segunda-feira, 16 de maio de 2016



15 de maio de 2016...
Hoje é o Dia da Assistente Social. Parabéns a ela!
Quando cheguei de Minas Gerais, Carangola, para fazer mestrado na UFES, talvez 1979/80, meu colega de sala, que era o humanista sensível Tasso Lugon, era secretário de Estado, e ele me perguntou se eu desejava ser psicólogo na FESBEM, depois IESBEM. Na épcoa haviam poucos psicólogos no mercado capixaba, que contávamos a dedo - juro! Tinha um "caso" lá, de uma jovem, que a imprensa narrava, um que a justiça determinou que precisava de psicólogo. O apelido do "menino" (adolescente) era Figueiredo (1979-1985) - sim o sobrenome do presidente da época. Pois, então a mãe dele escreveu ao referido Presidente pedindo ajuda ao filho, e recebeu resposta, com apoio, indicações, exigências aos Governo de Estado. Sabe aquelas cartas que um presidente lê, e se interessa... Sei lá, cabem tantas análises, num é? Mas vamos prosseguir com a minha homenagem...
Enfim, lá fui eu exercer meu ofício, cheio de ideias, marcado pelo humanismo existencial de Rogers e Carkhuff (primeiro), e depois pelo existencialismo de Binswanger e Boss - dois movimentos diferenciados, mas que eu abraçava e mais adiante Sartre. Complexamente fui bom monitor na faculdade, por dois anos, da disciplina Psicologia Experimental, leia-se Laboratório Operante que manipulava hiper bem, bem como não fui mal em Psicanálise, pois já esboçava gostar de Erich Fromm, freudmarxista. Eram modos contrastantes de ser-sendo psicólogo. Mas minha identificação, coisa construída nos modos de ser-sendo junto ao outro no mundo do ofício psicólogo, era fenomenologista existencial que considera o ser-no-mundo.
Pois então, lá no IESBEM, no primeiro dia que apareci, eu fui aprender sócio-historicidade com as assistentes sociais, elas me deram vida, trouxeram pra mim mais oxigênio, elas eram Henilda Kruger Macedo, Iraci Maria Zandonadi e Márcia Maria de Moura Estevão. Nossa, que sorte recomeçar psicólogo assim, ao lado delas. Depois-depois, vieram outras e outras, como a Glorinha Drescher, Bete Luciana, Ana, Ângela... Com essas três primeiras deusas terrenais, sim eram concretas e com os pés no chão, eu me tornei melhor psicólogo, melhor pesquisador, melhor educador, melhor ser humano/ pessoa. Elas me toleravam (kkk), davam-me materiais teóricos, estimulavam a pesquisa, provocavam experimentações... Fizemos amizade, e eu ia muito às casas delas (especialmente Márcia, e depois Iraci), que me recebiam com atenção, carinho, mesmo com as minhas conversas constantes e repetitivas de sócio-historicidade (teorização). Ô vida de solidão e abandono (kkk), vida minha que nunca era completa e elas me completavam como ser humano etc. E eu ia mesmo à casa delas era para metaforicamente me alimentar cognitiva e afetivamente, pois com elas a Vida pulsava mais forte em mim, e a dona Vida inventava (pra mim) um significado sentido - o de estar junto, em comum-união com brilhantes colegas, pois ela mesma, a Vida, termina.
Que vivam as assistentes sociais em nossos corações a mil...

eu vejo flores em vocês Henilda, Márcia e Iraci.