domingo, 26 de março de 2017

A FRAGILIDADE DE SER DO SER...
Em "Hamam, o Banho Turco" (1996, de Özpetek) tem uma cena vital. O jovem italiano, alto e sedutor, o arquiteto Francis, caminha por uma das ruas tortuosas de Istambul. Encontra um idoso, dos seus 85 anos de idade, pedindo algo, e ele diz que não tem dinheiro, mas o idoso precisa de um outro tipo de caridade, pois acostumou-se depender da bondade de estranhos: levá-lo (segurando-o, tamanha fragilidade física) até uma sauna chamada Hamam - ir às saunas é uma coisa comum por lá, lugar de possíveis bons encontros. Casado, Francis, ao chegar lá, com esse idoso falando francês (domínio francês da Turquia), convida-o a desfrutar do banho. Resistente, ele aceita e adentra a essa sauna antiga, desgastada pelo tempo, cheirando a mofo - e que ele herdou da sua tia Anita. Entrando, ele enxerga vários homens nus, como é previsto, é claro, e um dos sujeitos cantando bem alto um cântico. Os dois se entreolham e o jovem, naquele ambiente novo, abaixa os olhos e depois a cabeça, e depois intimidado, tenta continuar com a cabeça abaixada, mas levanta os olhos que o gato não comeu. Todos os homens ficam agitados - é um anjo, mas ele não sabe que está entrando no inferno kkk no seu inferno astral (kkk). Uau... que filme, que drama, recordei-me dele agora, e estou dividindo com vocês a existência dessa obra de arte. Guardo tudo na memória, logo posso estar distorcendo algo ali, ou lá, ou acolá...

 
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