sexta-feira, 20 de maio de 2016



Em situações sociais e políticas injustas, há quase sempre um (ou até mais de um) “coração bom” em meio a uma maioria alienada, ensimesmada, a que se submete ao estabelecido como única verdade, que não aceita morrer por uma ética, mas que acaba morrendo pelo próprio sistema. Já as insubmissas e criadoras, eu as acho praticantes de um dos modos de inventar/ produzir resistência micropolítica pensando-sentindo-agindo contra o fascismo cotidiano. Esse modo de ser de "bom coração", é o de ter ética compromissada com o outro, que é sempre igual a mim na humanidade, e diferente nas suas demandas/ necessidades, é algo que a leva a produzir sentido na vida, mesmo que sinta na carne que o sentido é um dia morrer.

[Hpinel; em copiando, cite a fonte, tá coisinha? kkk].
Salva-me do nada que eu me tornei (...) dê-me fôlego e me faça real, traga-me para a vida. Acorde-me, acorde-me por dentro. (...) chame meu nome, e me salve da escuridão. Faça meu sangue correr, antes que eu e desfaça. Salva-me do nada que eu me tornei.

(Trecho da canção linda: “Bring me to life”, de e com Evanescence.).

Bring Me to Life" é uma canção da banda de rock americana Evanescence. Foi escrita por Amy Lee, Ben Moody e David Hodges, contando com a produção de Dave Fortman. A canção também teve a participação de Paul McCoy da banda 12 Stones nos vocais; a gravadora Wind-up Records lançou "Bring Me to Life" como primeiro single do álbum de estreia, Fallen. Segundo explicações de Lee para a revista Kerrang! Magazine, a canção teria sido escrita para seu atual marido, Josh Hartzler enquanto estavam numa cafeteria. O videoclipe foi filmado em meados de 2002 e dirigido por Philipp Stölzl, que também ficou encarregado de trabalhar nos vídeos de "Going Under" e "Everybody's Fool" - FONTE: Wiki

- Tenho medo de fantasmas. Ontem eu sonhei com um fantasma de um soldado japonês. Era aqui na Tailândia, nessas florestas no Nordeste. Sabe, quando eu acordei estava no set de um filme de Verassetacul, e eu era a estrela num papel de um homem comum, com uma estranha doença chamada "febre do sonho"...
- Como era essa febre?
- Meu corpo ficava quente, eu não parava de sonhar, e desesperadamente procurava a origem desse meu medo.

[Hpinel; ficção; em homenagem aos dois filmes "Eternamente Sua" e "Tropical Malady", filmes tailandeses do mesmo diretor, cujo nome é Apichatpong Weerasethakul ou Joe].

Recebi meu certificado de conclusão da minha residência pós-doutoral em "Educação: Conhecimento e Inclusão Social", pela FAE/ UFMG. Foram 12 meses de aprendizagens significativas, no sentido fenomenológico existencial que considera o ser-no-mundo, com minha supervisora professora doutora Inês Assunção de Castro, competência, paixão, desejo que ela tem em ocupar o lugar dela mesma, no seu tempo, humilde não submissa - tudo essa deusa.
Estudei e produzi duas teses com dois filmes: [1] "A Cor do Paraíso" sobre o aluno cego na comunidade, na família, na escola especial e na escola inclusiva do campo; [2] "O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias" sobre a produção subjetiva de ser adolescente, de ser-sendo junto ao outro no mundo da ditadura e fascismo.

Trabalhei com Certeau (in A Cor do Paraíso) e Paulo Freire (in O Ano Em Que ...), e para os dois, trabalhei com Sartre (o primeiro e o segundo), e para o método, Forghieri com "O Método" de Sartre.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Na fotografia: eu fazendo cover dos jovens atores tailandeses - não sou jovem mais kkk -, que para conquistar as milhares de fãs, fazem a "linha" ou o clima psicossocial de ingênuos, delicados e sensíveis... Elas amam isso, indicando o tipo de homem que sonham para si. Adoro estudar isso, as fãs. E como fenomenologista eu me envolvo existencialmente com isso, faço cover mesmo... kkk Mas sempre aparece em mim o distanciamento reflexivo indissociado ao mergulho que envolve.

Foto: João Porto, no shopping vitória, na livraria leitura que fechou as portas, pelo menos lá.





Se um dia irromper em mim alguma coragem, e então se eu lhe disser que, “cá entre nós, eu meio que gosto de você”, que solução você daria? Fugiria a pé? Terias vontade de isso fazer? Ó céus... kkk



Eu fiz uns versinhos pra você - sobre amor tranquilo, favorável... Quer escutar? São versos curtos, nesses tempos sombrios - tão longos. Mas ao mesmo tempo, não são doces assim, isso me mataria - sou diabético. Queria que você escutasse e me dissesse algo assim, ... não sei o que dizer. Sabe, se eu escrevi sobre amor, é porque eu estou amando. Como é você que eu amo, eu senti isso logo agorinha, e fui escrevendo como Chico Xavier, quase num impulso, num repetente. Você já deve ter escutado tantos versos declamados, mesmo em tempos atuais tão ensurdecedores. Mas eu escutarei seu coração na hora, pois sinto que o significado de cada palavra irá te encontrar. Não te cansarei, declamarei rápido. Escute o que eu tenho para lhe dizer quase cantando, afinal esses versos foram feitos apenas pra você. E então? Ouça bater nossos corações, juntinhos. Autorize que cada verso vá fundo de nós dois. A sua voz e a minha podem caminhar juntas, nas passeatas, nas febres tropicais, nos apartamentos vazios, no corpo seu magro, reluzente, meu por segundinhos. Assim, talvez possamos ficar a vida inteira lembrando das palavras ditas, faladas - advindas das escritas, especie de escrituras sagradas. Como disse, as palavras desse texto poético descrevem e narram dois sujeitos do amor, a timidez de um e a angústia de ser do outro ser, das noites mal dormidas, do velho carro dilacerado, das brigas e ciúmes, do sexo desajeitado e prazeroso, das lágrimas que não conseguia conter de mim, da sopa donde a mosca caía, das idas àquela clínica, da serra, da floresta, dos castelos, do pequeno ser, do nobre em vista, do fiat lux. Da mira de um prédio de qualquer praia, das pequenas viagens nos cantos da cidade, e longos passeios no nosso país - tantas tessituras do cuidar. Trata-se de um poema de versos alegres, mas tristes de saudade, e impregnados de esperança bem ao estilo Paulo Freire. Assim, quem sabe, esses textos possam iluminar seu coração, e te dizer "vamos linda pessoa, abrace-o e beije-o como se fosse a primeira vez".

quadro (provavelmente) de W Liang, China.