segunda-feira, 30 de abril de 2018

Phum vai beijar a boca de Noh e opta em fazê-lo na sua testa. "Nós nunca seríamos capazes de fazer o que manda nosso desejo, num é?" diz Noh. "Antes beijar sua testa, do que não te beijar, e afinal tudo no amor deve ser feito de modo gradual e lentamente", devolve Phum. Noh sorri, e parte com sua lambreta por uma das ruas de Bangkok, numa madrugada quente e de monção de amor. A câmera mostra os dois se olhando e se distanciando, junto a isso, há um fundo com música romântica: "você me ensinou o que realmente significa o amor, mostrando-me um dos motivos do meu coração bater assim, e indo viajar para lugares que nunca estive". Mas essa cena não se fecha, e continua mostrando as memórias dos dois, do que aconteceu desde o começo da história de "Love Sick The Series". Estamos no último episódio da 1a temporada - o 12o. Eu já assisti essa série inúmeras vezes, e cada vez que a vejo, relembrando-me aos poucos dos raros amores que eu tive na vida, é como se fosse a 1a vez, minhas pernas ainda tremem, meu coração fica batendo com força e com o único finco, o de sair pela boca, e meus olhos lacrimejam de emoção e de carne ensanguentada: O que de beijos eu perdi e ganhei na minha vida? Como foi que eu consegui chegar até aqui, ainda que trôpego, mas respirando, de pé e sem beijos? O que é e como é ser-eu como ser-no-mundo "desbeijado"? Não, não são questões para responder que coloco aqui-agora, pois antes de aprender - senti.
[HP; texto ficcional]