quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

UMA GAROTA PRAFRENTEX...
Muito prafrentex (kkk), Nalva Aguiar, que foi uma cantora ao estilo da Jovem Guarda, no sucessos específicos, localizados... kkk Ela está ótima cantando "Vem quente que estou fervendo" na cena de um filme brasileiro - um filme que parece estar derretendo, imagens confusas, não dá nem pra ver o nome da banda (kkk). Os cabelos negros dela, a roupa, os gestos à la Wanderléa, a banda que a acompanha fazendo gestos que viriam ser saturados pelos K-Pop e que já eram pelos The Beatles. Os clichês são lá: deliciosos como a vida, pois a vida mesma, ela, é cheia de clichês tipo "eu te amo", "não posso viver sem você", dar comida na boca do outro ou pegar comida no prato do outro (afff.... tenho nojo e antipatia kkk) etc. Nalva Agiar morena, cantando rock e não depois o estilo "cafona", relativamente famoso, que ela se tornou, loira saturada... No fundo, uma mulher triste, eu acho... Eu sempre achei: a via na TV e dizia "essa mulher tem olhos tristes"... eu ria dessas minhas observações.
TODOS SOMOS NALVA...
Depois, no curso de Psicologia, a minha antiga professora lésbica Dalva, deu-nos uma aula sobre o mecanismo de defesa projeção, Freud. Entendi Dalvão - ela se nomeava assim, pelo menos, ela me disse isso, chama-me Dalvão! Muito jovem ela era e masculina exagerada - ameaçava-me aquilo, muito novo eu era, excitava-me aquele Dalvão e sonhava com ela me penetrando - a alma (kkk)... À medida em que Dalvão tentava ensinar, algo que não era da sua seara, compreendi-me. Há tristeza no meu olhar humano e no olhar de Dalvão e de Nalva, tudo contrabalançado com minha (e nossa) alegria. Nos meus sonhos molhados, eu era audacioso: vem quente que estou fervendo!

(Hiran Pinel, autor)