sábado, 25 de outubro de 2025

GAS-LIGHT-ING:

ABUSO PSICOLÓGICO COM INFORMAÇÕES DISTORCIDAS ADVINDO DE UM MANIPULADOR CONTRA UMA VÍTIMA

MOTIVAÇÃO DO ARTIGO:
Esse é um tema descrito sobre o "saber" (conhecer) e o "ignorar" (ignorância), tema muito ligado à educação e pedagogia, assunto muito ligado à educação e pedagogia da manipulação (criminoso) do comportamento (vítima)

Gas-Light-Ing [*] é uma forma de abuso psicológico na qual informações são distorcidas, seletivamente omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória [o mais comum; esconde objetos da vítima, rasuras os objetos; escondem e fazem aparecer novamente etc.], percepção, atenção, manipula o ambiente, provoca situações dolorosas através de cheiros, por exemplo, nega conhecimentos, sentimentos e comportamentos da vítimas (ou as afirma, sendo mentiras) e a sanidade - dentre outros. Casos de Gas-Light-Ing podem variar da simples negação por parte do agressor de que incidentes abusivos anteriores já ocorreram (ou que não ocorreram), até a realização de eventos bizarros pelo abusador com a intenção de desorientar a vítima.

O termo deve a sua origem à peça teatral "Gas Light" e às suas adaptações para o cinema, quando então a palavra se popularizou. O termo também tem sido utilizado na literatura clínica e policial.

Como funciona:
A pessoa que pratica o Gas-Light-Ing pode negar eventos que aconteceram, mentir sobre o que foi dito ou feito, ou minimizar os sentimentos da vítima.

Objetivo:
O objetivo é desorientar a vítima, fazendo-a acreditar que está errada, louca ou que está imaginando coisas. Há vários outros subobjetivos como ganhar benefícios delas (das vítimas).

Origem do termo: a obra de arte
A expressão vem do filme de 1944 chamado "Gas Light" (no Brasil, "À Meia Luz", direção de George Cukor), onde, na narrativa, um marido manipula o ambiente para atingir a sua esposa, a ponto de fazê-la duvidar de sua sanidade, incluindo o ato de diminuir a "luz do gás" da casa e negar que isso esteja acontecendo. Espalhar perfume no ar e dizer que não está sentindo - uma idosa (na peça de teatro) viúva que recorda o perfume de lavanda do falecido, o filho joga esse perfume e diz que não está sentindo, "só a senhora mamãe, precisa de cuidar disso, procurar um psicólogo ou pode ser um neurologista, é comum Alzheimer nessa faixa etária". Manipula os remédios, fazem sumir comprimidos.

A peça teatral Gas Light, de 1938, e suas adaptações para o cinema, lançadas em 1940 e 1944, motivaram a origem do termo por causa da manipulação psicológica sistemática utilizada pelo personagem principal contra uma vítima.

O enredo diz respeito a um marido que tenta convencer sua esposa e outras pessoas de que ela é louca, manipulando pequenos elementos de seu ambiente e, posteriormente, insistindo que ela está errada ou que se lembra de coisas incorretamente quando ela aponta tais mudanças.

Origem do termo: a palavra em inglês: "LUZ DE GÁS" (GAS-LIGHT-ING) QUE SE REFERE NO FILME A UMA "MANIPULAÇÃO". TIPO: - ESSE SUJEITO É GAS-LIGHT-ING (MANIPULADOR)

O título original decorre do "escurecimento das luzes" alimentados por gás na casa do casal [comum nos Estados Unidos da América; gás para esquentar a casa, aquecê-la; hoje domina a luz elétrica], que aconteceu quando o marido estava usando as luzes no sótão, enquanto busca um tesouro escondido. A esposa percebe com precisão o escurecimento das luzes e discute o fenômeno, mas o marido insiste que ela está apenas imaginando uma mudança no nível de iluminação.

O termo "Gaslighting" é utilizado desde 1960 para descrever a manipulação do sentido de realidade de alguém - isso na clínica e os casos encaminhados para a justiça, com casos conhecido de prisão por 20 anos.

Na clínica

A psicóloga Martha Stout afirma que sociopatas frequentemente usam táticas de gaslighting. Os sociopatas consistentemente transgridem costumes sociais, descumprem leis e exploram os outros, mas geralmente também são mentirosos, charmosos e convincentes ao negar as irregularidades que praticam. Assim, algumas pessoas que foram vítimas de sociopatas podem duvidar de suas próprias percepções. Jacobson e Gottman relatam que alguns cônjuges que cometem abusos físicos podem praticar gaslighting em seus parceiros, mesmo ao negar enfaticamente que tenham sido violentos.

Os psicólogos Gertrude Gass e William C. Nichols usam o termo gaslighting para descrever uma dinâmica observada em alguns casos de infidelidade conjugal: "Os terapeutas podem contribuir para o sofrimento da vítima ao tachar reações da mulher […] Os comportamentos de gaslighting do marido provêm uma receita para o chamado "ataque de nervos" para algumas mulheres e o suicídio em algumas das piores situações". Gaslighting também pode ocorrer em relações entre pais e filhos, sendo que os pais, a criança ou ambos tentam minar as percepções uns dos outros.

Além disso, gaslighting também foi observado entre pacientes e funcionários de unidades de internamento psiquiátrico. Algumas das condutas de Sigmund Freud têm sido caracterizadas como gaslighting. Em relação ao caso de Sergei Pankejeff, apelidado de "Wolf Man", devido ao seu sonho com lobos que ele discutiu amplamente com Freud, Dorpat escreveu: "Freud trouxe pressão implacável sobre o Wolfman para aceitar e confirmar as reconstruções e formulações de Freud".

O caso em telenovela: Maria do Bairro

Muitas obras de arte abordam o tema.

Na telenovela María la del Barrio (no Brasil: Maria do Bairro), a vilã Soraya Montenegro (Itatí Cantoral) arma situações para tentar convencer os outros de que sua enteada Alicia (Yuliana Peniche) está louca, chegando a trancá-la em seu quarto com tarântulas para que a menina gritasse, e em seguida, retirar as aranhas do quarto, pedindo aos empregados checarem o quarto, para então "confirmarem" de que sua enteada está realmente "louca" [adoro essa telenovela ]

Resistência: um dos modos de cuidar de si desses sociopatas

No que diz respeito a mulheres (e depois verificou o mesmo entre homens) em particular, a psicóloga Hilde Lindemann argumenta enfaticamente que, nesses casos, a capacidade da vítima de resistir à manipulação depende de "sua capacidade de confiar em seus próprios julgamentos". A criação de versões alternativas dos fatos pode ajudar a vítima a readquirir "níveis normais de livre-arbítrio".

Outro caminho é "sair" das garras do abusador.

Outra tem sido a denúncia na justiça, e nesse caso, uma das indicações, é o abusador provar o que lhe acontece, com uma testemunha.

Também tem sido estimulado a vítima socializar tais acontecimentos e o que ocorre, fazendo isso com as pessoas corretamente éticas, as mais amigas, caso contrário, essas podem começar a achar loucura da vítima, tornando-a mais presa a essa rede, que não é tão complexa assim e que se pode desmascarar.

Procurar um bom cuidador que não rotula o outro, pois a vitima pode ser considerada, sim, uma louca, e isso geralmente parte de um clínico imaturo, recém formado, incompetente, talvez até um terapeuta psicopata.

DUVIDE, SIM! DE QUEM DUVIDA DE VOCÊ!

[Hiran Pinel, autor; fundamentado em artigos indicados no primeiro comentário]
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NOTA [1] >> ou Gaslighting ou gas-lighting ou Gas Lighting