domingo, 18 de janeiro de 2015

Um livro sobre o método fenomenológico de pesquisa, que mais se aproxima à produção de um texto literário no Relatório Final da investigação, é “Psicologia Fenomenológica” de Yolanda Cintrão Forghieri, editora Pioneira (São Paulo). Essa defesa - de um texto poético - é implícita. 
Porém, o livro tem um problema apenas, é quando ao final dele ela traz dois exemplos de pesquisa. É quando ela, na minha modesta opinião, fica duríssima – mesmo sem perder a ternura jamais kkk... São dois exemplos ótimos de pesquisa fenomenológica, mas sem trabalhar com narrativas, histórias de vida, fotografias, poesias, filmes etc. Mas lendo o livro, sem considerar esses dois exemplos, é todo perfeito, inclusive a teoria criada por ela. Eu, uma vez encontrei na internet, só não salvei, por tê-lo em papel – tenho três kkk para ver o nível do amor pela obra kkk. Lógico está que há pesquisas fenomenológicas que não cabem o modo literário de escrita, tudo dependerá do objetivo de investigação.
Yolanda foi minha professora no doutorado - uma Lady, uma existencialista na profissão e na vida - amava o Aconselhamento Psicológico. Ficava de boca aberta diante da generosidade e da empatia de “La Forghieri” - como eu a chamava. Uma vez ela me perguntou porque eu dizia “La Forghieri”, e eu disse que era cinéfilo, e que tínhamos mania de chamar as estrelas pelo sobrenome antecedendo por um "lá" e dei exemplos... e disse La Davies (Bete), La Loren... Ela escutou, e disse mais ou menos isso: "mas recorde que não sou Sofia Loren, não tão bela, não tão famosa, não tão rica. Eu sou apenas isso que você vê, carne". Uma La Forghieri até ao responder, retruquei. Falei pra ela de La Sarlli (Isabel, atriz argentina). 
Ao final de tudo, na despedida, rimos, afinal viver é muito difícil, mas vale a pena.

Autor: Hiran Pinel