SER É ISSO, SENDO JUNTO AO OUTRO NO MUNDO: AMOR/ ÓDIO, REALIDADE/ FICÇÃO...
Apreciação do filme sul-coreano Método...
"Eu odeio crianças e cães, porque eles sempre ganham
amor sem nenhum motivo, e meu ódio aumenta mais ainda quando seu sei que a
quantidade de amor neste mundo termina logo – pois é finita".
"Método" ("Method" - 메소드 - 2017; direção de Pang Eun-Jin) filme da Coreia do Sul. Dois atores: um grande ator (professor de um método de aprendizagem de ator de Peter Brooks e ex-ídolo) e um jovem ator-"ídol", cantor popular de uma daquelas bandas de k-pop, cheio de fãs (otakus) e que é não está nem aí pra nada, mas desejando mudanças na mesmice de seu ofício e da vida mesquinha que leva. No livro de formação do ator, escrito por Brooks, propõe aos profissionais da interpretação irem além da imitação, mergulhando na realidade do personagem, trocando de identidade - sendo o outro como parte de si, permitindo mesclar si mesmo e o outro, se entregando totalmente ao vivido, caso contrário não haverá ator, mas arremedo, canastrice.
O jovem ídolo é muito rico e financia a peça, e é ele que pede que seu
sonho é trabalhar com esse grande ator, seu modelo, seu ídolo - ele
trará respeitabilidade a uma carreira pop vazia. Logo ele paga tudo, e o
grande ator é nomão no Coreia do Sul, logo cobra altíssimo.
Nos ensaios (e na peça apresentada) os dois entram em choque e terão de assumir os personagens da peça de teatro chamada Unchain, que os levarão ao sucesso total, mas ao caos individual, pois personagens se hibridizam com a realidade, e se indissocia sem distinção de uma ou de outra. Então a loucura se instaura para o bem da plateia que assiste com ardor esse filme envolvente, com dois shows de interpretação à parte, ao estilo Brooks.
Unchain, a peça, escrita pelo diretor e amigo do grande ator, tem um enredo sui generis: dois atores ensaiam uma peça, um já estabelecido como grande ator e o outro muito jovem (menor) e novato, mas um ídolo do país, logo milionário e que financia a peça. Os dois ensaiam e entram em choque, os dois se misturam - a esposa do grande ator esta sempre a espreita, pois sabe que o marido entra fundo em cada produção em que se mete, seguindo propostas de Peter Broooks. Já o garoto mimado, eterna criança, paparicado pelas fãs, empresário e agentes agora cresce e se desespera no amor, já que ele não é gay - ambos não são gays - e será essa a doidera da proposta dos dois: ser um alguém que não se é - mas que é... Afinal, ser são todas as possibilidades de ser-sendo sempre junto ao outro - no mundo. É ou não é? kkk É... kkk
Direção perfeita, os protagonistas - Park Sung-Woong (grande ator; que trabalha com o método) & Oh Seung-Hoon (ídolo/ novato) - dignos de todos os prêmios e o resto do elenco como a atriz Yoon Seung-Ah (personagem: esposa do grande ator), músicas lindíssimas (incidental, orquestrada e cantada ao estilo k-pop kkk), vestuário, iluminação e fotografia, coreografia etc...
O filme recorda Pedro Almodóvar em "Má Educação", será que ele impactou a diretora do filme?
Nos ensaios (e na peça apresentada) os dois entram em choque e terão de assumir os personagens da peça de teatro chamada Unchain, que os levarão ao sucesso total, mas ao caos individual, pois personagens se hibridizam com a realidade, e se indissocia sem distinção de uma ou de outra. Então a loucura se instaura para o bem da plateia que assiste com ardor esse filme envolvente, com dois shows de interpretação à parte, ao estilo Brooks.
Unchain, a peça, escrita pelo diretor e amigo do grande ator, tem um enredo sui generis: dois atores ensaiam uma peça, um já estabelecido como grande ator e o outro muito jovem (menor) e novato, mas um ídolo do país, logo milionário e que financia a peça. Os dois ensaiam e entram em choque, os dois se misturam - a esposa do grande ator esta sempre a espreita, pois sabe que o marido entra fundo em cada produção em que se mete, seguindo propostas de Peter Broooks. Já o garoto mimado, eterna criança, paparicado pelas fãs, empresário e agentes agora cresce e se desespera no amor, já que ele não é gay - ambos não são gays - e será essa a doidera da proposta dos dois: ser um alguém que não se é - mas que é... Afinal, ser são todas as possibilidades de ser-sendo sempre junto ao outro - no mundo. É ou não é? kkk É... kkk
Direção perfeita, os protagonistas - Park Sung-Woong (grande ator; que trabalha com o método) & Oh Seung-Hoon (ídolo/ novato) - dignos de todos os prêmios e o resto do elenco como a atriz Yoon Seung-Ah (personagem: esposa do grande ator), músicas lindíssimas (incidental, orquestrada e cantada ao estilo k-pop kkk), vestuário, iluminação e fotografia, coreografia etc...
O filme recorda Pedro Almodóvar em "Má Educação", será que ele impactou a diretora do filme?
