terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Você insiste em me deixar.
Seu coração parece que não tem sentimentos,
e ele mesmo deveria saber do que houve entre nós dois.
O que foi que eu fiz? Pergunte-se sobre isso!
Não há um dia sequer em que eu não te amei,
isso tudo me leva a chorar,
e eu - na ânsia de crescer e aprender - tenho pressa, muita, muita.
É como se eu não tomasse ritalina - não consigo esperar, sou clínico.
Meu corpo treme de medo de pensar no "adeus".
Me angustio com a separação, vapores letais.
Prefiro que dê logo uma resposta de dor,
a ficar sendo tratado assim, com desdém,
e você - eu sinto - vivendo esse estranho modo de vida -
a arte de ter alegria com o sofrimento alheio, que você mesmo provocou.
Será que minha dor é seu prazer secreto?
* * *

[Hpinel; muito, mas muito marcado pela produção poética Jovem Guarda - eu acho]