segunda-feira, 4 de agosto de 2025

 

ANESTESIA CIRÚRGICA: HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO ATÉ AGORA...

UMA INFORMAÇÃO IMPORTANTE PARA O PEDAGOGO E PROFESSOR HOSPITALAR

A ANESTESIA EFETIVA SÓ DEPOS DE 1943... BEM TARDE, ACHO.

Eis uma linha do tempo com a História da Anestesia Cirúrgica em Humanos, onde está explicado, de modo acessível ao leigo. Minha proposta é ensinar esse tema na graduação e de modo simples e didático. Esse tema é potente em Pedagogia Hospitalar, onde desejo destacar a anestesia e quando realmente surgiu anestésicos efetivos que eliminam toda dor em processos cirúrgicos. A maioria identifica os nomes anestesia local e anestesia geral. Vejam que SÓ em 1943 (eu nasci em 1952) apareceu o primeiro anestésico eficaz. Imagine nossas crianças (e nós mesmos) tendo de passar por cirurgia sem anestésico, amarrados!

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História da Anestesia em Cirurgias Médicas em Humanos

a HISTÓRIA DAS cienciaS médicaS no SEUS sonhoS de fazer cirurgias sem o paciente sentir dor física: História da Anestesia Cirúrgica: Do Alívio ao Sono Profundo
A ideia de realizar cirurgias sem dor parece algo óbvio hoje em dia, mas por milênios, a realidade era muito diferente. A dor era uma parte inevitável e aterrorizante de qualquer procedimento cirúrgico.
anestesia como conhecemos hoje, que permite eliminar completamente a dor durante uma cirurgia, é uma invenção relativamente recente e revolucionária. Vamos explorar essa jornada fascinante.
Os Primórdios do Alívio da Dor (Antes do Século XIX)
Antes da descoberta dos anestésicos modernos, a busca por algo que aliviasse a dor durante cirurgias era constante, mas as opções eram limitadas e, muitas vezes, perigosas.
  • Antiguidade: Civilizações antigas, como egípcios, gregos e romanos, utilizavam uma variedade de substâncias para tentar diminuir o sofrimento. O ópio, derivado da papoula, era amplamente usado por suas propriedades sedativas. O álcool também era empregado para "entorpecer" o paciente, mas sua eficácia era baixa e as doses necessárias para um efeito significativo eram perigosas. Além disso, plantas como a mandrágora e a beladona, com substâncias narcóticas, eram usadas, mas seu uso era arriscado devido à dificuldade de controlar as doses.
  • Idade Média: Pouco progresso significativo foi feito em relação ao alívio da dor cirúrgica. As cirurgias eram rápidas e brutais, muitas vezes realizadas sem qualquer forma eficaz de anestesia. A pressa era fundamental para minimizar o sofrimento do paciente.
  • Renascimento e Séculos Seguintes: Embora o conhecimento anatômico e cirúrgico tenha avançado, a dor continuava sendo o grande obstáculo. Médicos e cirurgiões buscavam, sem sucesso, uma forma de tornar os procedimentos menos dolorosos.
A Revolução da Anestesia: O Surgimento dos Anestésicos Efetivos (Século XIX)
O século XIX marcou a verdadeira virada na história da anestesia, com a descoberta de substâncias que podiam realmente eliminar a dor durante a cirurgia. É aqui que a anestesia geral e a anestesia local começam a tomar forma.
  • 1772 - Gás Hilariante (Óxido Nitroso): O químico inglês Joseph Priestley sintetiza o óxido nitroso. Anos depois, o químico Humphry Davy experimenta o gás e nota suas propriedades analgésicas e o efeito de euforia, daí o apelido "gás hilariante". No entanto, ele não foi imediatamente reconhecido como um anestésico cirúrgico.
  • 1800 - Éter Dietílico: O éter, conhecido por suas propriedades voláteis e inebriantes, já era conhecido há séculos. No entanto, sua aplicação médica como anestésico ainda não havia sido amplamente explorada.
  • 1842 - Dr. Crawford Long e o Éter (Primeiro Uso Cirúrgico Documentado, mas não divulgado): Na Geórgia, EUA, o Dr. Crawford Long realizou uma pequena cirurgia removendo um cisto do pescoço de um paciente usando éter. Ele notou que o paciente não sentiu dor. Ele continuou a usar o éter em outras cirurgias, mas não publicou suas descobertas imediatamente.
  • 1844 - Horace Wells e o Óxido Nitroso (Primeira Demonstração Pública Incompleta): O dentista Horace Wells começou a usar o óxido nitroso para extrações dentárias. Ele tentou demonstrar o gás em uma cirurgia pública em Boston, mas o paciente gritou de dor, o que levou ao descrédito inicial do óxido nitroso como anestésico. A dose provavelmente foi insuficiente.
  • 1846 - William Morton e o Éter (A Grande Demonstração Pública e o "Milagre" da Anestesia): Este é o marco divisor para a anestesia cirúrgica. O dentista William T. G. Morton, também em Boston, realizou uma demonstração pública de sucesso da anestesia com éter para a remoção de um tumor no pescoço de um paciente no Massachusetts General Hospital. O paciente não sentiu dor. Esse evento, conhecido como "Ether Day", chocou e deslumbrou o mundo médico. Pela primeira vez, a cirurgia podia ser realizada sem a tortura da dor. Este é o momento em que realmente surgiram anestésicos efetivos que eliminam toda a dor em processos cirúrgicos.
  • 1847 - James Young Simpson e o Clorofórmio: Um ano após a demonstração de Morton, o médico escocês James Young Simpson começou a usar o clorofórmio como anestésico. O clorofórmio tinha algumas vantagens sobre o éter (menos inflamável e de ação mais rápida), mas também era mais tóxico, o que levou a mortes por overdose e, eventualmente, ao seu uso mais restrito.
O Desenvolvimento e a Diversificação da Anestesia (Século XX em Diante)
A partir daquele momento, a anestesia não parou de evoluir, tornando-se mais segura e específica para diferentes tipos de procedimentos.
  • Final do Século XIX - Cocaína e a Anestesia Local: A descoberta da cocaína, isolada da folha de coca, revelou suas propriedades de "entorpecer" áreas específicas do corpo. Em 1884, o oftalmologista austríaco Carl Koller demonstrou seu uso como anestésico local em cirurgias oftalmológicas. Isso abriu caminho para a anestesia local, que age em uma área específica sem que o paciente perca a consciência.
  • Início do Século XX - Novocaína e Lignocaína: A cocaína, apesar de eficaz como anestésico local, era viciante e tinha efeitos colaterais. A busca por alternativas seguras levou à síntese da novocaína (procaína) em 1905, um anestésico local sintético.

Mais tarde, em 1943, a lignocaína (lidocaína, Xilocaína) foi sintetizada, tornando-se um dos anestésicos locais mais utilizados até hoje, por sua eficácia e segurança.

  • Meio do Século XX em Diante - Anestesiologia como Especialidade: Com o avanço das técnicas e a complexidade dos anestésicos, a anestesiologia se tornou uma especialidade médica. Novos medicamentos, equipamentos de monitoramento e técnicas (como anestesia peridural e raquidiana) foram desenvolvidos, tornando a anestesia cada vez mais segura e personalizada para cada paciente e cirurgia.
  • Anestesia Geral: Refere-se a um estado de inconsciência controlada, onde o paciente não sente dor e não tem memória do procedimento. É um "sono profundo" induzido por medicamentos administrados por via venosa ou inalatória.
  • Anestesia Local: Anestesia uma pequena área do corpo, permitindo que o paciente permaneça acordado e consciente, mas sem sentir dor naquela região. Um exemplo comum é a anestesia no dentista.
A Anestesia Hoje: Segurança e Conforto
Graças a essa incrível jornada, a anestesia hoje é uma das áreas mais seguras da medicina, permitindo que cirurgias complexas sejam realizadas com o mínimo de desconforto para o paciente. Desde a preocupação com a dor até a capacidade de realizar procedimentos extensos com total ausência de sofrimento, a história da anestesia é um testemunho da inovação e da busca incansável do ser humano por alívio e bem-estar.
E tudo a partir de 1942... Muito tarde... Quantos sofreram agruras tremendas, pois pessoas eram curadas com cirurgias, quando eram, sem anestesia.
A anestesia moderna é um campo de alta tecnologia, com medicamentos específicos, equipamentos de monitoramento de ponta e profissionais altamente treinados – os anestesiologistas – que garantem a segurança e o conforto do paciente durante todo o procedimento cirúrgico.
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.Hiran Pinel, elaborou a apostila.
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Chequei os dados. Médicos (02) e enfermeiros (03) confirmaram, mas disseram que no texto faltam detalhes das práticas científicas, as descobertas e seus efeito na época, do home da rua ou do povo.