A Teoria da Relatividade é o modo de Einstein perceber o fenômeno do universo.
Teoria é um conhecimento nem sempre prático, ideal, imaginado, independente das aplicações - uma produção discursiva que propõe o correto, o ético, o adequado etc. - especialmente em Ciências Humanas e Sociais.
Por isso, teoria, é um termo associado ao teatro, que por sua vez, a um teatro da vida e os cidadãos são atores sociais, Ora, a criação de um espetáculo, lugar (no tempo) onde se pensa-sente-atua possibilidades de ser do ser humano, no nosso caso, como ser-no-mundo, e é nesse momento que brota uma teoria, algo da alma do povo, mas organizado e sistematizado, ou com essa intencionalidade.
Essa teoria desenvolve-se por suposição (ou por uma hipótese); de teor hipotético - aparece ou nasce de uma hipótese - mesmo que uma teoria negue a hipótese, como alguns ramos da Fenomenologia, como em especial de Husserl, ainda assim podemos dizer que essa é sua suposição: "uma ciência pode ser produzida sem hipótese, pois ela não existe, ela também é uma teoria, uma invenção, uma criação.
Descrevemos uma conjuntura: tenho uma teoria, mas ainda não consegui comprová-la; conjunto de regras, de leis sistematicamente organizadas, que servem de base a uma ciência; essas regras; conjunto sistematizado de opiniões, de ideias sobre um assunto; julgamento ou opinião que se pauta nessas opiniões; conhecimento geral, não específico; generalidade - algo geral.
No cotidiano comum, o povo, de modo geral, entende teoria como uma coisa irrealizável, uma utopia ou ilusão - uma fantasia. Numa ciência, como a Psicometria aplicada à Educação Especial clássica/ tradicional: pode ser descrita como um conjunto de elementos e ou procedimentos utilizados para medir ou calcular a inteligência humana, recorrendo a alguns conceitos estatísticos, propondo algumas intervenções possíveis de minimização quando o sujeito apresenta um déficit - por exemplo.
Se considerarmos prática tudo que nos acontece, uma teoria emerge de uma prática. Há práticas meticulosamente planejadas, como em um laboratório de Química, por exemplo, mas há aí suposição que vão conformando seus efeitos mais práticos ainda.
Vamos dizer que não há viva alma sem teoria, mas se faz ciência, se é algo intencional, planejado, executado e que será ou não (mas será) avaliado - e que obedeça certas regras do que denominamos de ciência.
Sinônimos de teoria: doutrina, ensinamento,
fundamento, ideia, princípio, utopia, ilusão, generalidade, conjuntura,
discursos onde responde o que é e como é o ser humano, o mundo, os problemas
humanos e suas soluções ou tentativas de (solução). Antônimos de teoria: teoria
é o contrário de prática, mas há potente movimento de indissociar teoria e prática, pois uma prática
(e práxis) pode produzir um discurso chamado teoria.
Os cientistas produzem teoria. De modo tradicional, uma teoria pedagógica deve deixar evidenciado o conceito de ser humano ou pessoa, de mundo (sociedade, cultura, história e ou outro mundo: só o subjetivo? Há uma subjetividade pura, casta e original?). Em Psicologia e em Educação Especial, apareceria o conceito de problema (o que é um problema da pessoa indissociada do mundo?); o que, para o teórico, na sua teoria, significa ter um problema, desvio (?)... E, finalmente, se há um problema, qual é a proposta de intervenção contra os problemas (prática educacional) para cuidar desse ser humano, como ser-no-mundo, com um problema? Mas, nem toda teoria responde a esses quatro quesitos centrais, e afinal há mais questões, pois em Pedagogia, podemos responder e conceituar: Escola, currículo oficial-legal e etc., (e o currículo não-oficial), relação professor-aluno, avaliação etc. Há teoria cujo objetivo é o de descrever o humano e seu mundo - como é e como deveria sê-lo. Uma teoria assumidamente fantasiosa de pessoa-mundo.
NOTA: Hiran Pinel, autor. Citando, referencie.
sexta-feira, 8 de agosto de 2025
ESBOÇOS DE UMA TEORIA DA REPRESENTAÇÃO EXISTENCIAL,
TRex.
Hiran Pinel, autor.
NOTA: vou corrigindo, ampliando e modificando o texto
***
**
RESUMO: apresento um esboço ("paper" científico) de uma teorização que estou criando desde 1998, que contemporaneamente denomino de Teorização da Representação Existencial - TRex. É um dos modos de analisar fenomenológico-existencial, dados científicos, preferencialmente presentes em pesquisas fenomenolóficas, desvelados em descrições do vivida, narrativas de experiências de vida, auto-biografias etc.
Também são dados de pesquisa para a T-Rex., quando procuramos em instrumentos como obras de arte, literaturas e poesias etc., visando além do real de uma arte - produção de apreciações, e a correlação que há entre arte e vida real, assim como o real traz em seu interior as artes, poíeticas, poiésis, roteiros e romances, danças, fotos etc.
INTRODUÇÃO
O objetivo aqui-agora é o que descrever o que é e como é uma teorização que estou criando desde 1998, que contemporaneamente denomino de Teorização da Representação Existencial - TRex.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em 1998, fazendo doutorado em Psicologia pelo
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, estimulado por um
professor em particular, mas que nunca fiz disciplina com ele, a pensar em algo
inédito, e ele dizia que é assim que se faz um cientista das Ciências Humanas e
Sociais. Estava impactado com Moscovici e sua teoria das representações
sociais.
Como eu "me achava" (risos...) o
"fenomenologista existencial", ou seja, lá o que isso significava
(textos da professora Yolanda Contrão Forghieiri era a "obra-mor" na
minha cabeceira no Hotel onde ficava e no apto do meu colega Carlos Eduardo
Ferraço), comecei a pensar-sentir-e-agir uma teorização de uma representação
que denominei de TRex: Representação Existencial contra o macro de Moscovici,
focando no meu interesse, o ser em si, ainda que indispensável colocá-lo no
mundo, ser-no-mundo. Daí eu comecei a idealizar e a criar o que eu denomino de
REPRESENTAÇÃO EXISTENCIAL-TRex.
Esse termo tem sido modificado por mim à medida que eu
trabalho com o tema como uma das metas das minhas investigações cientificas
"fenomenológico-existenciais".
A primeira questão era o termo representação, algo
TAMBÉM ligado ao teatro ou aos artifícios, fazer de conta que é ainda que não
seja. Queria manter esse termo.
Paralelamente comecei a fazer um curso livre (dentro
da USP) chamado O Ator oferecido por uns alunos da Escola de Comunicação. Não
era um curso que objetivava formar atores, mas interrogar: O “que é” e “como é”
ator? Pelo menos esse era meu foco intencional. Meu interesse, então - sempre o
cientista tem focos (des)velados por novas interrogações, era (e é) o “ator
social”, mas de um tipo de ator que o profissional porta em si. Li algo, que
não sei se é verdade, mas se não o for, não deixa de sê-lo pelas
possibilidades. Eis o causo: o ator tailandês ficou famoso mundialmente como
personagem BL (leia-se: Boys Love ou gays). Ele forma um casal (“couple” – os fãs
amam falar termos em inglês, mesmo tendo palavras na nossa língua que pode dar
conta, mas sem o chame – risos) com o ator Pond.
Então, confiando de que Phuwin “não” está representando
fora das telas [*], ele teria descrito que a namorada [**] o abandonou devido
traição dela. Ele teria chorado as minguas do abandono e da rejeição com Pond,
e em determinado momento o abraçou, chorando. Repetindo: estou descrevendo
verdade que parece mentira, e mentira - que parece verdade. Prossegue discurso
do blog de uma fã, onde Phuwin fala para as câmeras [***]: - Chorando nos
braços do meu amigo Pond, e logo vejo encharcada a caminha branca que ele usava.
Isso me trouxe mais à minha consciência, e interroguei-me: Porque estou
chorando, se estou aqui-agora nos braços do meu namorado e amante? Nunca
escondi isso dela, e nem no mundo. Levantei-me do colo de Pond, exuguei as lágrimas
com minha camiseta branca. Ele olhando pra mim, dei um beijinho na bochecha dele
(e ele ficou vermelho) e lhe disse, “obrigado”. Queria dizer-se: obrigado, meu
namorado, mas não queria lhe dar esse prazer (risos).
Pois, então, repetindo, verdade ou mentira, e na T-Rex
isso importa, mas é muito pouco, precisamos ir além para chegar à carne humana.
Phuwin tem a Rex de que realmente tem um outro amor, sem tonalidades sexuais
(isso que ele quereria descrever-se) – e há esse outro, e essa outridade ganha
mais sangue do encarnado quando é dito em público – numa simbólica praça pública.
A namorada deve ter escutado (se for verdade – risos... a T-Rex lida com o efêmero,
sutil, encarnado) o recado, ele me traiu antes, e com foi com Pond, e eu
pensaria: melhor assim, não foi como uma mulher.
A T-Rex descreve o encarnado, mas do ser-no-mundo.
Phuwin, como ator é uma pequena peça de uma outra peça, como diz Chico Buarque;
“uma outra peça chamada doces ardis”. Phuwin, para nós os fãs, é um gerente de si,
ele gesta a si mesmo – e deve ser isso numa dimensão profissional, mas na
poderosa indústria do entretenimento tailandês (parte da indústria do turismo) ele
é um pequeno parafuso que sustenta essa joça toda. Mas, conhecemos ídolos que
hoje nem sabemos dele, e que parecia ser dono de tudo – e nunca foi. Nunca
fomos. O ator (ele é artista completo: canta, compõe, é instrumentista, dança -
não tanto quanto seu colega Pond que parece iludir-se mais... risos – isso é
tema pra outro artigo) ...
A T-Rex vai à cata da carne no cotidiano da pedagogia
hospitalar, por exemplo, com o finco, dentre outros, de ampliar a compreensão
do outro, atendendo suas necessidades existenciais de “ser mais” na “amorosidade”
(Paulo Freire) como alguém no mundo, frente a explicita finitude da vida
(quando há o câncer gravíssimo, por exemplo). Phuwin fala de si, desfala, mente
e prega a verdade – Phuwin, no colo do amigo (e colega), descobre-se em uma
outra dimensão de ser amado, uma perspectiva freiriana de “esperançar”. Phuwin
faz escolhas na vida encarnada, e o faz de um leque de opções, e não obstante
terá que se responsabilizar-se por isso, e não responsabilizar-se, uma boa subversão,
ainda assim é ser responsável por si, pela namorada, pelo namorado Pond (amigo
amante), pelas fãs (ele se expõe em praça pública), pelos outros, pelas
famílias (famílias das suas fãs e de seus fãs), e tem responsabilidade de não
decepcionar um fã dele, um velho fã, no sentido de ter mais de 73 anos de
idade, e brasileiro – eu. A T-Rex descreve essa sintonia entre eu e o mundo, um
“entre” que amplia do sentido da carne da relação, entre Phuwin e Pond é que a
carne é trêmula, parafraseando título de filme de Pedro Almodóvar, entre Phuwin
e Pond temos eu, as fãs, a namorada que o abandonou, os dois, e o mundo. E
mais, a indústria tailandesa do entretenimento fica atenta se essa ação será
benéfica pra ela, senão, Phuwin e cortado – e tudo começa com outros e outros –
o ator é descartado nesse neoliberalinso consumista e altamente competitivo.
Para produzir uma análise “fenomenológico-existencial” de Phuwin é preciso considerá-lo
ser-no-mundo considerando a concretude a sociedade, da cultura e da história, seus
simbolismos no ser, que é ser nele e dele e indissociado a ele (mundo). Isso
amplia a compreensão da nossa própria humanidade, nos mantém civilizados e nos
humaniza pela fragilidade... No caso Phuwin, a T-Rex pode ajudar na formação do
ator [****]
Retomemos...
Eu estudava, no momento, o ator social que era o rapaz
que se prostituía em um tempo muito marcado pela pandemia do HIV-Aids. Tinha constatado
na carne (na pesquisa de rua) de que o prostituto era um outro para o cliente,
um ator. Ele "escutava" (observava) atentamente o cliente consumidor
de seus encantos, e percebia o desejo dele, logo ele passava atuar para
garantir e responder às vontades desse outro, e receber a recompensa: o outro,
o orgasmo; o prostituto, a grana (e quem sabe o orgasmo também). Haviam garotos
de programa que diante de um cliente chega a inventar uma narrativa a começar
mudando o nome.. E tem mais "coisas" nessa esfera, como o garoto
preferir ficar debaixo de marquises nas sombras noturnas que molda-lhe outro
ser, do agrado de si, mas acima de tudo, do outro.
Bem, estou explicando algo, que na TRex é oposto a
essa representação teatral.
Retomando fazia esse curso de 3 dias O Ator, e tomei
contato com "o método", e gostei de Lee Strasberg. Isso levou-me ao
termo representação como algo encarnado, mas muito além de Strasberg, mas o
humano, como algo dele, ser carne. A representação passa a ser algo da
experiência vivida, por isso existencial.
A TRex se interessa em estudar a representação
encarnada no existir de uma pessoa que experiencia algo de sentido, seja pela
presença ou ausência. Meu foco era a Classe Hospitalar para alunos-pacientes
internados em hospitais. Qual a Rex de médicos, por exemplo? Um médico que
conversei, usando o termo Rex (a pessoa que colabora com minha pesquisa escuta
os termos que uso e posso dialogar sobre eles, não temo isso, ao contrário) não
sabia da existência de Classe Hospitalar no seu hospital, e quando eu lhe disse,
aquela informação foi transformada em aprendizagem significativa, um termo que
o levou a uma experiência vivida, pois começou a confabular possibilidades,
descobrir seu desinteresse além de sua área de especialização (oncologia
infantil e juvenil), Fomos visitar o espaço físico específico da Classe
Hospitalar, e ele recordou que tinha passado por perto etc. Logo após ele já
refletiu que há pacientes dele, que ao visitá-lo no leito, havia uma
"mulher" ensinando conteúdos escolares, e que ali, naquela cama,
transformava-se em uma parte da escola.
Bem, essa é a minha primeira tentativa em dizer como
surgiu minha ideia de uma teorização de "representação existencial",
ou TRex.
***
Escrevi na época:
A teoria da Representação Existencial TRex., não elimina a representação legal ou política, ou a social, apenas traz a pessoa singular tendo sua REx., algo de grande significado sentido, que pode ajudá-lo no seu ato de pensar-agir-sentir no micro encarnado, tendo em si, o macro. Entretanto, esse plural está no singular, e o singular é o universal, afinal o ser-api é ser-no-mundo. O grande diferencial aqui-e-agora é o sentido de encarnado ou carne que não é explicitado na Representação Social de Moscovici. Nosso interesse é pela experiência vivida, a da carne, uma cognição (co)movida pela carne do afeto e do corpo. Na TRex o teatro não é artificial, mas algo encarnado 24 horas, mas sem sair de si, mas sendo si mesmo, sendo as possibilidades de “si-ser-no-mundo”, logo diferenciado do ator profissional de Lee Strasberg, que sai de si e é um outro e com o tempo retorna e toma o seu “ser-como-dele-próprio”, e assim na TRex não há esse desgaste, simplesmente somos encarnados e demandamos sentir a nós mesmos diante de certos temas, que podem ser experienciados como experiências vividas (Pinel, 1999; p. 3).
***
A noção de "representação existencial" é um
conceito rico e complexo, que se insere nas discussões filosóficas, pedagógicas
e psicológicas sobre o sentido-sentido da experiência vivida, tão humana. Em um
contexto fenomenológico, essa representação não se limita a uma mera cópia da
realidade externa, mas sim a uma construção ativa e singular do sujeito como
ser-no-mundo, construído em processo de sempre ‘tornar-se”, por suas vivências,
valores, perspectivas, projetos de ser. Os temas potentes são: a subjetividade
e a subjetivação – intersubjetividade, interexperiência, interhumano;
intencionalidade; escolha e responsabilidade; corpo e mundo; tempo-espaço –
tempo e história; sociedade e cultura; linguagem e símbolos etc. O singular tem
em si o universal, e no universal há o singular. A sua representação é
encarnada (Merleau-Ponty, 1999) por isso existencial, que está presentemente
preocupado com o outro e consigo mesmo. Ao representar minha existência, eu o
faço ao modo encarnado, um ator social que ao ser, é ele mesmo, ele é si e o
outro (Pinel, 1998; p. 9).
***
CONCLUSÃO
Esse texto é bem de um tipo de "paper" no
seu sentido estrito: um textos rascunho escrito em uma folha velha que embrulha
pão. Falta muito a dizer sobre esse termo, preciso de mais pesquisas. Já
publiquei um artigo com dois orientandos meus de estágio em pesquisa
(fenomenológico-existencial), dentre outros, mas ainda assim, a TRex está
sempre se interrogando: O que é e como é TRex? Por aí vou configurando o termo.
**
*
NOTAS
[*] Como provar isso, numa dimensão de uma T-Rex, de
que o ator Phuwin é aquilo e ou aquilo’outro, já que (a T-Rex] descreve uma imposição,
a de que o “corpo encarnado” é? Tudo é imbricado e híbrido, o sim e o não, a
verdade e a mentira – ainda que seja urgente identificar o real, e o real pode
ser a mentira, mas, sem dúvida, para nossa lucidez, tem a realidade, a boniteza
e a feiúra, alto e baixo, Gordo e Magro, Batman e Robin, Ennis Del Mar e Jack
Twist, Phuwin e Pon etc.
[**] No caso Phuwin é heterossexual, e não seus
personagens... Será? Essa questão cabe na T-Rex. O fato (?) é que Phuwin é heterossexual,
ele o disse, as fãs odeiam isso – elas desejam a ilusão dos dois juntos... Esse
tema, é de ponta para um outro artigo: O que fazem as mulheres amarem uma série
de TV (ou webserie) que conta histórias hiper idealizadas e romântica de dois
caras se pegando e namorando? Vai muito além das mulheres apoiarem a causa gay,
muito além? Já escrevi Papers (rascunhos mesmos) sobre o tema.
[***] No caso de Phuwin o “fenômeno” dele ser em
ser-no-mundo se amplia em teatros e representações, onde suas carnes estão trêmulas
com são as nossas. A fama dele é explícita, a nossa também, mas numa dimensão bem
menor.
[****] O Psicodrama de Moreno, mais as teorias do ator,
como as de Lee Strasberg na formação. o teatro do oprimido e de arena, etc. Já
escrevi sobre a formação fenomenológico-existencial encarnada do ator e da
atriz – ainda que haja mais vertentes nessa esfera. Na minha perspectiva o ator
precisa perder-se entre o si mesmo e o personagem, e não só durante as filmagens,
mas mesmo no seu recando do lar, afastado das fãs, por exemplo, com um senão, ele
precisa dar intencionalidade ao distanciamento reflexivo, quando ele volta retorna
ao que se denomina real, rompendo vínculos, para manter em algum ponto do real
indispensável: se ele faz o papel de assassino, está (ou deveria estar) claro de
que ele não pode assassinar concreta e ou simbolicamente ninguém, mas ao mesmo
tempo mesclar, com o prazer (de ser no ofício ator) de que realmente é um
assassino de uma outra cena, fora daquela dali – a assim chamada vida real.
***
**
Hiran Pinel, professor titular
Universidade Federal do Espírito Santo, Ufes
Programa de Pós-Graduação em Educação, PPGE
26/12/2020, revisto e ampliado...
***
**
OBSERVAÇÃO 1: ao citar esse "paper científico" fazer citação dando autoria, afinal, (risos) não dói a mão - e é ético científico.
OBSERVAÇÃO 2: Tenho muitos textos de T-Rex, gradualmente irei publicando. Esse ideia começou em 1998 quando li Representação Social de Moscovici - desde lá tenho escrito papers (científicos), só que papers no sentido literal do termo: escrever em um papel velho que embrulhava pães, escritos livres, mas sempre pautado pela ciência fenomenológico-existencia em texto que escapolem ao modelo artigo científico - mas só isso, foge ao modelo, mas é ciência. Cheguei escrever comparando e diferenciando ambas teorizações. Há produções em modelos artigos científicos em revistas científicas.
segunda-feira, 4 de agosto de 2025
ANESTESIA CIRÚRGICA: HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO ATÉ AGORA...
UMA INFORMAÇÃO IMPORTANTE PARA O PEDAGOGO E PROFESSOR HOSPITALAR
A ANESTESIA EFETIVA SÓ DEPOS DE 1943... BEM TARDE, ACHO.
Eis uma linha do tempo com a História da Anestesia Cirúrgica em Humanos, onde está explicado, de modo acessível ao leigo. Minha proposta é ensinar esse tema na graduação e de modo simples e didático. Esse tema é potente em Pedagogia Hospitalar, onde desejo destacar a anestesia e quando realmente surgiu anestésicos efetivos que eliminam toda dor em processos cirúrgicos. A maioria identifica os nomes anestesia local e anestesia geral. Vejam que SÓ em 1943 (eu nasci em 1952) apareceu o primeiro anestésico eficaz. Imagine nossas crianças (e nós mesmos) tendo de passar por cirurgia sem anestésico, amarrados!
RESULTADOS E COMENTÁRIOS
História da Anestesia em Cirurgias Médicas em Humanos
a HISTÓRIA DAS cienciaS médicaS no SEUS sonhoS de fazer cirurgias sem o paciente sentir dor física: História da Anestesia Cirúrgica: Do Alívio ao Sono Profundo
Os Primórdios do Alívio da Dor (Antes do Século XIX)
- Antiguidade: Civilizações antigas, como egípcios, gregos e romanos, utilizavam uma variedade de substâncias para tentar diminuir o sofrimento. O ópio, derivado da papoula, era amplamente usado por suas propriedades sedativas. O álcool também era empregado para "entorpecer" o paciente, mas sua eficácia era baixa e as doses necessárias para um efeito significativo eram perigosas. Além disso, plantas como a mandrágora e a beladona, com substâncias narcóticas, eram usadas, mas seu uso era arriscado devido à dificuldade de controlar as doses.
- Idade Média: Pouco progresso significativo foi feito em relação ao alívio da dor cirúrgica. As cirurgias eram rápidas e brutais, muitas vezes realizadas sem qualquer forma eficaz de anestesia. A pressa era fundamental para minimizar o sofrimento do paciente.
- Renascimento e Séculos Seguintes: Embora o conhecimento anatômico e cirúrgico tenha avançado, a dor continuava sendo o grande obstáculo. Médicos e cirurgiões buscavam, sem sucesso, uma forma de tornar os procedimentos menos dolorosos.
A Revolução da Anestesia: O Surgimento dos Anestésicos Efetivos (Século XIX)
- 1772 - Gás Hilariante (Óxido Nitroso): O químico inglês Joseph Priestley sintetiza o óxido nitroso. Anos depois, o químico Humphry Davy experimenta o gás e nota suas propriedades analgésicas e o efeito de euforia, daí o apelido "gás hilariante". No entanto, ele não foi imediatamente reconhecido como um anestésico cirúrgico.
- 1800 - Éter Dietílico: O éter, conhecido por suas propriedades voláteis e inebriantes, já era conhecido há séculos. No entanto, sua aplicação médica como anestésico ainda não havia sido amplamente explorada.
- 1842 - Dr. Crawford Long e o Éter (Primeiro Uso Cirúrgico Documentado, mas não divulgado): Na Geórgia, EUA, o Dr. Crawford Long realizou uma pequena cirurgia removendo um cisto do pescoço de um paciente usando éter. Ele notou que o paciente não sentiu dor. Ele continuou a usar o éter em outras cirurgias, mas não publicou suas descobertas imediatamente.
- 1844 - Horace Wells e o Óxido Nitroso (Primeira Demonstração Pública Incompleta): O dentista Horace Wells começou a usar o óxido nitroso para extrações dentárias. Ele tentou demonstrar o gás em uma cirurgia pública em Boston, mas o paciente gritou de dor, o que levou ao descrédito inicial do óxido nitroso como anestésico. A dose provavelmente foi insuficiente.
- 1846 - William Morton e o Éter (A Grande Demonstração Pública e o "Milagre" da Anestesia): Este é o marco divisor para a anestesia cirúrgica. O dentista William T. G. Morton, também em Boston, realizou uma demonstração pública de sucesso da anestesia com éter para a remoção de um tumor no pescoço de um paciente no Massachusetts General Hospital. O paciente não sentiu dor. Esse evento, conhecido como "Ether Day", chocou e deslumbrou o mundo médico. Pela primeira vez, a cirurgia podia ser realizada sem a tortura da dor. Este é o momento em que realmente surgiram anestésicos efetivos que eliminam toda a dor em processos cirúrgicos.
- 1847 - James Young Simpson e o Clorofórmio: Um ano após a demonstração de Morton, o médico escocês James Young Simpson começou a usar o clorofórmio como anestésico. O clorofórmio tinha algumas vantagens sobre o éter (menos inflamável e de ação mais rápida), mas também era mais tóxico, o que levou a mortes por overdose e, eventualmente, ao seu uso mais restrito.
O Desenvolvimento e a Diversificação da Anestesia (Século XX em Diante)
- Final do Século XIX - Cocaína e a Anestesia Local: A descoberta da cocaína, isolada da folha de coca, revelou suas propriedades de "entorpecer" áreas específicas do corpo. Em 1884, o oftalmologista austríaco Carl Koller demonstrou seu uso como anestésico local em cirurgias oftalmológicas. Isso abriu caminho para a anestesia local, que age em uma área específica sem que o paciente perca a consciência.
- Início do Século XX - Novocaína e Lignocaína: A cocaína, apesar de eficaz como anestésico local, era viciante e tinha efeitos colaterais. A busca por alternativas seguras levou à síntese da novocaína (procaína) em 1905, um anestésico local sintético.
Mais tarde, em 1943, a lignocaína (lidocaína, Xilocaína) foi sintetizada, tornando-se um dos anestésicos locais mais utilizados até hoje, por sua eficácia e segurança.
- Meio do Século XX em Diante - Anestesiologia como Especialidade: Com o avanço das técnicas e a complexidade dos anestésicos, a anestesiologia se tornou uma especialidade médica. Novos medicamentos, equipamentos de monitoramento e técnicas (como anestesia peridural e raquidiana) foram desenvolvidos, tornando a anestesia cada vez mais segura e personalizada para cada paciente e cirurgia.
- Anestesia Geral: Refere-se a um estado de inconsciência controlada, onde o paciente não sente dor e não tem memória do procedimento. É um "sono profundo" induzido por medicamentos administrados por via venosa ou inalatória.
- Anestesia Local: Anestesia uma pequena área do corpo, permitindo que o paciente permaneça acordado e consciente, mas sem sentir dor naquela região. Um exemplo comum é a anestesia no dentista.