terça-feira, 21 de agosto de 2018

O MELHOR DO AMOR, AO FINAL, ESTÁ NA MEMÓRIA.
"My Tee The Series" (Tailândia), episódio 8, 1a parte.

Chorei de modo lento e gradual, mas coletei baldes de águas salgadas. Todas as lágrimas apareceram como sentimentos impregnados na minha pele. Houve toda uma história de uma vidinha de merda, mas ainda assim uma dona Vida...

Misericórdia e com+paixão - kkk

Vamos à descrição fenomenológica da cena.

Mork vai procurar Tee adoentado. Tee saiu sem rumo pelas ruas frias e calorentas de Bangkok - chove lá fora, e dentro deles há ainda o amor. Pelo celular Mork consegue localizar o amigo. Tee está em febre ainda, e muito frágil. Mork coloca Tee atrás de sua lambreta, e insere o capacete em si e no amigo. Tudo é feito de modo calmo, lento, minucioso - cada pequeno detalhe do cuidado é revelado na cena - nenhum descuidado. Mork conduz, dirige a vida que clama por sentido. Tee, vem logo atrás, sendo conduzido. Tee abraça a cintura do amigo Mork - meio que trocando os papeis de "uke" e "seme", pois afinal, nada nessa vida é sólido ou pede para sê-lo. Minimalismos verbais, a música ao fundo indica o que deveria ser dito, uma velha estratégia do cinema. Escutamos a melodia. A letra dela aparece na legenda em português. Mas tomo a liberdade de alterá-la totalmente, pelo menos em termos poéticos, mas mantendo alguma linha com o significado, mas me inventando numa "outra espécie de poeta", "um outro autor", desse drama que é o viver, um drama sem final:

"Não importa se vamos ficar juntos ou vamos terminar tudo de uma vez só. Não importa. Não esquente a cabeça, não tente saber sobre isso, não tente dar uma resposta. Você estará para sempre nas minhas memórias, enquanto vida eu tiver. Vou reter em mim os dias e as noites felizes que juntos experienciamos. Eu apenas estou aqui-agora para agradecê-lo por esse amor vivido - sem condições, sob pressões, meus pequenos prazeres da carne, meu sincero amor em seu colo, uma amizade inesquecível... Um amor indefinido, imperfeito - mas real e definitivo. O melhor do amor, ao final, está na memória. E quando eu morrer, só restará a "sua" lembrança, não mais a minha recordação. Depois que você morrer, tudo isso que foi vivido, apagará e ninguém recordará pelo vivido mesmo, mas novos amores aparecerão no mundo, com outras gentes e tudo se repetirá".

Recomendo às fãs (e aos fãs) preparem lençóis de puro algodão para amenizar as lágrimas advindas da nossa dor... Teremos um final dramático, dolorido - mesmo cheio de amor.

Como eu me identifico com essas séries! Elas falam de mim. Pqp... kkk